witch lady

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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A Pedra

foto: da autora, imagem virtual de um computador da cervejaria Bohemia





A Pedra

Sentado na pedra, ele via
O rio que sempre passava:
"Sempre as mesmas águas,
Sempre as mesmas águas..."

O sol se erguia e se punha
Ante seus olhos cansados.
calado, ele permanecia
Mas o rio sempre corria.

Seres que vinham a margem
Chegados de suas viagens
por horas, ou talvez por vidas
Permaneciam ao seu lado.

(Suas vidas se tocavam
Como o céu e as nuvens, que ao longe
Parecem compor um só quadro
Mas de perto, um é vapor
E o outro, azul infinito,
Sendo que o azul nem existe).

Súbito, o rio chamava
Para si suas criaturas
E elas seguiam viagem
Mas ele permanecia.

E de dentro do rio, quem via,
Achava que ele chegava,
Chegava, mas logo partia
Pois a pedra só passava.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Visita à Cervejaria Bohemia



Passando por Petrópolis (quer você goste ou não de cerveja), certamente você gostará de visitar a tradicional Cervejaria Bohemia. É uma visita que necessita de , pelo menos, duas horas e meia para ser bem desfrutada. O preço da entrada é um pouco salgado para pessoas que não residem em Petrópolis: $38,00 por pessoa! Mas maiores de 65 anos e estudantes pagam meia entrada, e moradores de Petrópolis, apresentando o comprovante de residência, pagam $15,00.



Vale a pena! Além das duas degustações oferecidas durante a visita, você ficará conhecendo a história da cerveja não apenas no Brasil, mas no mundo todo. O visitante tem acesso a computadores que, a um toque de dedo, abrem as portas de acesso à todas as marcas de cerveja conhecidas no Brasil, quiçá, no mundo!



Quem já esteve em outras cervejarias fora do Brasil, diz que a nossa nada deixa a desejar, e que é até bem melhor.



Uma visita que realmente vale a pena, mesmo com o preço salgado da entrada. Os guias são simpáticos e muito bem treinados.



O que mais me surpreendeu, além da  beleza do lugar, foram a modernidade e praticidade.


A impressão que eu tive durante a visita, é de que eu estava em outro país... os ambientes são muito bem construídos, e tudo é interativo. Há muitas surpresas ao longo do caminho, das quais eu prefiro não falar, para não estragá-las...




Nos intervalos entre os percursos, há lugares para descansar e refazer-se, com ótimas instalações sanitárias. E para os que realmente gostam de cerveja, ao final da visitação poderão desfrutar dos serviços do bar da Bohemia, um point que está cada vez mais badalado aqui na cidade, frequentado por turistas e moradores.



Uma visita imperdível! Entre as atrações, está a interatividade; você pode tirar fotos e postá-las imediatamente no seu perfil de Twitter ou Facebook, ou então, enviá-las para o seu e-mail. E ainda pode construir o seu próprio brasão.



Tenho certeza que mesmo quem não gosta de tomar cerveja, irá gostar dos momentos passados dentro da cervejaria.








Eu Bem que Tento, Mas Assim, Não dá pra Comentar!


Vocês conseguem ler as imagens e letras abaixo?



Imagem de desafio reCAPTCHA  Este número, por exemplo; é 16, 164 ou NRA?


Imagem de desafio reCAPTCHAEsse até que é fácil...


Imagem de desafio reCAPTCHA E este aqui, então, que número é? O que está escrito: kfmon, itinon, kimon ou NRA?


Imagem de desafio reCAPTCHAtenho dúvidas: taepra ou ttlepra?


Imagem de desafio reCAPTCHA número 12, 17 ou só Deus sabe?


Imagem de desafio reCAPTCHAE o que está escrito aqui? É mandarim?


Imagem de desafio reCAPTCHASe você conseguir ler o número do quadrado, eu pago mil reais!


Desative essas coisas, e facilite o acesso aos comentários em seu blog! Você perceberá que suas leituras e comentários aumentarão bastante.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Especulação





A vida pulula entre o silêncio,
No farfalhar das folhas
Asas de centenas de insetos
Que passam por mim, desatentos.

A vida renasce de uma pupa,
A cada dia, uma luta,
Os raios do sol procurando
Um horizonte que lhes dê descanso...

Pululam, no céu, miríades de estrelas,
Tão distantes de nós...
cada uma tem um brilho misterioso,
E algumas já morreram há séculos.

Especulo sobre a vida que pulula
Dentro de mim, o coração pula
E a vida traz à luz, à fórceps,
Uma rosada e inocente certeza...

Existência







Existe, 
Presa no tempo,
Uma certeza
Que voa nas asas das borboletas
E nos chega num raio de sol.

Cada ruga na face,
cada memória,
São partes do livro da História
Do qual somos letras e números.

Descansa no momento que hora vivo,
Alguma coisa, além desta beleza
Que vejo agora:
Algo que pressinto...

Algo que mira-me
Através do olhar pequeno dos passarinhos
Que passam, voando,
E pousam nos galhos mais distantes.


NADA



Nada é certo; nem o fim...
Pobre de ti,
Pobre de mim!

Mendigos do universo
Que se alimentam
De letras e versos!

Até que, enfim,
Alguém desenhe
Um ponto (ou reticências)
Sobre os dilemas
Das aparências...

Essa Coisa







Essa Coisa
Que te esmaga o peito
Não é à toa,
É o instinto que jaz
Além do intento.

