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quarta-feira, 5 de março de 2014

SENTIMENTOS






Abraham Maslow, professor de Harvard, comentou que todos os seres humanos nascem com um senso inato de valores pessoais positivos e negativos. Somos atraídos por valores pessoais positivos tais como justiça, honestidade, verdade, beleza, humor, vigor, poder (mas não poder abusivo), ordem (mas não preciosismo ou perfeccionismo), inteligência (mas não convencimento ou arrogância). Da mesma forma, somos repelidos por injustiça, morbidez, feiúra, fraqueza, falsidade, engano, caos etc. Maslow também declara que valores pessoais positivos são definíveis somente em termos de todos os outros valores pessoais positivos - em outras palavras, não podemos maximizar qualquer virtude e deixar que ela contenha quaisquer valores pessoais negativos sem repulsa.
Por exemplo, a beleza que está associada com o engano se torna repulsiva. A justiça associada com a crueldade é repulsiva. Esta capacidade inata de sentir atração ou repulsão é o fundamento da moralidade - em outras palavras, sentimentos bem entendidos formam a capacidade interior com a qual nascemos para chegar ao que pensamos ser bom/mau e certo/errado.



Este ponto de vista contrasta agudamente com alguns ensinamentos extremistas de algumas religiões e ideais políticos, que querem estabelecer o que é moral - que os humanos nascem num vácuo moral e que é somente a autoridade quem pode dizer aos seres humanos o que é certo e errado. A exploração extremista dos sentimentos aumenta na medida em que os sentimentos não são apenas distingüidos, mas mesmo separados do pensamento crítico.
Algumas religiões, entretanto (algumas correntes atuais do cristianismo), acreditam que o ser humano nasce com princípios morais a ele inatos, e nele colocados por Deus. E que a "imagem e semelhança" ao Deus criador, citada no livro de Gênesis da Bíblia cristã, se referiria na verdade à imagem e semelhança moral a esse Deus criador, e não à aparência física do Deus cristão. Chegando a uma conclusão próxima à de Abraham Maslow, porém não científica. - WIKIPEDIA



"O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição." (Aristóteles)


"Mas onde se deve procurar a liberdade é nos sentimentos. Esses é que são a essência viva da alma."(Johann Goethe)


"Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer."
Clarice Lispector


"Eu sou do tamanho daquilo que SINTO, que VEJO e que FAÇO, não do tamanho que os outros me enxergam."
Bob Marley


De Madrugada - A Casa Dorme




Silêncio; a casa dorme.

As cortinas fechadas não se agitam. Não entra vento pela fresta da janela. Portas não rangem - e se rangirem, melhor verificar. Pessoas não circulam, e os corredores vazios dão passagem a outros tipos de criaturas. A TV permanece calada, e não há música tocando. O cãozinho dorme à porta da varanda, feliz em seu colchãozinho. Não há pássaros se alimentando nos comedouros, nem colibris bebendo a água doce.

A casa adormecida é quase como uma pessoa morta; só que ela, a casa, respira ainda devagar, bem baixinho... guarda o sono daqueles que dormem entre as suas paredes (os sonhos, estes saem pelas janelas fechadas, passando pelas vidraças quais fantasmas, e vão despertar em outros mundos).

Melhor respeitar o sono de uma casa, ou na manhã seguinte ela estará quase elétrica, de tão irritada, e as pessoas sentirão nelas mesmas a sua irritação. As luzes vão piscar quando a gente passar sob elas, e as portas vão bater devido a algum vento zangado que as empurrou. A comida vai queimar no fogo, mesmo que a gente só tenha saído de perto do fogão um instantinho só... o computador vai travar, e a máquina de lavar roupas vai deixar manchas sobre os tecidos.

Melhor não fazer barulho; se for levantar-se para uma xícara de chá, respeite o direito do relógio de tiquetaquear e deixe que o seu som seja o único a quebrar o silêncio da casa que dorme. Pois uma casa adormecida, quando despertada assim, de repente, sem sutilezas, pode vingar-se durante o dia.

Espere que o sol nasça; deixe que a luz do dia chegue, e desperte a casa adormecida bem devagar...



VOU LEVANDO




Olha, eu vou levando a vida
Enquanto ela for me levando,
Pelo tardio das horas
Que o relógio vai marcando,
A tarde já vem morrendo
E as cores, desbotando...
E eu vou levando a vida
Enquanto ela for me levando...

Água seca no açude,
E caminhos vão se marcando
No chão batido das trilhas
Conforme eu vou caminhando...
É tarde para voltar,
A vida é mais que a metade,
E sempre a me acompanhar
Segue, de longe, a saudade...

E eu vou levando a vida
Enquanto ela for me levando,
Os dedos abrem feridas
Que estavam cicatrizando
Mas não doem; são dormentes
De tanto que se acostuma
Aos mesmos filmes passando
Sem haver mudança alguma!

