witch lady

Free background from VintageMadeForYou

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Ah, os Italianos! - Parte II

Pôr do sol em Florença... jamais esquecerei.




Continuação do texto anterior



LIXO – Quando fui jogar o lixo fora pela primeira vez, deparei com uma fileira de recipientes, cada qual para um tipo de lixo específico. Voltei para dentro de casa carregando meu único saco de lixo, e comecei a separar tudo. Alguém me disse que os potinhos, garrafas e recipientes deveriam ser lavados antes de serem descartados, e passei a fazer disto um hábito. Há também saquinhos plásticos específicos para cada tipo de lixo, mas pulei essa parte, pois não estavam disponíveis na casa e ficaria um pouco caro compra-los.

Aqui na minha cidade houve uma campanha há alguns anos pela reciclagem de lixo, e comecei a separar e lavar todo o meu lixo, mas parei de fazer isso quando vi o caminhão de lixo chegar e o funcionário juntar tudo e jogar no triturador. Estava perdendo meu tempo.


Castelo de verdade, na Toscana


MODA – Milão é conhecida como a capital da moda, e as pessoas realmente se vestem bem, mas sem exagero ou ostentação. O que me chamou muito a atenção, é que as mulheres da minha idade e mais velhas, na sua maioria, não tingem cabelo. Assumem os fios brancos, que são mantidos em lindos cortes e penteados. Assumem a idade que têm, sem deixarem de se cuidar e ser muito elegantes e bem vestidas. Não me lembro de ter visto mulheres “malhadas” ou “Bombadas”. Também não vi rostos siliconados e deformados por botox. O que vi, foram mulheres magras, na sua maioria, elegantes, muito bem vestidas e bonitas. Elas sentam-se nos cafés que existem aos montes pelas calçadas, caminham pelas ruas levando seus cães nas coleiras – e não se constrangem em recolher as fezes destes em saquinhos plásticos – e parecem ser felizes.

Eu um dia fiquei algum tempo sentada em um daqueles cafés num final de tarde, com meu marido e mais uma pessoa, e fiquei observando enquanto os milaneses passavam por mim, entrando e saindo de prédios antigos e maravilhosos, muitos acompanhados de seus cães. Pensei que uma vida assim não me faria mal...

San Gimigniano


CÃES- Parece que as pessoas na Itália adoram cães! Não vi nenhum cão abandonado, mesmo em uma cidade onde até os mendigos têm cães, e cuidam muito bem deles! Porém, às vezes eu percebi que alguns cães, apesar de gordinhos e parecendo ser amados, traziam os pelos emaranhados e sujinhos... acho que essa coisa de tomar poucos banhos também vale para eles. Uma cena marcante, que não fotografei por respeito, se deu bem próximo a Duomo: Havia uma moça sentada no chão, sobre um cobertor. Ela chorava muito, e tinha um cão preto dormindo ao lado dela. Era uma mendiga, jovem e muito bonita. Quem sabe, uma imigrante? Quando passamos de volta, ela estava indo embora. E o cão atrás dela, carregando na boca um urso de pelúcia encardido. Foi triste, e lindo, ao mesmo tempo.

Os cães na Itália têm acesso livre a mercados, calçadas e praças, trens e metrôs, ônibus e lojas, restaurantes e pontos turísticos em geral. Ser cachorro na Itália deve ser bom! Bem que eu me imaginei com o Mootley e a Leona, andando pelas ruas de Milão...



Ah, Veneza... impossível descrever.


MENDIGOS -  Há muitos mendigos pelas ruas de Milão, principalmente, próximos à Catedral. Me pareceram imigrantes – há muitos por lá, e a maioria deles são indianos, africanos e muçulmanos. Alguns vendem flores e outros artigos nas ruas. Acho que estes não são moradores de rua. O problema, é que eles se aproximam da gente, e praticamente nos obrigam a segurar as flores, dando a entender que estão nos presenteando, e logo depois voltam, cobrando por elas. Se tentamos devolvê-las, eles insistem até que alguém perca a paciência. Isto foi muito chato e inconveniente. Não gostei desta tática de venda!

Em Florença, vimos quando um africano foi preso por tentativa de furto, e logo depois, um grupo de africanos corriam pelas ruas, tendo policiais uniformizados e à paisana em seu encalço. Mas diferentemente daqui, eles furtam, mas não parecem carregar armas nem matar ninguém. Florença está cheia deles, e também de policiais disfarçados.

