Eu às vezes sinto que não sou daqui,
Mas também não sou mais de onde eu vim.
Perdi por lá um lugar que já não tinha,
E aqui não encontrei o lugar que eu queria,
Embora ele possa ser tão bonito.
Parece que sou alguém alienígena
Que à noite vasculha o céu infinito
Em busca de um planeta que não mais existe,
A cabeça entre galáxias e nebulosas,
Os pés pisoteando um jardim sem rosas.
Eu sinto como se eu fosse a espuma do mar,
Que quebra na praia, sem alternativas,
Se desmanchando sempre entre esta e outras vidas,
Sem conhecer os peixes, as algas, os rios,
As marés que me enchem e que me esvaziam.
Eu olho o por do sol, e as cores avermelhadas
Que se desenham no horizonte, me fazem pensar
Sobre outras estradas.
Não sei de onde vim, não sei mais de mim,
E se houve algum momento em que eu me senti parte
Da vida comum, em que toda a gente existe,
Já faz tanto tempo, que eu perdi a arte
De de ser simplesmente alegre, ou de ser, finalmente,
Triste.
Olá, querida amiga Ana!]
ResponderExcluirO autoconhecimento nos faz questionamentos similares.
Urge sabermos de onde viemos, onde estamos e para onde vamos, embora nem sempre tenhamos a dimensão exata... pelas circunstâncias, a vida segue seu curso.
Gostei muito.
Tenha dias abençoados!
Beijinhos
Lindo,Ana e acontecimentos nos fazem por vezes não recnhecer de onde viemos, o que realmente so9mos, pois ficamos espantados... Adorei! beijos, chica
ResponderExcluirEspantosa Poesia, Ana !!!
ResponderExcluirE não digo mais nada !
Beijo grande ( portanto ).
Bom dia, Ana
ResponderExcluirLindo poema, de acordo com a Bíblia, Jesus foi preparar um lugar maravilhoso para todo aquele que o receber como Salvador. Em Apocalipe 21: 3 e 4 diz: "Então ouvi uma voz forte que vinha do trono e dizia: Eis o tabernáculo de Deus com os seres humanos. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles e será o Deus deles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram." Um forte abraço.
Olá, Ana
ResponderExcluirPor vezes, sentimos isso. Tudo o que o mundo nos traz nos causa
estranheza, pensamos que não pertencemos a lugar tão inóspito.
Mas também existe aquele momento em que nos sentimos parte
integrante dessa comunidade de seres que em dadas circunstâncias
poderão ser excepcionais. É assim a nossa natureza.
Poema reflexivo de grande importância.
Beijinhos
Olinda
Não sei de onde vim e nem sei para onde vou. Mas sei que não vou por aí.
ResponderExcluirNunca tive o sentimento que expressa no seu excelente poema. Ainda assim, percebo o desconforto de quem não se sente parte integrante do sítio onde está.
Bom fim de semana.
Beijo.
Não se sentir a fazer parte de lado nenhum, cria certamente um sentimento de solidão e tristeza.
ResponderExcluirNostálgico, profundo e belo poema.
Beijinhos
Ana,
ResponderExcluirVersos tão sentidos e
tão profundos.
Lindo e Belo.
Bjins de bom domingo
CatiahoAlc.
Tantas vezes nos sentimos estrangeiros até dentro de nós... Gostei do poema que nos questiona e nos inspira.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Boa tarde. Vim conhecer um pouco de seus espaço e cheguei aqui através do Entre Nós. Gostei muito dos seus poemas, com este especialmente me identifico quando diz não sou daqui.
ResponderExcluirEu sei de onde vim, mas,atualmente, há momento que pareço alienígena. Os valores mudaram muito e é preciso estar muito no próprio eixo para não se indignar demais... Bjsss Parabéns
Boa noite minha linda, eu também penso que não sou daqui, somente vim visitar este planeta e cumprir a minha missão!
ResponderExcluirDepois acredito voltar para junto dos meus!
Um doce abracinho!
😍💔😍Megy Maia
Olá, Ana, maravilhoso poema, sinto que vem lá do fundo de sua alma!
ResponderExcluirTão verdadeira, tão completa.
Gosto demais de sua poesia, e aplaudo sempre.
Um feliz domingo.
bjus