Poema "A estrada Não Trilhada" - Robert Frost
Num bosque, em pleno outono, a estrada bifurcou-se
mas sendo um só, só um caminho eu tomaria.
Assim, por longo tempo, eu ali me detive
E um deles observei até um longe declive
No qual, dobrando, desaparecia.
Porém, tomei o outro, igualmente viável,
E tendo mesmo um atrativo especial,
Pois mais ramos possuía e talvez mais capim,
Embora quanto a isso, o caminhar, no fim,
Os tivesse marcado por igual.
E ambos nessa manhã, jaziam recobertos
De folhas que nenhum pisar enegrecera.
O primeiro deixei, oh, para um outro dia!
E, intuindo que um caminho outro caminho gera,
Duvidei se algum dia eu voltaria.
Isto, eu hei de contar mais tarde, num suspiro,
Nalgum tempo ou lugar desta jornada extensa:
A estrada divergiu naquele bosque, e eu
Segui pela que mais ínvia me pareceu
E foi o que fez toda a diferença.
Tradução: Renato Suttana.
Robert Frost |
Robert Frost (26/03/1874, São Francisco - 29/01/1963 -Boston) foi um dos mais importantes poetas dos Estados Unidos no século XX. Frost recebeu quatro prêmios Pulitzer. Sua poesia inclui sonetos, poemas em forma de diálogos, poemas curtos e longos. Escreveu também três peças teatrais. Frost tem a capacidade de dar um tratamento simples e ao mesmo tempo, profundo, a temas elementares (fogo, gelo, natureza) tirando verdadeiras lições de moral de sua observação do mundo natural. - fonte: Wikipedia