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quarta-feira, 18 de maio de 2022

O MONSTRO DO OUTRO LADO

 



“Não concordo com você.”

Esta simples frase, nos dias de hoje, é o suficiente para que se comece uma discussão com alguém – não uma discussão saudável, no sentido de troca de ideias e crescimento, mas no sentido de expressar agressividade, de necessitar demonstrar o quanto as minhas ideias são mais inteligentes, mais arrojadas. 

Quem não pensa como eu é burro, e pronto. Eu posso até ter acabado de conhecer alguém que eu começo a admirar, quando de repente, tal pessoa diz alguma coisa com a qual eu não concordo, e o verbo a ser conjugado vira imediatamente “cancelar.” Cancelo quem não concorda comigo, quem não gosta das mesmas coisas que eu gosto, quem não me obedece.

O mundo de hoje é um lugar enorme, cheio de pessoas vivendo em caixinhas, panelinhas, grupinhos, entrincheirados em suas próprias convicções, achando-se cheios de razão e propriedade. Ao mesmo tempo, vemos o filósofo incontestável, que por ter estudado a vida e a obra de vários outros filósofos, acha-se acima da maioria das pessoas, e por isso, tudo o que diz tem que ser endossado e aceito; quem não concorda, é burro. E quem concorda com tudo o que ele diz, nem percebe que, na maioria das vezes, ele está apenas repetindo alguma coisa que ele leu, algo que alguém que morreu há muitos anos disse um dia. 

Vemos os professores donos da razão, os políticos de bom coração, os coaches da positividade tóxica, os (péssimos) influenciadores digitais, todos cegos, guiando uma multidão de gente igualmente cega. Mas pelo menos, eles têm o dom da palavra, que muitas vezes lhes confere a capacidade de convencer aos que não o tem de que eles estão perdidos e necessitam de ajuda. 

Basta abrir uma página qualquer na internet e encontraremos gente pobre ensinando os outros a ficarem ricos, pessoas que já se casaram e se divorciaram várias vezes ensinando o segredo dos relacionamentos felizes, pessoas que fazem cursos de uma semana e se acham aptos a guiar e aconselhar os outros. Criam-se princípios que ninguém sabe de onde surgiram; coisas como:

- Existe um anjo/ um Superhomem/uma Mulher Maravilha dentro de você.

- Você é especial para Deus.

- Você tem o poder de realizar absolutamente tudo o que você quiser.

- Se você não é totalmente feliz a maior parte do tempo, está fazendo tudo errado.

- Se você não defende tal ideia/político/ideologia, você é um preconceituoso, nazista, fascista, esquerdinha, bolsominion, xenófobo, ignorante, BURRO.

Está cada vez mais chato viver nesse mundo, fazer parte dessa geração. Viver não é mais natural. Viver é sobreviver até o próximo embate e tentar não ser cancelado ou ridicularizado. Viver é tentar se adaptar àquilo que esperam de você e tentar agradar a todos. Viver é socar suas emoções lá para dentro, pois é feio sentir coisas como medo, raiva, indignação, tristeza, luto. 





segunda-feira, 9 de maio de 2022

OS PREPERS NÃO ESTÃO PREPARADOS

 



Devido a uma lição de inglês que eu dei e que mencionava uma classe de pessoas que, basicamente, preparam-se para o fim do mundo – os Prepers – decidi pesquisar mais sobre o assunto. Encontrei vários canais desses sobrevivencialistas no YouTube, que ensinam desde a armazenar comida em garrafas pet a cavar buracos no mar a fim de esconder comida e armas. Existem instruções sobre como sobreviver a ataques nucleares abrigando-se em bunkers (existem bunkers de todos os tipos sendo vendidos nesse exato momento em que você lê meu texto, alguns deles muito luxuosos, que custam milhões de dólares), purificar água contaminada, armazenar medicamentos e produzir eletricidade. 

Seguramente, eu penso que essas pessoas não têm uma verdadeira dimensão do que significaria sobreviver a um ataque nuclear, em um mundo onde quase tudo – plantas, animais, seres humanos – estará morto durante o tempo que restasse de vida aos sobreviventes. Se eu soubesse que uma guerra nuclear de proporções mundiais estivesse a ponto de começar, eu escolheria o lugar mais vulnerável possível para que eu fosse uma das primeiras a morrer. Não quero saber de sobreviver a isso.

As pessoas nos vídeos mostram seus bunkers, geralmente localizados nos porões de suas casas,e as coisas que estão armazenadas por lá e que possibilitariam que talvez eles sobrevivessem, quem sabe, alguns meses após um ataque nuclear. Fazem isso sorrindo, pedindo ‘likes’ e compartilhamentos, agradecendo aos que contribuem financeiramente para que seus canais “possam continuar existindo e ajudando as pessoas a sobreviverem.”

Para onde foi o bom senso da humanidade?

Prefiro dar uma chance ao mundo e às demais criaturas; diante de um ataque nuclear de proporções mundiais causado pela espécie humana, espero que apenas animais e plantas sobrevivam; assim, quem sabe, exista uma chance para o nosso planeta. 

O mundo não precisa de nós. Nós não servimos para nada. Vivemos a nossa existência em meio a superficialidades, intrigas, divisões políticas, ideologias absurdas, competições, invejas, ‘likes’, fofocas, “(des)harmonizações faciais que fazem com que pessoas fiquem se parecendo com bonecos infláveis, e saímos daqui tão sem noção quanto ao entrarmos.

Como disse Anitta, A Sábia, “Se o mundo acabar, acaba a internet.” E pelo que vejo, para a maioria das pessoas, é só isso que importa.






terça-feira, 16 de novembro de 2021

FEMINISMO & LEALDADE

 



E logo de manhã, em um post no Instagram se lia o seguinte: "Não odeie outras mulheres porque seu marido ou namorado não te respeita. Larga esse embuste!" Concordo com a última frase , mas não com a primeira.

Nos comentários, muitas mulheres diziam que, em uma traição, o culpado é sempre e unicamente o homem, e nunca "a outra."  A argumentação é que nenhuma mulher é obrigada a demonstrar empatia por outra que ela nem sequer conhece, e que por isso,  a fidelidade deve vir do homem, não da outra, que não tem culpa de nada. Penso que ambos são culpados, e a lógica é simples: empatia é algo que devemos ter não apenas com as pessoas que conhecemos pessoalmente, mas com todos, independente de ser homem ou mulher, conhecido ou desconhecido.