(CONTINUA...)






domingo, 24 de setembro de 2017

AH, OS ITALIANOS! - Parte I




Eu em Veneza - Gondoleiro!



Durante nossa curta estadia na Itália, não ficamos em hotel. Alugamos um pequeno apartamento em Milão, o que nos obrigou a fazer coisas que turistas que ficam em hotéis geralmente não fazem: ir ao supermercado, cozinhar, jogar o lixo fora, pedir informações na rua, usar o transporte público. Todos os lugares que visitamos foram alcançados através de caminhadas, trem ou metrô – apenas quando fomos à Toscana alugamos um carro, devido à distância. Isso nos deu uma ideia de como o povo realmente vive por lá, e do quanto nós aqui no Brasil estamos distantes deste ideal.
Não sou do tipo que gosta de voltar de uma viagem falando mal do Brasil, criticando tudo e exaltando as qualidades do país visitado, porque sei muito bem que quem viaja como turista não vê certas coisas negativas que só quem mora lá sente. Não existem lugares perfeitos em país nenhum do mundo.
Porém,  é impossível não fazer algumas comparações, e estas são algumas das coisas que pude observar:



-TRANSPORTE PÚBLICO - O transporte público é muito eficiente. Todos os meios de transporte público, incluindo os ônibus, vão anunciando as paradas em alto-falantes e painéis colocados dentro deles de forma estratégica; assim, sabemos exatamente onde estamos. Pensei na minha cidade, e no quanto isso facilitaria a vida dos turistas que circulam por aqui. Os ônibus e trens são limpos, muito limpos! Estão em ótimo estado de conservação, e os usuários cuidam para que continuem assim (diferentemente daqui). Tudo anda no horário, sem atrasos ou falhas. Se eles afirmam que o metrô passará daqui a dois minutos e trinta e um segundos, isso realmente acontece. As pessoas entram e saem organizadamente, sem empurrar. 




-MOTORISTAS X PEDESTRES – Assim que chegamos, ao atravessar uma rua, observei o seguinte fato: não havia carros à vista. Uma senhora parou junto à faixa de pedestres, e logo após outra, e mais pessoas foram fazendo a mesma coisa, sem atravessar a rua. Coloquei o pé na faixa, perguntando ao meu marido: “Por que elas não atravessam? Não há carros se aproximando”!  Ele me segurou discretamente, respondendo; “Veja! O sinal está fechado para nós”.  E assim que o sinal abriu, todos atravessamos. Quando há sinal de trânsito, os motoristas os respeitam, assim como respeitam as faixas de pedestres. E quando não há, os motoristas param o carro e dão a vez a quem está atravessando a pé.





- BARES, RESTAURANTES E LANCHONETES – Todos aguardam a vez, sem tentar furar a fila. Certo dia, entrei no que eu achava que fosse o final de uma fila, ficando atrás de uma senhora que estava sendo atendida. Não reparei que a fila era do outro lado. Assim que ela saiu e tentei me dirigir ao atendente, ele muito polidamente me explicou que atenderia primeiro o senhor ao lado, que tinha chegado primeiro. Fiquei com muita vergonha, e me desculpei. Nos restaurantes, não existem os dez por cento compulsórios por prestação de serviço, e apesar de dizerem que aqui no Brasil o pagamento é opcional, ele sempre é incluído no final da conta.





ALIMENTAÇÃO – Antes de viajar, tinha lido em um site que os italianos sempre preferem tomar água e vinho durante as refeições. Chegando lá, prestei atenção e vi que esta é a mais pura verdade! Não vi refrigerantes, sucos, conhaques ou outras bebidas em nenhuma mesa. Logo que nos sentamos, o garçom logo pergunta: “Vão querer água”? Também constatei que a comida dos italianos é quase sem sal, com poucos temperos, e não provei alho ou cebola em nenhum prato que comi. Eles preferem ervas. O pão é mais durinho, menos saboroso que o daqui, mas quando a gente come, não se sente pesado ou fica com azia depois.  A manteiga (chamada “burro”) é branquinha e também quase não leva sal. O molho de tomate é tomate puro, e não fica tão pegajoso na massa quanto o daqui. A pizza é fininha feito papel e tem poucos ingredientes. Prefiro a daqui... a massa é difícil de cortar, mesmo sendo fininha. 

