Lin Yutang - Uma reflexões sobre trechos de seu livro A Importância de Viver"-
publicado em Julho de 1937
"Quando um homem cria uma civilização própria, mete-se numa corrente de desenvolvimento que, pelo aspecto biológico, seria capaz de aterrorizar ao próprio Criador. No tocante a adaptação à natureza, todas as criaturas são maravilhosamente perfeitas, porque a natureza mata as que não de adaptam perfeitamente. Mas agora já não se nos exige que nos adaptemos à natureza; cumpre que nos adaptemos a nós mesmos, a isto que se chama civilização. Todos os instintos eram bons, eram sãos na natureza, mas na sociedade, chamamos selvagens aos instintos. Todo rato rouba- e ele não é menos moral ou mais imoral pelo fato de roubar -, todo cão ladra, todo gato se escapa de noite e estraçalha tudo aquilo em que põe as garras, todo leão mata, todo cavalo foge ao ver o perigo, toda tartaruga dorme durante as melhores horas do dia, e todo inseto, réptil, ave e besta reproduz a sua espécie em público. Bem, mas em linguagem civilizada, todo rato é ladrão, todo cachorro faz demasiado barulho, todo gato é um esposo infiel, quando não é um vândalo selvagem, todo leão ou tigre é um assassino, todo cavalo, um covarde, toda tartaruga é uma preguiçosa e, finalmente, todo inseto, ave, réptil, ave ou besta é obsceno quando cumpre as suas naturais funções vitais. Que transformação na massa dos valores! E esta é a razão pela qual nos quedamos a assuntar, espantados, por que nos teria feito Deus tão imperfeitos."
Segundo este trecho, que li e reli várias vezes, Lin Yutang discursa sobre o qaunto nos distanciamos de nossa própria natureza. Aquilo que era natural e nos ajudava a sobreviver, hoje é considerado pecaminoso, imoral ou pelo menos, desaconselhável. Acredito que chegamos a um ponto sem retorno; já criamos nossas regras para conviver em sociedade, e devemos seguí-las se quisermos evitar sérios conflitos com as outras pessoas, que também a elas, em sua maioria, adaptaram-se. Hoje, é inaceitável que nos reproduzamos em público ou que ajamos como os ratos, que roubam, e como os felinos, que destroem tudo no qual deitam suas garras - embora muitos ainda hajam desta maneira.
Mas acho que existem alguns instintos básicos que perdemos, e que seria muito interessante se pudéssemos resgatar; antigamente, as pessoas que trabalhavam nos campos tinham um incrível sincronismo com os rítmos da natureza. Plantavam e colhiam nas épocas certas, sabiam quando era melhor cortar os cabelos (segundo as fases da lua), entendiam os humores das marés sem que necessitassem de instrumentos muito poderosos. Elas viajavam guiando-se pelas estrelas, e raramente se ouvia falar de alguém que se perdera. Infelizmente, hoje nos tornamos dependentes da tecnologia para estes e outros fins. E quanto mais deixamos de usar os nossos instintos, mais os perdemos.
Tornamo-nos seres racionais e frios, e tratamos de apagar ou socar para o fundo qualquer tentativa de escutarmos os nossos instintos, pois isto significaria ser chamado de louco, irresponsável ou inconsequente. Aquela voz fininha que falava aos nossos ancestrais, hoje não passa de um murmúrio quase inaudível. Saímos por aí agindo 'racionalmente', e por isso damos racionais cabeçadas.
E cada vez mais, nos achamos no direito de criar regras aos outros. Quem se adapta a elas é considerado 'esperto', racional, inteligente, sociável; quem não concorda com elas, é anti-social, execrável, estúpido e digno de isolamento. E vamos matando nossos instintos, e assim, nossas almas vão se tornando pálidos espectros que vagam acima do mundo e acima de nós mesmos, desconectadas de nós, vítimas de depressão, sentimentos de inadequação, medo, preconceitos, urgência em agradar e ser aceito por aqueles que 'ditam as regras.'