É uma certeza
Recém-nascida, temporã
E prematura,
Incubada bem dentro
Esperando
O momento...

Essa coisa
Que questionas
E te desafia,
E te abandona,
Sem geografia,
Sem mapas
No caminho
Que se estende,
É o que te faz gente.

Essa coisa, assim,
Que não se explica
Nem replica,
Não se desculpa
Ou justifica,
Corre nas veias...

Essa coisa
Sem sobrenome
De origem dúbia
E dolorida
Chama-se vida...

Até quando,
Essa coisa?...

Sobras de Bolo



Quem tem família, sabe: sempre que há uma festinha de aniversário, na hora de ir embora temos que levar um pedacinho de bolo e uns docinhos para casa. Na festa,  comemos tanto antes do bolo, que na hora de saboreá-lo, estamos tão enfastiados que comemos apenas um pedacinho pequeno, ou então, o recusamos. Portanto, o pedaço que levamos para casa - e saboreamos na manhã seguinte, durante o café da manhã - tem um gosto especial...

Geralmente, está gelado, e o contraste com a xícara de café com leite quentinho, é o que há de bom! Saboreamos também algumas lembranças da festinha, os melhores ( e até mesmo os piores) momentos. Depois, o bolo volta para a geladeira, e podemos até nos esquecer dele por um dia ou dois, até que bate aquela vontade de comer um docinho, e nos recordamos que lá no cantinho da geladeira, ainda tem um pedaço de bolo! Não tão saboroso, desta vez; quem sabe, um pouco ressecado pelo frio, mas bolo é bolo, doce é doce, e certamente, ele 'quebrará um galho...'

Na família de meu marido, aniversários são ocasiões sempre tradicionais, com direito a bolo, "Parabéns pra Você" e hora de distribuição de presentes. E mesmo os membros da família que moram em lugares mais distantes, mandam seus recadinhos. 

Aniversários são datas ambíguas: ao mesmo que comemoramos mais um ano de vida, não nos damos conta de que é também mais um ano que vai embora, levando consigo um pedaço de nossa juventude. Visão pessimista? Não; realista! Mas mesmo assim, eu acho que aniversários devem ser celebrados, com ou sem festa. Porque na verdade, o que celebramos, é a vida.

Hoje de manhã, ainda comi um pedaço do bolo de aniversário de meu marido... 

Marido, desejo a você toda a felicidade do mundo, muita saúde e paz de espírito!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Tudo Passa




Tudo nessa vida vai passando
Em vertiginosa velocidade:
Acontecimentos que se entremeiam,
Se transpassam,
Passam.

A dor mais aguda, a alegria,
A felicidade, a juventude,
A hora e o minuto, a noite, o dia,
Pessoas, lugares, e paisagens...

Tudo nessa vida vai passando
Em vertiginosa velocidade:
Lágrimas que caem, secam, marcam,
Risos brancos que amarelecem,
Dentes caem...

E as carnes vão ficando moles,
E os músculos vão perdendo a força,
E assim passam todos, a criança,
O jovem, o adulto, passa a moça...

E dentro da poça
De repente, o vislumbre
Do céu que fica, e jamais passa,
"O Sempre Céu" de Richard Bach,
Debaixo dele, os ossos ficam brancos...

E tudo passa, a dor, o medo, e a vergonha,
Memórias passam, tornam-se poeira,
E até mesmo as estrelas envelhecem,
E o pó da vida caído nas beiras
Será soprado pelo bafo do tempo
Que não tem piedade ou sentimento.

***
O tempo é como uma religião, pois ouve todas as orações que passam por ele, e sua única certeza, é o final.


Fôlego






Uma linda tarde, a de ontem. Minha irmã me telefona, convidando-me para passear pela cidade. Marcamos de nos encontrar na avenida, próximo ao Museu. Minha mãe veio com ela, e está animadíssima para começar o passeio!

Seguimos pela Rua Dezesseis de Março, e subimos a Nelson de Sá Earp. Almoçamos no Liberty Garden, e depois atravessamos a Praça da Liberdade, caminhando pela Koeller e a Ypiranga, em direção ao Parque Municipal. Paramos para descansar alguns minutos na pracinha em frente à Catedral, onde um grupo de turistas da terceira idade fazia um lanchinho: frutas, iogurte e sanduíches.

Percebo o quanto minha mãe tem fôlego... na volta, ela reclama que o sapato está machucando um pouco. Foi a sua única reclamação durante a tarde toda, e mesmo assim, porque eu perguntei - notei que ela estava meio-calada. 

Paramos no posto de gasolina da Treze de Maio para tomar um sorvete no McDonald's, e depois, por insistência minha, tomamos um ônibus até o centro da cidade - ela queria ir andando, mesmo com o sapato machucando o calcanhar!

Ao chegar no centro, eu já estava bem cansada... e descubro uma greve parcial dos rodoviários... o maior tumulto na avenida, e decido tomar um táxi para casa, enquanto ela, ainda toda serelepe, vai fazer compras com a minha irmã. Ufa! Graças a Deus ela é tão forte e saudável.... 

Só para lemrbar: ela tem 85 anos.




Descanso






Só queria um lugar para descansar,
Proteger-se do vento, pois estava triste,
Ofereci-lhe meu dedo em riste.

Só queria parar por alguns instantes
Para descansar suas asas doridas
De tanto perder-se a voar pela vida...

Dei-lhe tudo o que tinha; um aeroporto,
Um pouso seguro, um pouco de tempo
Mas ela se foi, pois era do vento...

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Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...