As porções são pequenas... a primeira vez que comemos em um restaurante, quase tive um ataque quando o garçom trouxe meu macarrão e só tinha um pinguinho no meio do prato! Mas fui saboreando os pãezinhos, tomando água e vinho, comendo a massa devagar... e quando terminei, estava satisfeita! Ainda sobrou espaço para o inevitável gelato. 

A “insalata” (salada) não pode faltar, e muitas vezes, ela é tão grande, que podemos compartilhá-la, ou comê-la como prato único. 

No mercado, as verduras e legumes vêm lavadas e embaladas em bandejinhas, e custam mais caro do que aqui. Mas os queijos mais finos, que aqui podem custar uma verdadeira fortuna, lá são muito baratinhos, e eu me refastelei! As sacolinhas de compras são cobradas: $0,50 centavos de Euros cada. A maioria das pessoas levam as sacolinhas de casa. É comum ver donas de casa empurrando aqueles carrinhos de tecido nas ruas. Fui uma delas durante algum tempo! 

Entrar em um açougue em Milão me fez sentir vergonha dos açougues daqui! São tão limpos, que não se vê sangue, resíduos de qualquer espécie (normalmente encontrados nestes estabelecimentos) ou sequer se sente cheiros. Tudo brilha. Tudo é milimetricamente organizado em vitrines. Tudo é imaculadamente limpo. Os funcionários usam branco. Suas mãos e unhas estão limpas. Enfim... lembrei-me de um açougue aqui em Petrópolis (já fechado) onde a gente precisava tapar o nariz quando passava por ele. E dos caminhões estacionados nas portas dos açougues, reabastecendo-os de carne (carcaças penduradas, as portas abertas pegando poeira da rua, os uniformes imundos dos funcionários que não usam máscaras ou luvas. E o cheiro...

(continua...)












































sábado, 23 de setembro de 2017

VOLTANDO...

Veneza




Olá, pessoal!

Estive fora por uns dias, realizando um grande e muito antigo sonho: conhecer a Itália! Foi uma experiência transformadora visitar a terra do meu avô e dos meus bisavós. Cada momento foi vivido com muita intensidade, e inicio uma série de crônicas e poemas para contar sobre as coisas que vi, senti e vivi. Para ficar na lembrança. Porque escrever e fotografar são as melhores formas de se lembrar de tudo.

Começo com esta crônica:


San Gimigniano



PARA QUEM NÃO ESCREVI

Estes textos não foram escritos para quem já viajou muito e sabe mais do que eu. Não pretendo afirmar isto ou aquilo a respeito de um povo e de um lugar que mal conheci, pois foram apenas quinze dias de viagem – dois dos quais ficamos em casa, nos recuperando: eu, de uma forte gripe, e meu marido, de uma inflamação no tendão.

Estes textos não são para aquelas pessoas que a gente encontra nos aeroportos, junto as quais ficamos até meio-envergonhados de demonstrar nossa surpresa e maravilha diante de coisas que, para elas, são simples e rotineiras; enquanto o sol nasce sob as asas do avião, em cores maravilhosas, e nós, os simples mortais comuns que não viajam muito, tiramos fotografias e damos suspiros de admiração, tais pessoas dormem tranquilamente. Enquanto ficamos ansiosos por passar no free shop e comprar perfumes, elas passam por nós de cabeça erguida em direção a um destino certo e com hora marcada. Enquanto paramos para olhar os cartazes nos aeroportos, ou lemos as plaquinhas sob os monumentos em cidades históricas, estas pessoas olham seus relógios e afundam os rostos nos jornais.

Estas pessoas, cidadãs do mundo, passam rapidamente pelas lojinhas de souvenirs, e sentam-se nos cafés das cidades históricas com ares entediados lendo ou conversando, enquanto nós passamos por elas fotografando tudo e carregando sacolas cheias de comprinhas.

Eu não escrevi estes textos para quem já esteve na Itália muitas vezes, ou para quem já conhece o mundo todo. Tais pessoas com certeza os acharão simplórios, equivocados ou quem sabe, pretensiosos. Escrevo para lembrar, em primeiro lugar, das coisas lindas que pude ver, e do meu antigo sonho realizado. Escrevo porque não quero esquecer. Escrevo para que as imagens das fotografias que eu obtive – mais de duas mil imagens – não percam seu significado, e que eu possa olhar para elas e me lembrar do que vi, do que estava sentindo quando as obtive, de onde eu estava, quem estava comigo, do que eu aprendi.





sábado, 2 de setembro de 2017

Até um Dia!