Lin Yutang falava contra o nazismo em uma época na qual o Nazismo dominava grande parte da Europa; ele confrontava valores há muito estabelecidos, apontava novos caminhos e trilhas de pensamento, em uma época na qual judeus eram queimados em fornos da mesma maneira que hoje assamos frangos em microondas. Usando de seu inabalável senso de humor e coragem - e até mesmo, uma ponta de ironia - desnudava o verdadeiro caráter dos líderes de sua época, em trechos como:
"Perdoamos os grandes do mundo porque morreram. Por estarem mortos, sentimos que ficamos igualados a eles. Todo cortejo fúnebre carrega um estandarte em que estão escritas as palavras: "Igualdade Humana. (...) Vem daí, pois, o senso da comédia humana e o próprio material da poesia e da filosofia. Quem percebe a morte adquire o senso da comédia humana e logo se torna poeta."
E ainda:
"A diferença entre os canibais e o homem civilizado é, parece-me, que os canibais matam seus inimigos e os comem, ao passo que os civilizados matam seus inimigos e os enterram, plantam uma cruz sobre seus cadáveres e mandam rezar missas por suas almas." Lembrei-me muito de Ayrton Senna e toda perseguição que sofreu, quando li este trecho. Revi a cena do documentário sobre sua vida, onde um Prost compungido carrega uma das alças de seu caixão.
E em seu discurso sobre o senso de humor:
"(...) os capazes, os hábeis e os ambiciosos e orgulhosos são ao mesmo tempo os mais covardes e confusos, pois carecem da coragem, profundeza e sutileza dos humoristas. Estão sempre dedicados a trivialidades, ao passo que os humoristas, com seu maior descortino de espírito, podem pensar em coisas maiores. Conforme andam as coisas,, um diplomata que não fala cochichando, nem parece muito assustado e composto e cauteloso, não é um diplomata... Mas nem é preciso reunir uma conferência de humoristas internacionais para salvar o mundo. Em todos nós há uma suficiente qauntidade deste desejável ingrediente que se chama senso de humor.
(...) Afinal, só o que maneja levemente suas ideias é senhor de suas ideias, e só o que é senhor de suas ideias não se vê escravizado por elas. A seriedade, enfim, é apenas um sinal de esforço, e o esforço é um sinal de imperfeita maestria. Um escritor sério sente-se pesado e a contragosto no reino das ideias, como um novo-rico na sociedade. É sério porque não chegou a sentir-se a gosto na companhia de suas ideias.
(...) Quando vemos um escritor a lutar com suas ideias, podemos estar certos de que as suas ideias é que estão lutando com ele."
Assim, seguindo as ideias de Lin Yutang, por que não levarmos a vida de maneira mais leve e despreocupada? Por que continuarmos fazendo questão de parecer o que não somos? Ninguém é perfeito, ninguém tem a chave da porta do Céu (ou do inferno), e ninguém tem o poder de destinar os outros a este céu (ou inferno) que concebemos.
A Epopeia do Macaco - uma antiga fábula Chinesa contada por Lin Yutang
(...) Mas se este critério biológico nos ajuda a apreciar a beleza e o ritmo da vida, também nos mostra nossas ridículas limitações. Apresentando-nos um quadro mais correto do que somos como animais, permite-nos que nos compreendamos melhor, e melhor compreendamos o progresso dos assuntos humanos. Uma simpatia mais generosa, ou ainda um cinismo tolerante, advêm com uma compreensão mais verdadeira e mais funda da natureza humana, que tem suas raízes na nossa ascendência animal. Se recordarmos amavelmente que somos os filhos do Homem de Neanderthal ou do Homem de Pequim, e nos remontarmos ainda mais aos antropoides, alcançamos eventualmente a capacidade de rir de nossos pecados e limitações, assim como para admirar a nossa habilidade de macacos, capacidade esta que é o que chamamos de senso da comédia humana. Esta é a mais bela ideia sugerida pelo ensaio de Clarence Day, “This Simian World.” Ao ler este ensaio de Day podemos esquecer todos os nossos próximos, os censores, chefes de publicidade, redatores fascistas, radioanunciadores nazis, senadores e legisladores, ditadores, peritos econômicos, delegados a conferências econômicas e todos os demais intrometidos que tratam de imiscuir-se na vida de outras pessoas. Podemos perdoá-los, porque começamos a compreendê-los.
