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sábado, 21 de junho de 2025

DESAPRENDA

 

 

 




Desaprenda

E se desprenda

Da rede invisível que sufoca.

 

Questione, e nunca, jamais,

Se abandone!

 

Não deixe que ninguém te ensine,

A auto indulgência, a pena,

-Nem mesmo este poema!

 

Olhe sempre com os olhos fechados,

Olhe para dentro, mesmo que os olhos ardam,

Ou caiam desse rosto escandalizado!

 

Desaprenda, e enfim,

Compreenda!

 

Escute além do que é dito,

Entenda o que está escondido

Além da explicação!

 

Aprenda a ser visionário,

Adivinha, médium, sensível,

Não tenha medo de ser risível

Muito menos, de ser julgado!

 

Nesse mundo de hoje em dia,

A coisa mais necessária

É não aceitar verdades impostas,

As bostas que nos empurram

Gargantas abaixo.

 

Não se ponha em qualquer lado,

Não tente escolher o certo

Ou apontar o errado,

Fique em silêncio,

Mas tenha sempre aceso

O discernimento!

 

Não tente impor coisa alguma,

Mas não aceite sem mastigar

E sentir o gosto daquilo

Que querem que você engula

E que pode até matar!

 

Aprenda a erguer limites

E acima disso tudo,

A aguentar a solidão 

Por mais que ela grite.

 

 

 

Ana Bailune

2 comentários:

  1. Desaprender e olhar para dentro de si mesma para entender que sem amor nenhuns olhos são videntes como dizia o poeta.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderExcluir
  2. Oi, minha querida! Feliz em reencontrar teu espaço! Encantada com estes versos! Profundos e intensos, como sempre!


    Grande abraço!

    ResponderExcluir

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