Tudo nessa vida vai passando
Em vertiginosa velocidade:
Acontecimentos que se entremeiam,
Se transpassam,
Passam.
A dor mais aguda, a alegria,
A felicidade, a juventude,
A hora e o minuto, a noite, o dia,
Pessoas, lugares, e paisagens...
Tudo nessa vida vai passando
Em vertiginosa velocidade:
Lágrimas que caem, secam, marcam,
Risos brancos que amarelecem,
Dentes caem...
E as carnes vão ficando moles,
E os músculos vão perdendo a força,
E assim passam todos, a criança,
O jovem, o adulto, passa a moça...
E dentro da poça
De repente, o vislumbre
Do céu que fica, e jamais passa,
"O Sempre Céu" de Richard Bach,
Debaixo dele, os ossos ficam brancos...
E tudo passa, a dor, o medo, e a vergonha,
Memórias passam, tornam-se poeira,
E até mesmo as estrelas envelhecem,
E o pó da vida caído nas beiras
Será soprado pelo bafo do tempo
Que não tem piedade ou sentimento.
***
O tempo é como uma religião, pois ouve todas as orações que passam por ele, e sua única certeza, é o final.
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O tempo é como uma religião, pois ouve todas as orações que passam por ele, e sua única certeza, é o final.