Olá, pessoal!


Por motivos pessoais, estarei fora da rede durante alguns dias. Volto em breve!


Abraços!




terça-feira, 29 de agosto de 2017

Sobre a Vida e a Morte





Este é um comentário que acabo de deixar no blog Vida Alta, de Claudio Poeta:


Mais um blog que silencia. Mais uma alma que ficará perdida no espaço cibernético. Poemas, idéias e ideais que fizeram diferença para alguém, que os criou, postou e cuidou deles. E agora, todas estas idéias permanecerão online Deus sabe por quanto tempo, até que alguém as apague os simplesmente se apodere delas. 

Às vezes escrever faz surgir estas angústias... passamos tanto tempo criando textos online, colocando a alma e o coração em poemas e crônicas, contos e discursos, para então tudo se perder e ser esquecido. Seremos todos esquecidos. Estaremos todos perdidos e ausentes para sempre. Isto me faz questionar a importância de escrever: para que tanto tempo e tanta dedicação, se tudo se acaba, se tudo é esquecido? para que aprender tanto, ler tanto, escrever tanto, falar tanto?

Para que pensar tanto? Mudar o mundo, mudar a nós mesmos... qual o objetivo disso tudo?

A vida será sempre um mistério, e nós junto com ela. A morte talvez nos traga algumas respostas, ou pelo menos, alguma paz.





sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Cântico Negro





Uma reflexão, um poema de José Régio

"Vem por aqui" --- dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui"!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
--- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe.

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis: "vem por aqui"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se levantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
--- Sei que não vou por aí.

                      José Régio

O VERNIZ DAS "CONVICÇÕES"







Neste imenso mundo que tornou-se tão pequeno devido ao efeito das redes sociais, diferentes ideias são propagadas a todo momento. Seus autores, que quase sempre escondem interesses escusos, pretendem soar originais, modernos, liberais e abertos ao novo. Ao construírem seu império de ideias, que é constantemente frágil e sem alicerces, tais “Imperadores da Verdade” o cobrem com camadas de verniz de boa qualidade para que ninguém note as imperfeições, falácias e absurdos que ele contém. E basta uma leve arranhada na superfície para trazer à tona a podridão de tais impérios das ideias.

O que não falta, são seguidores acéfalos e cordatos, que amontoados pela necessidade de serem guiados por alguma causa, passam a erguer bandeiras e aceitar ideias alheias sem sequer um momento de reflexão. Afinal, todo mundo quer ser aceito, e nos dias de hoje, ser aceito significa soar moderno, liberal e seguir a maioria. Qualquer um que defenda algum valor antigo – como se todos os valores antigos fossem preconceituosos e desnecessários – é acusado de velho, primitivo, preconceituoso ou fascista.

A vulgaridade, a intolerância, a distorção de valores, a ignorância e o egoísmo correm à solta por aí. E ai de quem não seguir na mesma direção!

Eu tenho meus valores e minhas ideias. Sei que posso estar errada em algumas delas, e por isso, gosto de conversar, discutir, comparar, debater. Mas quando sinto que estou em um meio onde tudo o que se quer é ser contra esses valores, não importa o quanto eles possam ter um eco verdadeiro, eu me retiro, pois é inútil discutir quando os sujeitos da discussão estão determinados a não pensar, não refletir.

Assim, feministas xingam de burras, machistas e retrógradas qualquer outra mulher que não concorde com seus valores; partidários da esquerda consideram fascistas todos os que não fazem coro com eles, e partidários da direita consideram comunistas todos os que não carregam a mesma bandeira que eles. Nós X Eles. Todos dizem lutar pelo direito de igualdade e contra o preconceito e o separatismo, mas fazem exatamente o contrário. Todos dizem-se não preconceituosos, mas se alguém discorda de suas convicções, imediatamente o repelem com pedras e paus, demonstrando inconsistência e a volatidade de seus vernizes. Todos pregam a liberdade de escolha, desde que os outros escolham as mesmas coisas que eles.