E assim, eu levo a vida
Enquanto ela for me levando...
Passam dias, meses, anos,
E com eles, vou passando...
E um dia, eu sei que findo
Mas sem qualquer desencanto
Pois a vida sempre colhe
O que ela vai plantando...


terça-feira, 4 de março de 2014

Eu Crio Estradas





Eu crio estradas asfaltadas com palavras,
(Em cada curva, alguém me olha)
Estradas por onde ninguém passa,
Pois não são caminhos ao futuro,
Não são rotas seguras,
Não foram criadas para levar,
Mas para trazer de volta.

Eu crio estradas que ninguém jamais entende,
Pois não surgiram para serem compreendidas,
São as estradas da minha vida,
E nessas estradas, não ponho placas.

Eu crio estradas que jamais levam adiante,
Estradas que não tem começo ou fim,
Constantemente bifurcadas,
Cheias de encruzilhadas...
-Não são destinos,
Não são nada...

E eu,
Fico sempre à beira dessas estradas
Que em minha mente se criam,
Olhando as coisas e os espectros
Que por ela caminham,
Mas nunca me olham.
Aceno para eles,
E às vezes,
Eles deixam cair uma flor murcha
Que eu recolho, e levo às narinas.


                                     

segunda-feira, 3 de março de 2014

Sobre Conselhos





Os piores conselhos são sempre aqueles que não foram solicitados. 

Geralmente, pessoas supostamente bem intencionadas nos chegam com conselhos que não pedimos sobre assuntos que não lhes dizem respeito. Apontam-nos ao público e acham-se no direito de expor nossos problemas e opinar sobre nossas vidas e nosso caráter, colocando-se em um ponto acima de nós, exaltando assim seu ego inflado ao comentar sobre o nosso. 

Ninguém sabe tudo. Somente quem está passando por certa situação, somente a alma que está sob a carne açoitada, e que sente a dor do chicote a queimar-lhe, é quem realmente sabe aonde lhe aperta o calo.

É muito fácil dar conselhos: basta que eu coloque o problema de outra pessoa sob o meu próprio ponto de vista (acreditando assim que eu sou a dona da verdade universal) e diga o que eu faria se estivesse no lugar dela; mas o problema, é que eu não estou! Não sei dos motivos que levam alguém a agir como age. Não tenho o histórico de vida daquela pessoa, não conheço seus relacionamentos e nem sei, ao certo, pelo quê ela está realmente passando. Portanto, um bom conselho quanto aos conselhos: Dê-os quando solicitados - mas mesmo assim, pense bem antes.

A maioria das pessoas que gostam de colocar-se em um pedestal, expor problemas alheios e dar conselhos em público de forma generalizada, vulgarizando a dor do outro, tem o ego maior do que o daqueles a quem aconselha, pois sofre de um mal muito grave e comum nos dias de hoje: o orgulho espiritual. Se a sua intenção fosse realmente a de aconselhar e ajudar o outro com seu problema, servindo de auxílio para que ele veja as coisas com mais clareza e consiga libertar-se, aconselhá-lo ia de maneira privada, e não em público.




Sobre a Mesa da Festa de Casamento

































domingo, 2 de março de 2014

O Tempo e as Estrelas










Trecho do livro "Clarividência", por C.W Leadbeater


"Mesmo que amanhã uma catástrofe qualquer fizesse em pedaços a estrela polar, nós ainda a veríamos brilhando tranquilamente nos céus; os nossos filhos chegariam ao princípio da velhice, e teriam já filhos crescidos, antes que houvesse chegado a qualquer visão terrestre a notícia dessa catástrofe tremenda. Da mesma maneira, há estrelas tão afastadas que a luz leva milhares de anos a chegar de elas até nós, e com respeito à condição delas, a nossa informação sofre, portanto, um atraso de uns milhares de anos."

LORDOSES




Curam-se a dor das lordoses,
As feridas purulentas,
Encontra-se alívio
Para as escolioses.

Curam-se as dores de dente,
As verminoses,
Viroses e escaras,

Mas não cura, não há,
Para a tara dos Lordes!

Curam-se as mentes insanas,
Aplicam-se ataduras
Sobre as sarcoses,

Curam-se as gripes e pestes,
E lavam-se as vestes
Que cobrem fraturas.

Mas não há cura, meu Deus,
Não há cura
Para a tara dos Lordes!







Sentido da Vida






SENTIDO DA VIDA - CRÔNICA INSPIRADA NO BELO TEXTO "PAUSA", DE ARANA DO CERRADO - E A ELA DEDICADA

O que dá sentido à vida?

Podem ser várias coisas.