Neste sentido, chego a apreciar cada vez mais a sabedoria e a visão da grande epopeia chinesa dos macacos, Hsiyuchi, através da qual pode ser melhor compreendido o progresso da história humana.
O macaco Wu Kung representa o intelecto humano, o Porco Pachiech representa nossa natureza inferior, o Monge Sand representa o senso comum e o Abade Hsüantsang representa a sabedoria e o Santo Caminho. O Abade, protegido por esta curiosa escolta, havia empreendido uma viagem da China à Índia para procurar livros sagrados budistas. A história do progresso humano é na essência como a peregrinação dessa variegada companhia de criaturas sumamente imperfeitas que caem continuamente em perigo e em cômicas situações devido às suas tolices e travessuras. Quantas vezes tem o Abade de corrigir e castigar o travesso Macaco e o Porco sensual, conduzidos sempre, por suas tristemente imperfeitas e por suas baixas paixões, a toda espécie de enredos! As manifestações de fragilidade humana, de furor, vingança, impulsividade, sensualidade, de incapacidade de perdão, e, sobretudo, a vaidade e falta de humanidade aparecem sempre através desta peregrinação da humanidade para a santidade. O aumento da destruição vai a par com o aumento da habilidade humana, porque, como o Macaco com poderes mágicos, podemos andar hoje pelas nuvens e virar cambalhotas no ar (em termos modernos quer dizer looping-the-loop), tirar pelos de macaco de nossas pernas simiescas e transformá-los em macaquinhos, para hostilizar nossos inimigos, bater às próprias portas do céu, arredar para um lado ao Celeste Porteiro e exigir um lugar na companhia dos deuses.
O Macaco era hábil, mas também vaidoso; tinha suficiente mágica de macaco para abrir caminho até o céu, mas não tinha bastante candura e equilíbrio e temperança de espírito para viver pacificamente ali. Demasiado bom quiçá para esta terra e sua existência mortal, não era contudo bastante bom para o céu e a companhia dos imortais. Havia algo de crasso, maligno e rebelde nele, algumas gangas que refinar em seu ouro, e por isso é que, quando entrou no céu, no episódio preliminar, antes de unir-se à partida de peregrinos, causou ali um terrível susto, como um leão selvagem que se escapa das jaulas do circo pelas ruas da cidade. Devido à sua incorrigível diabrura inata, deitou a perder o Banquete Anual oferecido pela Rainha Mãe Ocidental do Céu a todos os deuses, santos e imortais. Furioso por não ter sido convidado, fez-se passar por mensageiro de Deus e enviou o Espírito Descalço, que ia à festa para outra direção, dizendo que haviam mudado o lugar da cerimônia, e então El próprio se transformou na sombra do Espírito Descalço e foi em seu lugar à festa. Muitos outros espíritos e fadas e duendes haviam sido desviados por ele para outros sítios. Ao entrar no pátio, viu que era o primeiro a chegar. Não havia ali ninguém, exceto os serventes, que guardavam as jarras de vinho celestial no corredor. Transformou-se então em inseto da doença do sono, e picou os serventes até que caíram adormecidos e bebeu as jarras de vinho. Meio ébrio, passou ao salão, e comeu os pêssegos celestiais que estavam servidos. Quando chegaram os convidados, e viram o banquete estragado, já estava ele fazendo outras façanhas em casa de Lao-tsé, onde procurou engolir as pílulas da imortalidade. Finalmente, ainda disfarçado, partiu do céu, temeroso em parte das consequências de suas proezas alcoólicas, mas sobretudo aborrecido porque não o haviam convidado para a Ceia Anual. Voltou ao Reino dos Macacos, onde era rei, e expôs suas queixas aos seus súditos, e alçou bandeira de rebelião contra o céu, e nela escreveu: “O Grande Sábio, Igual ao Céu.” Houve então grandes combates entre este Macaco e guerreiros celestes, nos quais só foi capturado o Macaco quando a Deusa da Misericórdia o derribou com um raminho de flores atirado das nuvens.