Seus posicionamentos? “É assim, e pronto.” Ponto final. Se você pensa diferente, é burro. Se propõe uma reflexão mais aprofundada, é intrometido e quer aparecer. Não sabem argumentar, não sabem manter a calma, não conseguem conduzir uma conversa com alguém que pense de outra forma sem partir para a grosseria, o abuso, o xingamento e a falta de educação. Talvez por estarem cientes de que suas convicções não resistem a uma análise mais aprofundada. Sabem muito bem que não têm a supremacia da verdade, como gostam de se gabar.

São eles os burros, intolerantes, fascistas, ridículos, preconceituosos, machistas.





quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Exageros do FeMIMIMInismo Atual







Circula um textão pelo Facebook (bem escrito, by the way) no qual a autora afirma que nos dias de hoje, aqueles que afirmam gostar de mulheres não as apreciam como elas realmente são. Condena a plastificação feminina que acontece pelos artificialismos impostos pela sociedade (em minha opinião, são as próprias mulheres que os impõe) como cirurgias plásticas e exercícios físicos exagerados, por exemplo. Até aí, eu concordo.

Porém, o texto continua, citando comportamentos que, segundo a autora, são exageros desnecessários, pois quem gosta realmente de mulher deve gostar também dos cheiros que ela exala, das pernas e axilas não depiladas, da falta de cuidado com a pele, unhas, cabelos e corpo. Uma mulher, diz a autora, não deveria preocupar-se em usar maquiagem, tingir cabelo, cuidar da higiene, pois, sugere a autora,  a mulher empoderada não liga para essas coisas. 

Mas eu duvido que exista alguma mulher que goste de um homem que tenha cabelos oleosos e sujos, mau-hálito, unhas pretas, cheiro de suor e maus modos. Todo mundo deve se cuidar, pois é muito desagradável ficar perto de alguém que cheira mal, não sabe se comportar (mesmo que arrotar, soltar gases, limpar o nariz e escarrar sejam coisas perfeitamente naturais aos humanos) e não tem apreço pela própria aparência. 

Da mesma forma, não é nada agradável ficar em uma casa que cheira a gordura rançosa, roupa suja e banheiro público mal cuidado. E eu não vejo nenhum mal em uma mulher cuidar do local onde vive. É uma questão de higiene, e isso não quer dizer que ela seja “mulherzinha”. 

Nossos corpos e lares exalam cheiros desagradáveis quando não cuidamos bem deles, e cuidar de si e do local onde se vive é essencial.




quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Há Flores Espirituais em Mim






Uma participação dedicada à amiga Rosélia, pelo oitavo aniversário de seu blog:



Sinto que há flores espirituais em mim
Toda vez que eu olho em teus olhos sem julgar,
Escuto o som raro do teu riso ao meu lado 
E mergulho no desejo irrefreável de te amar.

Sinto que há flores espirituais pelo mundo
Toda vez que saímos por aí, de mãos dadas,
A caminhar sem rumo por velhas estradas
Contemplando-as com a mesma surpresa do início.

Há flores espirituais, quando me lembro
Das muitas vezes em que um do outro nos perdemos,
E encontramos o caminho de volta, mesmo que
Outros tenham tentado apagar os nossos rastros...

Há flores espirituais, e eu não duvido,
Pois sinto que viver contigo é meu abrigo,
E me entrego sem temer a escuridão
Pois me guiarão até você os mesmos astros.







terça-feira, 22 de agosto de 2017

Mensagem - Desativação de Blogs e Incorporação dos Conteúdos






Olá, pessoal!

Estou desativando a maioria de meus blogs, pois acho que me entusiasmei e acabando abrindo espaços demais. Hoje em dia, não tenho mais tempo para cuidar deles como merecem, interagir, postar adequadamente... assim, devido à minha falta de tempo e excesso de entusiasmo, estou desativando os blogs:

-Passagem - no qual eu postava textos de outros autores que admiro, músicas e pensamentos, sempre de outros autores;

-From My Window - no qual eu postava poemas e textos somente em inglês;

-A Casa & a Alma, onde postava sobre a nossa vivência dentro de uma casa, a importância da casa para a alma, e também dava dicas sobre como cuidar melhor da casa, receitinhas, etc...

- Nada a Dizer, um blog só de imagens, onde colocava apenas fotografias de minha autoria.