Então alguém entra na minha casa, rouba minha TV e oferece a você; se você a aceita, mesmo sabendo que é roubada, está sendo cúmplice de um roubo. E se não verificou a procedência antes de comprá-la, também é cúmplice. Mas parece que no mundo de hoje, desde que se consiga aquilo que quer, que se dane o outro, o "perdedor." Ele que tivesse tomado conta. Ele que tivesse verificado se a porta estava bem trancada. A culpa é de quem foi roubado e enganado, não de quem roubou e interceptou.

Na minha opinião, tanto o ladrão/infiel quanto a outra/interceptadora, são culpados. Qualquer um que ajude o outro a mentir e a enganar é culpado. Qualquer um que aceite receber ou comprar alguma coisa que foi roubada de outra pessoa, é um criminoso. E para a outra, deveria ficar pelo menos o pensamento e a lição de que "se ele fez com ela, vai fazer comigo."

Não entendo esse tal feminismo, no qual uma mulher não deve lealdade a outra mulher simplesmente porque não a conhece pessoalmente. Isso é hipocrisia. Então, só porque eu não conheço uma pessoa, não devo respeito a ela? Essa mania de ver o outro como uma fotografia inanimada e sem alma, que não me diz respeito, está levando o mundo ao caos. Fala-se tanto em empatia, e a empatia é distorcida e assassinada diariamente.




 


 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

A FÉ DO ATEU

 




Ontem eu estava assistindo a um vídeo sobre espiritualidade no YouTube, quando dois rapazes inteligentinhos entraram e começaram a detonar a entrevistada em questão. Um deles se dizia ateu, o que me fez questionar o motivo de ele estar assistindo àquele vídeo. O outro se dizia umbandista mas chamava a entrevistada de mentirosa porque as coisas nas quais ele acreditava eram diferentes das dela, e ainda quis posar de intelectual ao dar aulinha (tipo copiar e colar do Google) sobre física quântica, a fim de melhor cancelar a senhora médium.

Claro, aquilo para mim foi o início de mais uma tetra cibernética. Eu disse a ele: "por que as crenças dela são absurdas só por não serem cientificamente comprováveis, se a sua religião acredita que cantar determinadas músicas faz com que espíritos "desçam" e tomem o corpo de uma pessoa viva? Onde está a comprovação científica na sua religião?" Claro, ele se ofendeu.

E eu disse que tinha feito de propósito para que ele se colocasse no lugar das pessoas que tinham fé naquela médium e que estavam vendo ele tentando acabar com ela. Mas não adiantou nada, é claro, e daí entra o tal ateu para dizer que a religião é desnecessária e que os humanos também não são necessários à sobrevivência do universo. Nisso eu concordo com ele, mas até que deu vontade de sugerir a ele que se jogasse debaixo de um carro, já que, segundo ele próprio, sua vida é irrelevante.

Por que questionar a fé alheia? Não acredita, cale a boca. Pelo menos respeite. Quem paga dizimo o faz porque quer, quem acredita em religião, seja ela qual for, tem todo o direito de acreditar. O que faz as coisas acontecerem, eu disse a eles, é a fé, não a religião. Mas é claro que eles não entenderam e partiram para as tentativas de ofensa pessoal baseadas na ciência.

Me retirei, pois onde a grosseria impera, acabaram os argumentos. Conheço muitos ateus melhores do que a maioria dos religiosos que já conheci, mas idiotas existem em todas as linhas.






quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Superioridade Intelectual

 



As pessoas têm conhecimento superficial sobre determinados assuntos e agem como se fossem especialistas, rebatendo argumentos com frases rasas, e quando confrontadas, assumem um posicionamento superior quando a discussão ultrapassa o nível de seus argumentos.










segunda-feira, 5 de julho de 2021

"Por que Você Faz as Coisas que Faz?"





Tem gente que vive para questionar os motivos dos outros. quanto a mim, existem três motivos básicos pelos quais eu faço as coisas que eu faço. São eles:


- Eu quero

- Eu gosto

-Eu posso


Eu quero - Quando eu faço alguma coisa , seja lá o que for, é importante perguntar a mim mesma se eu quero fazer aquilo extamente naquele momento, por aqueles motivos e daquele jeito. A maioria das coisas que a gente faz, penso eu, devem nos trazer algum tipo de satisfação pessoal. Então eu faço alguma coisa porque eu quero, em primeiro lugar.

Eu gosto - Como já afirmei acima, para mim o prazer em fazer alguma coisa deve ser a minha maior motivação. Se eu decido escrever um texto, por exemplo, meu objetivo é sentir prazer e passar momentos agradáveis fazendo algo que eu gosto. Quando eu sei que estou dedicando algumas horas a uma atividade qualquer - mesmo que ela não seja considerada 'construtiva' pela maioria das pessoas - mas que ela me deixa feliz e relaxada, não sinto que eu esteja perdendo tempo. 

Meu blog de contos, por exemplo; escrevo contos, embora eu saiba que eu não sou nenhuma escritora maravilhosa. Escrevo porque eu gosto de criar personagens e soltar a imaginação, não porque pretendo ficar famosa ou ganhar dinheiro. Mesmo que ninguém leia, o prazer de escever é o que me move. Portanto, poupe seu tempo e não venha me perturbar ou me aconselhar, dizendo que meus textos são longos, etc, etc, porque é bem mais fácil simplesmente não ler aquilo que não lhe agrada a perder seu tempo e azedar o dia de outra pessoa postando um comentário tão imbecil em um texto que você nem leu porque era longo demais.

Eu posso - Este é o meu terceiro motivo. Eu posso. Eu tenho o direito. Sou maior, vacinada e sei o que eu quero, e quais são os meus direitos, e desde que eu não esteja a prejudicar ninguém, posso ir até aonde eu quiser. Simples assim.


Tem gente que nem é seguidor, é perseguidor. Parece que estão sempre lá, vendo tudo o que os outros fazem online, achando que tudo é sobre eles ou para eles ou por causa deles. Acho que essa atitude é uma perda preciosa de tempo e energia.