Assim como o Macaco, nós nos rebelamos, e não haverá paz nem humildade em nós, até que sejamos vencidos pela Deusa da Misericórdia, cujas suaves flores arremessadas do céu nos farão cair. E não aprenderemos a lição da verdadeira humildade enquanto a ciência não tiver explorado os limites do universo. Porque, na Epopeia, o Macaco se rebelou ainda mais depois de sua captura, e perguntou ao Imperador de Jade no céu por que não lhe era dado um título mais alto entre os deuses, e teve de aprender a lição de humildade mediante uma aposta final com Buda, ou o próprio Deus. Apostou que, com seus poderes mágicos, poderia ir até o fim do mundo, e o prêmio era o título de O Grande Sábio, Igual ao Céu, ou a submissão completa em caso de perder. Arremessou-se, pois, no ar, e viajou com a velocidade do relâmpago, através dos continentes, até chegar a uma montanha de cinco picos, que julgou deveria estar tão longe que nenhum mortal ainda ali pusera os pés. A fim de deixar uma prova de que havia chegado ao local, urinou no pé do pico central e, satisfeito com tal façanha, regressou e contou sua viagem a Buda. Abriu então Buda uma das mãos, e pediu-lhe que cheirasse a própria urina na base do dedo médio, e fê-lo compreender que, durante todo esse tempo, ele não havia sequer saído da palma de sua mão. Foi só então que o Macaco adquiriu humildade e, depois de acorrentado a um rochedo durante quinhentos anos, foi libertado pelo Abade e juntou-se a ele em sua peregrinação.
Afinal de contas, este Macaco, que é a imagem de nós próprios, é uma criatura extremamente simpática, apesar de suas vaidades e suas travessuras. Assim deveríamos nós também ser capazes de amar a humanidade, apesar de todas as suas fraquezas e defeitos.
Assistindo a um programa na Discovery Home and Health sobre bagunceiros e acumuladores compulsivos, fiquei pensando sobre o que leva as pessoas a acumularem tantos objetos, que torna-se impossível circular pelo espaço da casa ou até mesmo, limpá-la. Neste programa que assisti, havia uma família - pai, mãe, três filhos pequenos - circulando no meio da bagunça e da sujeira, passando por cima de pilhas e pilhas de caixas vazias, roupas, brinquedos, livros e outros objetos. A cozinha era imunda, e achei um absurdo que alguém com um pingo de juízo pudesse cozinhar a comida de suas crianças no meio daquela imundície.
Acredito que a casa reflete aquilo que está por dentro de seus moradores. O excesso de organização e limpeza também pode ser patológico. É mais do que normal, em uma casa, haver objetos fora do lugar ou uma poeirinha aqui e ali. Mas a bagunça desmedida, daquelas que vi no programa, pode causar doenças e afasta as pessoas.
Depois da casa em ordem, os proprietários encantaram-se e perderam-se em "Ahs!" e "Ohs!" de contentamento. Mas eu fico me perguntando se, daqui a algum tempo, a bagunça não terá se re-estabelecido, já que é preciso arrumar a bagunça interior para que a exterior possa ser arrumada.