Para mim, é a roupa lavada e passada, dobrada e cheirosa dentro das gavetas. O bolo fresquinho ainda quente, assado no forno caseiro de uma casa simples, limpa e acolhedora. O chão varridinho no quintal, os passarinhos voando livres, alimentados pelas frutas que eu deixo no comedouro, o vento derrubando novas folhas secas que serão varridas amanhã de manhã.

Para mim, o sentido da vida está em não procurar sentidos ocultos, mas ver tudo através do cotidiano, das coisas mais simples, como um entardecer avermelhado, gotas de chuva batendo no telhado, passarinhos cantando em uma árvore próxima, o sol, o céu... e assim, observando e respirando a vida que podemos enxergar, acabamos por reter compreensões que estavam submersas de sentidos. 

Para mim, o sentido da vida está naquela palma do vizinho ao portão, no latido alegre do cachorrinho quando seu dono chega em casa, no gato miando em volta da gente quando trabalhamos na cozinha, no barulhinho que faz a chave girando na fechadura à noitinha - o amado chegando em casa, contando das coisas que aconteceram durante o seu dia no trabalho.

Para mim, o sentido da vida é parar de tirar o pó e ficar com aquela cara de boba, segurando o paninho, quando de repente, toca aquela música que já não escutávamos há tanto tempo, e ela nos traz lágrimas aos olhos, e as recordações vão transbordando no rosto da gente.

O sentido da vida, para mim, está em saber que alguém modificou-se por causa de nosso trabalho; um aluno conseguiu passar em uma entrevista de emprego ou participou de uma vídeo conferência em outro idioma que eu consegui ajudá-lo a aprender. O marido desfrutou de um jantar simples e saudável após um dia cansativo no trabalho. O cachorrinho dorme em seu colchãozinho, de banho tomado e barriguinha cheia. As flores do jardim estão lindas porque lembrei-me de regá-las nesse calorão.

Para mim, é este o sentido da vida.




sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Casa é Para Viver.




Para mim, casa é para viver. Nela, a gente coloca as coisas que gosta, pinta com as cores que prefere e constrói da maneira que acha bonito. Tanto faz a moda, os ditames do que é ou não é considerado de bom gosto -pois o tal bom gosto nada mais é que  um alinhamento frio de regras impostas pelos que se dizem especialistas em decoração.

Gosto da casa que se parece com a gente. Casa para gente morar e pendurar as lembranças que desejar em cada parede. A única coisa que eu não gosto, é sujeira e acúmulo de móveis e objetos, pois isto atravanca os espaços. Faz mal. Mas se for do meu gosto, posso pendurar cortinas laranja na sala de estar ou colocar almofadas com cores que 'não combinam' sobre o sofá. Posso servir café para as visitas em xícaras de diferentes jogos com pires de diferentes formatos.

Casa é para ser divertida. Nada de ficar demasiadamente preocupada com a poeirinha que se acumula mais rapidamente quando o tempo está seco. Depois a gente limpa. Agora, vamos assistir àquele filme sensacional, ou sentar lá fora no jardim.


Cora Coralina - Estas Mãos





ESTAS MÃOS. 


Poema de Cora Coralina, de seu livro "Meu Livro de Cordel"



Olha para estas mãos de mulher roceira, 
esforçadas mãos cavouqueiras. 
Pesadas, de falanges curtas, sem trato e sem carinho. 
Ossudas e grosseiras. 
Mãos que jamais calçaram luvas. 
Nunca para elas o brilho dos anéis. 
Minha pequenina aliança.
 Um dia, o chamado heróico emocionante: 
- Dei Ouro para o Bem de São Paulo. 
Mãos que varreram e cozinharam.
 Lavaram e estenderam roupas nos varais.
 Pouparam e remendaram. 
Mãos domésticas e remendonas.
 Íntimas da economia, do arroz e do feijão da sua casa.
 Do tacho de cobre.
 Da panela de barro.
 Da acha de lenha. 
Da cinza da fornalha.
 Que encestavam o velho barreleiro e faziam sabão.
 Minhas mãos doceiras... jamais ociosas.
 Fecundas. Imensas e ocupadas.
 Mãos laboriosas. 
Abertas sempre para dar, ajudar,unir e abençoar. 
Mãos de semeador... 
Afeitas à sementeira do trabalho
 Minhas mãos raízes procurando a terra.
 Semeando sempre.
 Jamais para elas os júbilos da colheita.
 Mãos tenazes e obtusas,
Feridas na remoção de pedras e tropeços, quebrando as arestas da vida 
Mãos alavancas na escava de construções inconclusas.
Mãos pequenas e curtas de mulher que nunca encontrou nada na vida.
 Caminheira de uma longa estrada.
 Sempre a caminhar. 
Sozinha a procurar o ângulo prometido, a pedra rejeitada. 


Poema enviado por Celso Panza. Obrigada!



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