Tenho ficado online muito menos tempo do que antigamente, porque eu hoje não me acho na "obrigação" de postar sempre, visitar sempre, comentar sempre tudo o que eu leio. Só faço o que me trouxer prazer. Minhas intenções de me tornar escritora já minguaram, pois quem escreve online desde 2007, já participou de tantas antologias de poemas, crônicas e contos, ganhou até prêmios, escreveu e publicou livros e mesmo assim não conseguiu nada através da literatura em direção a ser contratado por uma editora, ou é um péssimo escritor (não nasceu para isso) ou tem outras missões na vida que não esta.

Portanto, a única coisa que me move a escrever é o prazer. Quando ele terminar, eu paro.




terça-feira, 1 de junho de 2021

DRA YAMAGUCHI

 



O que eu assisti hoje na CPI (Circo Patético e Irrelevante) da Covid, me chocou mais do que qualquer coisa que eu já vi nas abordagens agressivas da esquerda. Um senador machista, arrogante, agressivo e lacrador tentando destruir e humilhar uma pessoa com um currículo invejável e mais de quarenta anos de experiência na área médica. Tudo isso através de perguntas irrelevantes que, ele deixou bem claro, pesquisou no Google a fim de atingir seu propósito. Ele próprio sugeriu a ela: "Não sabe a resposta? Pesquise no Google." Porque com certeza, foi exatamente o que ele fez.


Muitas daquelas perguntas não poderiam ter sido respondidas por noventa por cento dos médicos que atuam no país. Não se lembrar de datas e  nomes não quer dizer que você é incompetente, mas que apenas não se lembra de datas e nomes que não tem importância. 


Eu sinceramente espero que ela o processe. 


Nessa CPI indigente, quando os inquiridos não respondem exatamente aquilo que esperavam ouvir deles, são humilhados e ridicularizados, e ninguém mais escuta uma palavra sequer que eles disserem. Fazem perguntas que eles mesmos respondem, repetem incansavelmente perguntas que já foram respondidas várias vezes (não sei se o problema é cognitivo ou se é surdez pura e simples) e zombam das pessoas de forma absurdamente desrespeitosa.


Jamais pensei que fosse viver para ver uma palhaçada dessas acontecendo no meu país. Enquanto isso, ignoram completamente o verdadeiro motivo pelo qual essa CPI deveria ter sido criada: averiguar para onde foram os BILHÕES liberados pelo Governo Federal e entregues a prefeitos e governadores para o combate à COVID. As perguntas relevantes continuam sendo ignoradas: cadê o dinheiro? Cadê os hospitais de campanha? Quem escondeu respiradores enquanto pessoas sufocavam até à morte, e por que?


Acho que não vou mais assistir a essa droga. Tira minha saúde, acaba com meu bom humor, me deixa com raiva. Isso não me faz bem, é podridão demais.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

SOBRE A PRISÃO DO DEPUTADO DANIEL SILVEIRA

 

 

abutres voam sobre a liberdade de expressão



Vou ser curta e grossa, pois estou sem tempo, mas achei importante (para mim) dizer o que eu penso a respeito disso, embora o país possa sobreviver sem a minha opinião: pelo que tenho lido por aí, até mesmo de especialistas em leis (porque eu não o sou) a prisão do deputado foi não apenas ilegal, mas inconstitucional, arbitrária e ridícula. Bem, eu poderia usar estes mesmos adjetivos para referir-me a ele. Mas a lei deveria ser igualmente aplicada a todos, mesmo que sejam trogloditas babacas e oportunistas em busca de promoção.


Para mim, esse senhor deputado, meu conterrâneo, não passa de um Alexandre Frota talvez um pouquinho melhorado em termos de cultura, mas as intenções dele, que foram de se promover (ele fez tudo o que podia para que isso acontecesse) obteve o sucesso e a atenção esperadas.


Aquele outro lá de capa preta que tem efetuado prisões ridículas, como a do jornalista Oswaldo Eustáquio (atualmente paralítico em prisão domiciliar, e que não recebeu a mesma atenção da mídia que o deputado obteve, mas que na minha humilde opinião, merecia muito mais); bem, voltando ao meu raciocínio: aquele lá de capa preta, pousado no Supremo, tenta provar a cada dia que a Constituição Brasileira, que deveria ser respeitada, nos dias de hoje é apenas um livrinho sem importância que poderia estar pendurado nos nossos banheiros para que melhor se fizesse uso dela.


Acho que ninguém vai me prender pelo que escrevi; afinal, não passo de uma ninguém que alcança, no máximo, algumas dezenas de leituras. Não estou me candidatando a nada e não represento a maioria. Mas se por acaso eu não aparecer mais por aqui, é porque aconteceu comigo aquilo que vai acabar acontecendo com todos que tentarem dizer o que pensam nesse país – sejam de direita ou de esquerda: fui amordaçada. Alguém terá adentrado minha casa no meio da noite e levado meus computadores, me jogando na prisão, me colocando uma mordaça  e quebrado minhas pernas.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

PODEM FICAR COM O MUNDO PARA VOCÊS




Já andei mais da metade do caminho que Deus me destinou. Já vi muitas coisas, escutei muitas coisas, vivi muitas coisas. Porém, nunca passei, em toda a minha vida, por tempos tão absurdos. Nunca vi tanta gente totalmente equivocada berrando sandices em redes sociais – e avançando feito leões famintos nas gargantas de qualquer pessoa – velho, criança, mulher, gay ou homem – que ouse discordar da sua pseudo sabedoria. Parece que tudo se resolve no grito: basta chamar de burro, quando faltarem argumentos convincentes, e qualquer um se considera vencedor do debate. Se sentirem que estão perdendo chão, vale a pena convocar mais alguns trogloditas-bem-informados-e-cheios-de-sabedoria para arrasar e esmagar de vez com o opositor. 

Existe também a tática de, quando em um grupo, isolar o contestante, fazer cara de paisagem enquanto se entreolham com olhares de “eu-sei-de-algo-que-você-não-sabe, tadinho, como você é burro”, e começarem a tratar o contestante como um retardado mental, adoçando a voz e quase desenhando no ar as palavras ao falar com ele, como a gritar silenciosamente: “BURRO!”  E chamam isso de ‘empatia.’