Há alguns programas de televisão que contemplam pessoas com uma casa novinha em folha. Mostram o 'antes' e o 'depois' das casas. Às vezes, os organizadores do programa voltam às casas doadas alguns anos depois e constatam que a bagunça e a sujeira se re-estabeleceram. Há gente que se cerca de feiura, desordem e destruição voluntariamente, o que acredito ser uma doença da alma. Elas mostram, do lado de fora, como estão por dentro. Acredito que é preciso um trabalho psicológico árduo e até mesmo, dolorido, para que elas possam aprender a habitar seu espaço de forma saudável.
Imagem: Anêmonas-do- mar. Animais que tendem a ficar no mesmo lugar a vida inteira. Alimentam-se de peixes e crustáceos, paralisando-os com seu veneno tóxico concentrado em seus belos filamentos. Apenas o peixe-palhaço é imune ao veneno das anêmonas-do-mar.
Ontem foi o vigésimo aniversário da morte de Senna. Ele morreu no dia do aniversário de minha mãe, e por isso recordo-me do acontecido com detalhes. Todos ficamos chocados. O país parou. Até mesmo seus inimigos declarados lamentaram (não sei se foi sincero, mas lamentaram).
Ontem à noite assisti a um documentário sobre a vida dele, mais focado em sua carreira. Fiquei sabendo de coisas que eu nem imaginava, já que o mundo da Fórmula I é estranho para mim, e eu não acompanhava nem acompanho muito as corridas. Mas o que mais chamou-me a atenção, foi a oposição que Senna sofria. Tinha inimigos que faziam de tudo para prejudicá-lo, até mesmo tirando-lhe a melhor posição na Pole Position, conquistada com esforço, quando os dirigentes criaram regras de última hora que fizeram com que Senna tivesse que largar do lado ruim da pista, apenas para prejudicá-lo.
Senna não compreendia e não aceitava a política dentro do mundo das corridas, e para ele, essa coisa de "Piloto principal tem que vencer" não existia - o que causou vários atritos com Alain Prost. Senna não via o francês como companheiro de equipe, mas como um adversário, quando ambos estavam na pista, e achava que o melhor venceria. E várias vezes, provou ser o melhor, o que irritou Prost.
Os métodos de Senna eram contestados, e os entrevistadores tentavam quase sempre colocá-lo em saia justa durante as entrevistas, acusando-o de direção perigosa - o que ele rebatia, afirmando que em corridas, todos praticam direção perigosa, e como se trata de uma competição, é assim que tem que ser. Vi, durante as reuniões com os pilotos, que ele recebia muitas indiretas e algumas diretas que muito o perturbavam. Sofreu grandes injustiças, mas jamais deixou de acreditar em si mesmo.
Ele foi forte. Teve a presença de espírito de combater seus oponentes onde era necessário - na pista - e muitos tiveram que render-se à sua capacidade superior. Ele era um predestinado. Acredito que algumas pessoas nascem predestinadas a brilhar, a mostrar que podem superar obstáculos. Houve uma Grande Prêmio no qual todas as marchas do carro, exceto a sexta, quebraram-se. Mas ele levou a corrida até o fim, e o esforço físico foi tanto, que ao final (após a vitória) ele sentia dores horríveis nos ombros. Mesmo assim, fez um último enorme esforço e ergueu a pesada taça.
Senna não era uma pessoa sutil. Dizia o que pensava, fosse a quem fosse, em qualquer lugar ou hora. Defendia suas ideias, se estivesse certo delas. Nada o desencorajava. Ele corria a corrida da vida sabendo que qualquer curva poderia ser a última. Mesmo assim, não se deixava dominar pelo medo. Quantos de nós podemos dizer que fazemos a mesma coisa?
Antes da sua última corrida, segundo declarações de sua irmã Viviane Senna, ele abriu a Bíblia em busca de uma resposta (ele era muito espiritualizado) e encontrou uma passagem na qual Deus dizia que, naquele dia, Ele lhe daria um grande presente: o encontro consigo mesmo. Incrível, não?
Sem a menor sombra de dúvida, Senna foi e continua sendo uma das personalidades mais marcantes do Brasil e do mundo, não apenas na Fórmula I, mas na vida em si.