Teus verbos hoje
Estão todos no passado.
Pegadas se apagam,
Mas existe tua voz
Em cada canto,
E quando eu passo,
As cortinas dançam,
Me enlaçam
Imitando o teu abraço.
À noite,
Te ouço na conversa dos grilos,
E te reecontro
No brilho fosco da lua
Dissolvido na névoa
Que cobre as montanhas,
E ao abrir dos meus olhos
No sonâmbulo silêncio
Da madrugada,
Eu olho o travesseiro,
E não entendo
Como podes ainda ser tanto,
Já não sendo.
Bom dia, Ana
ResponderExcluirLindo poema, lembrei do versículo que está em João 1:1 que diz: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." Um forte abraço.
Querida Ana, que lindo poema inspirado na ação, o verbo!
ResponderExcluirViver, sentir, amar, lembrar, existir, ser, ser eternamente!
Amei, abracos apertados, amo o verbo abraçar!
Belíssimo, Ana!
ResponderExcluirBjs
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Palavras que são como abraços. Muito belo!
ResponderExcluirUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.