Há também aqueles que criam perfis fakes – sem fotos, sem endereços, sem nomes – criam dezenas, centenas deles, para que possam usar do mais chulo linguajar, enquanto despejam em cima do contestante todo o ódio que lhes vêm na alma.

Não sei qual das táticas é mais desprezível. 

Por mim, vocês venceram. Tenho o meu próprio mundinho aqui, não preciso do mundo que vocês estragaram. Podem ficar com ele. Chapinhem na lama e no esterco que vocês mesmos remexem, colham das ervas daninhas que vocês plantam e enfeitem com elas o seu mundinho, comam da merda que vocês estão excretando. Eu desisto. Não vou mudar a cabeça de ninguém – aliás, já fizeram isso lá atrás, e fizeram muito bem feito. É tarde demais para vocês. É tarde demais para nós.

Felizmente, já cheguei aos 55 anos, e não tenho mais muito tempo por aqui – quem sabe, mais uns vinte, vinte e cinco anos. Só posso dizer que lamento muito pela colheita que vocês terão lá na frente, pois ela será exatamente de acordo com as sementes que estão plantando. Tenho muita pena dos que estão nascendo e crescendo nesse mundo abjeto que vocês estão criando para eles.

Vão lá bater panelas, protestar contra a única pessoa que está tentando mudar esse chiqueiro no qual o país se tornou, e não se esqueçam de criar muitas hashtags mimizentas. Xinguem, vomitem escárnio e ofensas, esmaguem a liberdade de expressão daqueles que pensam diferente de vocês, e depois, vão lá nos seus perfis fakes – sim, fakes, porque mesmo os que têm fotos e nomes se escondem atrás da hipocrisia – e mostrem-se ofendidos porque o Presidente da República falou palavrão. 

Podem ficar com o mundo para vocês. Não o quero. Não faço a menor questão de circular entre vocês. Para dizer a verdade, fico muito mais feliz quando estou fora dele. Não se esqueçam de pedirem desculpas por serem homens, brancos, ricos. Não se esqueçam de exaltar a cor da pele ou o gênero como se tais características acrescentassem algo de útil ao seu perfil ou personalidade. Deixem em segundo lugar as coisas menos importantes, como o caráter, a honestidade, a força de vontade, a capacidade, o esforço pessoal e a educação. Quem precisa disso nos dias de hoje? Coisas totalmente supérfluas, caretas, misóginas e fascistas!

De verdade, fiquem com essa merda de mundo para vocês. Vocês venceram, são os melhores, os donos da verdade, os criadores e influenciadores de opiniões, os reis da sabedoria e da empatia, os bem-informados, cultos, descolados, que salvarão não apenas o mundo, mas também todas as girafas da Amazônia.






sábado, 9 de janeiro de 2021

VELHA SIM, E DAÍ?

 



Todo mundo que permanecer jovem a maior parte do tempo, mas se a gente pensar direito, chegaremos a terrível conclusão de que a juventude é a parte mais curta da vida. Tirando a infância, que é um tempo mais ou menos feliz, dependendo das condições de vida de cada pessoa, durante o qual não temos qualquer autonomia sobre a nossa vontade, nosso tempo de juventude real, na minha opinião, vai mais ou menos dos 15 aos 35 anos. Vinte anos apenas. Dos 35 aos 50, estamos na idade madura, e dos cinquenta em diante, somos o que eu mesma chamo de velhos. Não gosto dos termos eufemísticos, como ‘idoso’, ‘da terceira idade, ‘da melhor idade.’

Engraçado é que quando eu me refiro a mim mesma usando esta palavra – velha – as pessoas, em uma tentativa de serem gentis, logo dizem: “Ah, o que é isso, você não é velha, e está muito bem para a sua idade.” Porém, dizer algo assim não nega a idade de ninguém – apenas a acentua. E qual é o grande mal em reconhecer-se velho? O que há de tão errado com esta palavrinha, que faz com que todo mundo fuja de estar sob a sua classificação como o diabo fugiria da cruz?

E há sempre aqueles clichês: “O importante é ser jovem por dentro. O importante é ter um espírito jovem.” Como eu já disse e repito: Não quero ter espírito jovem! Custei muito para chegar aonde cheguei, e não vejo por que negar essa condição. Me deixem ter o espírito condizente com a minha idade física. Afinal, não é para isso que estamos aqui – evoluir, amadurecer? 

Há uma outra coisa com a qual eu não concordo – vejam bem, estas são opiniões pessoais que eu aplico a mim mesma, e se você discordar, é um direito seu; mas existem coisas que não ficam bem em uma pessoa com a minha idade, e algumas delas são:

- Tirar selfies fazendo biquinho em rede social. Aliás, isso não fica bem para ninguém a qualquer idade, é simplesmente ridículo. Não sei como pode ter gente que ache o tal biquinho de selfie bonito. A foto fica realmente feia, e para mulheres mais velhas, é inadequado e vulgar.

- Usar roupas curtas – saias, shortinhos e blusinhas mostrando tudo só fica bem em meninas muito jovens, quando elas estão com tudo no lugar certo. Na minha opinião, a roupa deve valorizar o corpo, e isso significa ressaltar o que é bonito e esconder o que não é. 

- Postar foto de bikini em poses sensuais só para mostrar que ‘ainda’ tem um corpo legal. Existe uma digital influencer americana, ex-modelo, que apesar de ser uma linda mulher, tem por volta de 87 anos e coloca fotos de bikini em poses sexy no Instagram dela. Fico me perguntando qual é o propósito disso. 

Da mesma forma, encontrei um canal no YouTube onde quatro velhas desbocadas ficam falando sobre sexo e colocando as camas na rua como se ainda estivessem no auge da juventude. Colocar a cama na rua é vulgar e desnecessário em qualquer idade, mas no caso delas, a quem elas pensam que estão enganando? 

- Misturar-se com gente bem mais jovem e tentar agir como eles, usando as mesmas gírias e vestindo as mesmas roupas. Numa festa há alguns anos, vi uma mulher bem mais velha fazer isso ao misturar-se a um grupo de jovens que estavam dançando na pista, se insinuando para alguns rapazes, e foi constrangedor. Logo, ela estava dançando quase sozinha na pista, e os garotos foram para outro lugar. O mesmo vale para homens mais velhos que gostam de ‘pegar’ garotinhas ou que largam as esposas, trocando-as por meninas mais jovens que, após depenarem suas economias como gafanhotos fazem quando pousam em uma plantação, partem num voo a procura de outra colheita a devastar. 