Todos eles foram transferidos para o blog EXPRESSÃO, que é meu primeiro e principal blog (este aqui). Ele existe desde 2012, e continuará existindo - só que agora, com mais postagens e muito mais variado. Querendo olhar quais as novidades acrescentadas, basta olhar os marcadores:

-Textos de autores que Admiro (blog Passagem)

-A casa - Blog A casa & a Alma

-A Alma - blog A Casa & a Alma

-From my Window - Poemas em inglês do blog From my Window

-Nada a Dizer - blog Nada a Dizer


Todas as postagens e comentários destes blogs foram devidamente transferidos para cá!

Bem, assim acho que ficarei mais tranquila... ufa!!!

As imagens utilizadas nas postagens dos blogs que serão excluídos foram mantidas - não são minhas, em sua maioria - e também farei esta mudança aqui no Expressão: começarei a usar imagens do Google.

Ainda mantenho em separado o meu blog de inglês, o "Your Ticket to English", onde deixo aulinhas de gramática, músicas com traduções e exercícios e dicas para o aprendizado do inglês. Também vou continuar com meu blog de contos, o Histórias. 


Abraços, e obrigada!




sábado, 19 de agosto de 2017

7 comportamentos que o orgulhoso tem, mas não pense que são só sete…







Um texto de Cristiane Cardoso, do blog Fé


7 comportamentos que o orgulhoso tem, mas não pense que são só sete…

1-O orgulhoso não reconhece os seus erros e não aceita repreensão. Ele faz de tudo para não ser chamado atenção e, aparentemente, é porque ele não quer desagradar ou decepcionar, mas, na realidade, ele não quer passar pela humilhação de ser corrigido.

2-O orgulhoso não pede ajuda. E quando pede é porque é tarde demais, quando não tem mais volta. Ela já caiu em pecado, já está se separando do marido, já fez o que não devia…

3-O orgulhoso não pede perdão. Ele até pode se arrepender, mas não é capaz de expor o seu arrependimento, é muito humilhante para ele, prefere fingir que nada aconteceu.

4-O orgulhoso não se submete facilmente. Ele pode até se submeter, mas só para quem tem autoridade sobre ele. Muitas esposas não aceitam se submeter aos seus maridos, filhas não aceitam se submeterem aos seus pais, jovens não aceitam se submeterem aos mais velhos, novos não aceitam se submeterem aos mais experientes.

5-O orgulhoso gosta de sua independência, aliás, ele odeia depender dos outros. Gosta de fazer tudo sozinho para depois não precisar dizer que precisou de alguém. São independentes até mesmo de Deus, não oram, não buscam, pensam que são autossuficientes.

6-O orgulhoso quer tudo do seu jeito porque pensa que sabe o que é melhor, entende o que é melhor, conhece o que é melhor. Não quer saber da vontade de Deus e insiste, às vezes usando a “fé”, que o seu jeito é o melhor. E quando não recebe o que pediu de Deus, se revolta contra Ele como se Deus estivesse errando.

7- O orgulhoso gosta de opinar em tudo, não leva desaforo para casa, e não hesita em bater de frente para afirmar o que acha ser o certo.

(nota minha: todos nos comportamos assim muitas vezes...)










Algumas frases sobre orgulho:


Muitos são orgulhosos por causa daquilo que sabem; face ao que não sabem, são arrogantes.
Johann Goethe


barrinhas 6.jpg

Um homem orgulhoso raramente é agradecido porque tudo quanto recebe ele crê que é merecido.
Harriet Beecher Stowe


barrinhas 6.jpg


A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinónimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho relaciona-se mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós.
Jane Austen

barrinhas 6.jpg

Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, nem orgulho. É Amor Próprio.
Charles Chaplin


barrinhas 6.jpg


Julgar-se pior que os outros é um dos mais violentos atos de orgulho, porque é usar a maneira mais destrutiva possível de ser diferente.
Paulo Coelho


barrinhas 6.jpg

A pessoa orgulhosa pode aprender a ser humilde, mas terá orgulho da humildade.
Mignon McLaughlin

barrinhas 6.jpg

Há muitas vezes mais orgulho do que piedade quando lamentamos as desgraças dos nossos inimigos.
François La Rochefoucauld

barrinhas 6.jpg

Os homens mais orgulhosos são geralmente os mais irritáveis e vingativos.
Marquês de Maricá


barrinhas 6.jpg

Assumo os meus erros, não por ter orgulho de errar, mas por ter vergonha de ser hipócrita.
Isaac Marinho


barrinhas 6.jpg

Parceiros

Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...