Enfim, existe gosto, bom gosto e mau gosto para tudo, mas esse tipo de atitude, para mim, só tem um nome: desespero. Não aceitar a própria idade e não valorizar o privilégio que a maturidade traz (ou deveria trazer) é desespero. 










quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

NOSFERATU

 






Num voo noturno

Pousou nesse  solo

Um ser abjeto,

Dentes pontiagudos,

De secretos dolos

E pesados coturnos.


Trouxe à tiracolo

Um pesado livro

De pesadelos soturnos,

Que abriu, espalhando

A desgraça: fruto

Do seu próprio crivo.


A ave indigente

De ares sisudos

E olhos de fel,

Não sabe ser gente,

É réu da desgraça,

Senhor da discórdia.


Por onde ele passa,

Espalha, sem dó,

A franca mixórdia;

- Paródia do demo,

Triste criatura,

Que habita o supremo!







segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

INFELICIDADE




Tem gente que tenta te pisar,

E a cada tentativa,

Deixa bem clara a sua

Infeliz

Cidade.


As sobrancelhas erguidas,

Arqueadas em descaso,

Deixam entrever a amargura

De um coração raso

Que só bate 

Por interesse próprio.


Na solidão do próprio opróbrio

Em sua cidade pobre

E (des) encantada,

Essa gente amargurada

Desfia um rosário

Interminável

De impropérios

Contra todo aquele

Que só cuida da sua vida,

E que se recusa

A rezar pela sua bíblia.


Talvez a pequenez

Das suas pupilas

Vejam as pessoas sempre menores,

Sempre pequenas,

Fazendo com que elas sejam dadas 

À cenas e tentativas

De humilhação,

E nessas passadas longas e descompassadas,

Essas gentes atrasadas

Acabam pisando

No próprio coração.


Pobre gente infeliz,

Que só enxerga, nas cores,

Uma única matiz,

Que só se sente mais forte

Tentando pisotear,

E que alegremente, dançam

Com suas pernas curtas

Sem nunca poder derrubar

Aquilo que jamais alcançam!





quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Lula Livre?







Lula Livre?

Gostaria de dizer o que me incomoda nesta frase. Não é bem a liberdade de Lula, mas a maneira como ela foi conseguida. Devemos nos lembrar de que, apesar de livre, ele não é inocente nem foi considerado como tal. Muita água há de rolar sob esta ponte ainda. 
O que realmente me incomoda (e acho que deveria incomodar a todos) é a forma como esta pseudoliberdade foi conquistada. Digo pseudoliberdade porque, para ser realmente livre, uma pessoa precisa estar em dia com a justiça – a dos homens e a de Deus – e poder frequentar qualquer lugar do mundo – restaurantes, ruas, aeroportos, etc., sem deparar com pessoas que o apontem e o façam lembrar-se de todo o mal que cometeu. Soube que Lula foi praticamente expulso de um restaurante chique pelos que ali estavam. Para mim, isso não é liberdade.
Liberdade é não odiar ninguém, é poder dormir de consciência tranquila sem impor aos outros as suas culpas e faltas. Liberdade é ter um coração bondoso e não ter absolutamente nada a esconder. Liberdade é não precisar  usar de subterfúgios a fim de caminhar por aí.  
Liberdade é não carregar nas costas o fato de que, junto consigo, centenas de estupradores, assassinos, sequestradores, pedófilos e traficantes também estarão andando por aí, entre os cidadãos de bem, perpetrando seus crimes. 
Lula será livre quando tiver pago por todos os crimes contra o Brasil e contra o povo brasileiro, quer isto aconteça nesta vida ou em outra. 




segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O QUE SE FALA / O QUE SE ESCUTA

O que se Fala /  o Que Se Escuta



Era um site de moda praia no Instagram. Comecei a segui-lo porque achei os modelos de maiôs bem bonitos e diferentes dos que encontramos aqui fora, e como o verão está chegando, pensei na possibilidade de, mais tarde, adquirir algum modelo.
Grande enfado disso tudo...


Após algumas semanas, deparo com a fotografia de uma modelo plus-size (digo ‘plus-size’ porque, nos dias de hoje, se dissermos coisas como ‘gordinha’ ou ‘cheinha’, poderemos ser processados ou acusados de preconceito, embora o termo ‘plus-size’ signifique ‘tamanho grande’, ou seja, tamanho para pessoas acima do peso considerado padrão – grupo no qual eu mesma me incluo). O biquini que ela usava era extremamente pequeno para o tamanho dela, o que implicava que partes que geralmente permanecem cobertas, vazavam pelos lados da calcinha. A pergunta da postagem: “O que você acha deste modelo?” Meu comentário: ‘Acho que está pequeno demais para ela.’

Em nenhum momento fiz alusão ao fato do biquini ser bonito ou feio, ou a moça, gorda ou magra. O fato é que o biquini em questão era bem menor do que o corpo dela exigia. Eu só disse que o tamanho do biquini era inadequado ao tamanho da modelo.

Logo começaram a chegar as respostas ao meu comentário, vindas das feminazis de plantão: “Como assim??? Preconceituosa! Por um acaso ela pediu sua opinião sobre o corpo dela?” “E se ela quiser assim, o que você tem com isso?”

Detalhe: em nenhum momento eu dei opiniões sobre o corpo da moça, ou sobre o modelo do biquini, mas sobre o tamanho do mesmo. Mas hoje em dia, infelizmente, o analfabetismo funcional, aliado à má vontade, contribui para que as pessoas não consigam interpretar sequer um texto de uma única linha.

Precisamos tomar cuidado, pois a qualquer momento, alguém pode nos acusar de preconceituosos, racistas, fascistas, nazistas, apenas porque não concordam conosco ou não concordamos com eles.






sexta-feira, 23 de agosto de 2019

#somostodosamazonia e Outras Hipocrisias

Minha montanha, ainda verde



Há algumas semanas, abri a minha janela e deparei com um cenário triste: a montanha da Pedra do Retiro, que mostra uma paisagem maravilhosa, estava em chamas. Ninguém sabe como o fogo começou, embora a maioria dos incêndios florestais por aqui seja criminosa e provocada por pessoas irresponsáveis que pretendem apenas se divertir soltando balões e fazendo fogueiras pelo simples e mórbido prazer de “ver o mato queimando.” 

O fogo durou três dias, e hoje, quando abro a janela, ao invés de ver uma montanha coberta de bromélias e pontilhada por árvores, com pássaros voando em volta do pico, eu vejo um monte de pedra nua e escurecida pela fuligem. 

Todo ano é a mesma coisa: centenas de quilômetros de florestas são queimadas, e centenas de animais sofrem uma morte dolorosa, tanto aqui no Brasil quanto em países do primeiro mundo. Vimos os incêndios na Califórnia que queimaram mansões e desalojaram centenas de pessoas; o mesmo aconteceu em países como Portugal, Grécia, Suécia, Finlândia e França, em julho de 2018. Quem duvida, siga o link da própria Folha de São Paulo: 


De repente, todo mundo virou ativista em defesa da Amazônia. Pessoas que nunca deram a mínima para o problema, que se arrasta tristemente há muitos e muitos anos, postam nas suas redes sociais fotografias (mesmo que sejam de incêndios que aconteceram no passado e cujo fotógrafo já morreu há anos) de incêndios e animais queimados. Países europeus, que são famosos por terem reduzido suas florestas a quase zero, clamam em entrevistas que “Precisamos salvar a “nossa” Amazônia" – como se ela pertencesse a eles. 

ONGS que foram estabelecidas apenas a fim de monitorar nossas riquezas e mapear a floresta a fim de atenderem a interesses de exploração internacionais, fazem pirraça ao verem suas fontes de renda secando. 

Nos dias de hoje, o Amazonas possui nada mais, nada menos que quinze barragens de mineração- informação colhida no site Porta da Amazônia - http://portalamazonia.com/noticias/amazonas-possui-15-barragens-de-mineracao-saiba-onde-ficam . Mas ninguém liga para isso, não é?

Todos sabemos que tais barragens implicam na construção de barragens de rejeito, semelhantes as que causaram os acidentes em Mariana e Brumadinho. 

Vejam este trecho de uma reportagem publicada em 2003, no governo de Lula, no site A Nova Democracia:

“ Em dezembro de 2002, um geógrafo e dois engenheiros agrônomos enviaram um Manifesto ao Presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva *, para denunciar o saque de nossos recursos florestais, a descaracterização do planejamento regional amazônico, o interesse e atuações das NGOs - No Governamental Organizations (ONGs - Organizações não governamentais) e suas subsidiárias do Brasil. Fazendo eco às denúncias da Frente Parlamentar em Defesa do Brasil e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aquaviários e Afins (FNTTA), publicada em A Nova Democracia no5 (dezembro/2002), os autores do manifesto-denúncia conclamam a retomada do processo decisório pelo governo, na salvaguarda da soberania e do desenvolvimento nacional.

Da mesma forma, há exigências para o estabelecimento de legislação específica, visando o acompanhamento sistemático das ações das Ongs , transnacionais ou não, em território brasileiro, a partir da apuração dos fatos e em função dos depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga, no Senado Federal, denúncias e irregularidades por força da atuação dessas organizações.**

Registros de saque e pirataria da floresta amazônica, nesta última década, vêm estarrecendo a opinião pública brasileira e mundial. A tal ponto que até mesmo os meios de comunicação refratários às denúncias sobre o entreguismo não mais podem evitar o assunto — embora possam atenuá-lo — como o "Jornal Nacional" da Rede Globo, no dia 7 de dezembro. Naquela data, foi necessário dar destaque à pilhagem de madeiras em São Felix do Xingu, no valor de 300 milhões de reais, sem contar os imensos danos causados à natureza. Em particular às reservas de grande biodiversidade.

Ocorrências assim revelam mecanismos bem definidos. Dela participam múltiplos interesses com "o respaldo ativo do aparelho de Estado" e conexões internacionais.”


Isto prova que o problema é muito antigo, e começou no governo daqueles que hoje acusam o atual Presidente da República recém-eleito, Jair Bolsonaro, de mandar queimar florestas e matar animais. Pessoas irresponsáveis, que não se dão ao trabalho de ler e pesquisar antes de acusarem pessoas sem terem provas; pessoas que engolem sem água e sem olhar tudo aquilo que uma esquerda cansada e cansativa lhes empurra goelas abaixo. 

Isso muito me entristece, pois é a prova viva de que estas pessoas não evoluem e não aprendem, mesmo diante do óbvio. Vivemos em um país onde apenas o pior é alimentado, ressaltado, incentivado. Para ajudar, não tem quase ninguém, enquanto que os críticos acéfalos teleguiados por controle remoto, cujo único botão fica à esquerda, surgem a todo momento, a fim de espalharem fake news e tentarem destruir o país onde eles próprios estão vivendo, desde que seja “pela causa.”

Mesmo que eu não concorde com tudo o que faz ou diz o Presidente da República democraticamente eleito pela maioria dos cidadãos brasileiros, inclusive eu mesma, é ele que está lá no poder, tomando as decisões e tentando circular pela lama negra da corrupção sem cair nela. Ele tem feito coisas que nunca foram feitas antes aqui no Brasil. Está enfrentando gente perigosa, já teve a própria vida ameaçada, e tem tido a vida de sua família ameaçada em redes sociais o tempo todo, e mesmo assim, continua lá, tentando fazer o seu melhor. Assisti a um vídeo onde um homem dizia que ia “pegar” a filha dele, inclusive, citando o nome da menina. Não sei o motivo de tanto ódio dirigido a uma pessoa que está lá porque lá foi colocado pela escolha da MAIORIA!

Tenham ao menos um pouco de respeito – se não o tem por ele, que seja pela inteligência da maioria do povo brasileiro. 





sexta-feira, 17 de maio de 2019

Mentiras que Amamos










A verdade era quase óbvia; estava na falta de concordância verbal evidente em quase todas as suas falas, nas datas equivocadas, nos diplomas inexistentes para mestrado em Harvard e também na cronologia impossível de suas histórias. Estava no tom de voz exagerada e falsamente sofrido durante a palestra da TED e nos relatos de vida desencontrados, na fala compulsiva de quem fingia demonstrar a não vitimização usando a vitimização para justificar-se (sou negra, mulher, pobre e venci na vida).

Porém, aquela era exatamente a mentira que eles estavam procurando para exaltarem e justificarem suas causas: a mulher pobre, negra, sofrida, excluída, que através de força de vontade e muita luta, dá a volta por cima e vai fazer doutorado em Harvard. 

E a mentirosa foi entrevistada, exaltada, premiada cinquenta vezes, aplaudida por artistas lacradores, e até mesmo teria sua incrível biografia exibida em um filme. 

Só que não.

Uma leve arranhada na superfície (que ninguém teve a coragem de dar, talvez porque a mentira lhes estava sendo útil e colaborava com a causa que defendiam) foi o suficiente para desmascarar a farsante. E a verdade é assim: uma vez que ela vem à tona, nunca mais poderá ser ignorada. 

E a atriz Global lacradora Taís Araújo, em ato de falsa nobreza e humildade, ainda teve tempo de negar interpretar o papel de Joana D’arc por não se achar negra o suficiente para tal. 

Ontem à noite, andando pelas cercanias do Youtube, ainda deparei com uma outra moça (atriz Global também, para variar) que justificou a atitude da professora, alegando que se não fosse assim, uma mulher pobre, negra, etc, etc como ela, jamais teria alcançado a notoriedade que alcançou; ainda se referia aos brancos (em extrema atitude de preconceito e falta de respeito) como “A branquitude.”  Daí eu me pergunto: qual a vantagem de se alcançar notoriedade através de uma mentira tão horrorosa???

É isso, minha gente.

O caso da professora deveria ser analisado por psiquiatras, pois pode se tratar, realmente, de um problema mental sério. Se nenhum problema psicológico for detectado, acho que ela deveria ser afastada do seu cargo e punida pela mentira que propagou, pois não está apta a servir de modelo aos seus alunos. 

Mas toda essa história nos serviu para uma coisa: provar a necessidade de verificar notícias antes de espalhá-las a torto e a direito. Escolher  analisar histórias antes de decidir acreditar nelas. Depois de ver quanta gente ‘inteligente’ e poderosa foi enganada facilmente por uma mentira tão mal contada e de verificação tão simples, dá para entender melhor o poder de uma mentira bem contada. 






sábado, 6 de abril de 2019

SOBRE SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS








AS ILUSTRAÇÕES QUE EU ENCONTREI PARA COLOCAR AQUI ME REVIRARAM O ESTÔMAGO. ACHEI MELHOR NÃO UTILIZÁ-LAS, MAS VALE DIZER QUE SÃO FOTOGRAFIAS DE CÃES E GATOS SEM CABEÇAS, OU ANIMAIS AINDA VIVOS SENDO DESMEMBRADOS OU ESTRIPADOS. QUEM DUVIDA, BASTA PROCURAR NO GOOGLE E NO YOUTUBE.







SOBRE SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS

Sobre uma decisão recente do STF quanto a sacrifícios de animais em rituais religiosos

Embora tais rituais aconteçam há séculos dentro do Brasil, isso não significa que sejam éticos ou que estejam dentro dos preceitos da caridade, uma vez que praticam a tortura e causam muitos sofrimentos aos animais. Uma tradição não pode ser considerada ética ou defendida como louvável apenas por ser repetida há séculos. Embora o STF tenha determinado que animais de estimação não possam ser sacrificados, quem define o que é um animal de estimação e o que não é?  E aqueles que não são considerados animais de estimação merecem ser torturados e submetidos a uma morte lenta e dolorosa?

Vejo tudo isso com desgosto, e ao mesmo tempo, admito uma grande hipocrisia entre os que são contra o sacrifício em rituais mas que se mostram favoráveis ao abate para consumo, já que este também constitui tortura e sofrimento. Ainda estamos há anos-luz de podermos ser considerados um povo avançado e/ou caridoso.

Quanto aos tais ‘rituais’ africanos, eu os vejo como uma forma de grande atraso espiritual e mental. Quando ‘entidades’ se comprazem com sangue e vinculam a concessão de favores pessoais ao sofrimento de criaturas inocentes, eu me pergunto qual a origem e a intenção de tais ‘entidades.’ 

Eu mesma pude presenciar o sofrimento de um animal – um galo – que estava sendo maltratado em uma encruzilhada perto da minha casa; fomos atraídos até o local pelo som desesperado dos cacarejos dele enquanto passeávamos com o nosso cão. Conseguimos, com a ajuda de vizinhos, espantar os ‘sacerdotes’, que deixaram o animal com os pés amarrados sobre uma toalha preta. Ao desamarrá-lo, uma de minhas vizinhas constatou que as penas tinham sido arrancadas, e cera quente jogada sobre a pele do animal, que estava queimada. O galo estava vivo, e ela levou-o para casa para cuidar dele, já que faz parte de uma associação protetora de animas. Felizmente, ele se curou (embora um tanto depenado) e escutei-o cantar por lá durante alguns anos.

Após esta aprovação de tortura concedida pelo STF, fui pesquisar sobre o assunto, e o que vi foram cenas horrorosas de dor e de desespero; bodes que tiveram suas patas arrancadas à golpes de facão enquanto gritavam; gatos sendo sangrados até à morte e degolados; cães tendo suas entranhas arrancadas e devoradas enquanto estavam vivos. E se isso não é tortura, eu não sei mais o que é. 

Me pergunto sobre as verdadeiras intenções desses 'seres de luz' que se vestem de branco enquanto exercitam seus rituais negros regados à sangue a fim de separar casais, fazerem pessoas perderem seus empregos, adoecerem ou morrerem.

Ao invés de aprovarem tais absurdos, estes inúteis homens de toga deveriam estabelecer punição severa a tais atos hediondos. Mas estamos no Brasil, um lugar onde os maiores absurdos são sempre defendidos, aplaudidos e exaltados pela grande maioria do povo ignorante, mental e espiritualmente atrasado.

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Primeiro de Abril









Caiu a mentira,
A ira, a disputa,
A luta inglória,
História mentida!

Aprendeu-se a vida
De forma mais pura,
Tecitura branca,
A franca mistura!

Subiu  a lisura,
A cura se fez,
A embriaguez
Agora está sóbria!

Cobra enrodilhada,
Cabeça esmagada,
Falácia castrada
À beira da estrada!

Não há fake news
Nas cores de Abril,
De maio, de junho!
Nunca antes se viu!

Quebrou-se o punho
Que empunha a caneta,
A vil baioneta
Que corta a verdade,

Biparte-se a ira,
A negra mentira
Lobotomizada
Não é espalhada!

Lá vem a franqueza
De cara lavada,
Cantando a vitória
Em verso febril...

-Desculpe-me, amigo,
Não fique zangado
Ou bravo comigo:
Primeiro de Abril!





domingo, 24 de fevereiro de 2019

Cada Vez Entendo Menos...





Cada vez entendo menos a volatilidade da mente de certas pessoas. Observando suas postagens em redes sociais, reparo que muitos gostam de alternar ideias totalmente opostas, que não se encaixam em nenhum senso de lógica coerente.

O problema, não é o idealismo político diferente do meu. Todos têm o direito de pensar diferente, mas não consigo aceitar que pessoas de bem possam apoiar certas coisas. Para que me compreendam melhor, falo da situação das pessoas na Venezuela. 

 Abaixo, separei alguns exemplos daquilo que eu me lembro de ter visto por aí, em postagens alternadas nas páginas de alguns ex-amigos – ex sim, pois não aguento mais isso – no Facebook; baseado em fatos tristemente reais:

Postagem 1 – “É uma maldade o que o Governo está fazendo com os aposentados no Brasil! Daqui a pouco, não terão mais dinheiro nem para comer!”

Postagem 2 – “O povo venezuelano que tenta fugir do país são traidores da pátria!”

Postagem três – (Figuras com ursinhos, florezinhas, desenhos de cachorrinhos e gatinhos, e um “Bom Dia! Deus te ama!”), acompanhado de: “Agradeça todos os dias pelas pequenas bênçãos que Deus coloca em sua vida!”

Postagem 4 – “Somos Resistência! Vamos derrubar o governo! Ninguém larga a mão! Vamos derrubar o governo!

Postagem 5 – Uma oração pela paz mundial.

Postagem 6 – Fotos de uma mulher defecando sobre retratos de pessoas com quem ela não concorda, e um convite para ‘botar para quebrar’ em uma passeata.

Postagem 7 – “Controle de natalidade é coisa de governo Fascista! Todas as mulheres têm o direito a terem quantos filhos desejarem! Ser mãe é um dom divino!

Postagem 8 – Fotos de mulheres fazendo sexo com a extremidade de uma cruz em local público, bonecos sujos de sangue simulando um aborto e os dizeres: “Sou dona do meu corpo!”

Postagem 9 – “O Bolsa Família é essencial para que as pessoas mais pobres não passem fome!”

Postagem 10 – “Bolsonaro não tem nada que mandar ajuda humanitária para a Venezuela! Deixem Maduro em paz e cuidem dos próprios assuntos!”

Postagem 11 – “Sejamos um caminho de luz para aqueles que estão nas trevas!”

Postagem 12 – “Força, Maduro! Estamos juntos nessa!”

Postagem 13 - "Sou contra as armas. A paz não se conquista através delas.  Eu sou da paz!!!"

Postagem 14 - "Somente mudaremos o país quando derramarmos sangue!!!"

Postagem 15 - "Todos têm direito a postar o que quiserem em suas páginas! Se não concorda comigo, não venha aqui!"

Postagem 16 - (na página da gente, em forma de comentário:) "Você não passa de uma fascistazinha de merda!"

E como já estou cheia dessa gente, ando excluindo tais criaturas da minha página e da minha vida. Não me interessa ter amizades com pessoas que apoiam que outros seres humanos morram aos poucos de fome, e pessoas que dão suporte a ditadores sanguinários.

É muito gasto de energia com gente que não vale a pena.




terça-feira, 29 de janeiro de 2019

A Culpa é do Capitalismo?





Diante das coisas terríveis que aconteceram em Brumadinho, Minas Gerais, em decorrência do rompimento da barragem de rejeitos, existem vários posts, fotos e comentários circulando pela internet que nos fazem indagar sobre a saúde mental e a capacidade de empatia dos que os puseram online. Mais triste do que tudo isso, foram os comentários daqueles que, usando a tragédia a fim de combater o Presidente da República e sua equipe, afirmaram que as pessoas que sofreram a tragédia mereceram exatamente o que estão passando, já que sessenta por cento das pessoas votaram em Bolsonaro naquele local.

Acho que isso denota falta de empatia, de bom senso e de caridade, sem falar na falta de educação de quem postou tais coisas. Um verdadeiro absurdo!

Após tantas abobrinhas que li, deparei com um post dizendo que os culpados pelo que aconteceu em Brumadinho "somos todos nós", porque não nos manifestamos contra quando a tragédia ocorreu pela primeira vez em Mariana. Um outro post culpava o sistema capitalista pelo ocorrido.

Não vejo culpa no sistema capitalista, e sim no regime socialista que antecedeu o presente governo, e que concedeu status de 'desastre ecológico' ao penúltimo caso ocorrido. Através de conluios e maracutaias, e provavelmente, gordas propinas, foi permitido que tais companhias operassem sem qualquer fiscalização, sob risco eminente, e sem as licenças necessárias e exigidas por lei. 

Há muitos culpados, pelo que posso ver, mas com certeza, eu e você não o somos - a não ser que você trabalhe ou tenha trabalhado para o governo, ou  na companhia que causou o desastre, e tivesse preferido omitir-se diante dos riscos eminentes, mesmo sabendo que sua família e amigos estavam morando nas áreas próximas, e que eles poderiam sofrer as consequências a qualquer momento. 

O que vai ficar disso tudo? Terá sido apenas mais um motivo de escândalo temporário, ou medidas serão tomadas e punições serão aplicadas a fim de evitar que tais fatos se repitam? O tempo dirá. Pelo menos, enquanto Neymar não optar por um novo corte de cabelo, ou uma certa rede de TV não caçar algum outro escândalo faccioso, estaremos falando de Brumadinho. 

Até a próximo selfie!



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