witch lady

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terça-feira, 19 de março de 2019

Cansaço







Cada passo 
É um esforço,
Há um nó
Em cada laço,
Tudo morre
No abraço.

Olho a vida,
Olho os moços,
Envelheço
No mormaço
Do cansaço
Que me envolve.

Tudo assim,
Temporário...
Tenho um tempo,
Tenho um nome
Que se perde
Sem qualquer
Itinerário.

Vida passa,
Tempo passa,
Passam nomes,
Passam faces,
Passa gente,
Passa o riso
E a desgraça.

Nada muda,
Nada muda,
Nada...

-Felizmente,
Até isso
Também passa.





quinta-feira, 14 de março de 2019

New York, New York!

Estátua da Liberdade



Estivemos em Nova Iorque recentemente - na semana do carnaval - e amei a viagem! Pela primeira vez na minha vida, eu vi a neve. A sensação dos floquinhos caindo sobre o rosto é maravilhosa! Foi uma experiência muito enriquecedora estar diante de uma cultura e de um estilo de vida completamente diferente do meu. Pensei no meu mundinho pequenininho aqui, nesta casa onde vivo e trabalho, entre as paredes forradas de hera do meu muro e as muitas árvores do meu pequeno jardim... me perdi entre prédios e neons, shows de rua, lojas e compras.


Central Park

Também livrei-me de alguns estereótipos sobre o povo americano; não é absolutamente verdade que:

-Americanos são antipáticos;
-Americanos não param para dar informações nas ruas;
-Americanos são quase todos obesos;
-Americanos têm cultura pobre;
-A comida americana é ruim.

Ao contrário, fomos muito bem tratados e eu percebi o grande patriotismo daquele povo, o amor que eles têm pelo seu país - que é uma coisa que falta a nós, brasileiros.

Central Park

O que mais gostei, foi o Central Park. Estava muito frio - tivemos alguns dias com temperaturas abaixo de sete, e sensação térmica mais baixa ainda (entre -10 e -12, quando fomos à estátua da Liberdade). Ouvi dizer que esse frio é um tanto atípico nesta época do ano, e me senti com sorte, pois só assim pudemos ver a neve!

Vista da cidade; foto obtida da Ponte de Manhattan, a Ponte do Brooklin aparece lá no finalzinho. 


Fizemos longos percursos à pé. Cruzamos pontes, ruas, museus e parques. Entramos em várias lojas e restaurantes.  Para mim, esta é a melhor maneira de se conhecer um lugar. Tomamos o metrô algumas vezes, enfim, só íamos ao hotel para dormir.


Fiz amizade com alguns nativos... os esquilos e passarinhos do Central Park vinham comer na nossa mão, e as gaivotas deixavam que chegássemos bem perto delas. Foi ótimo, pois adoro estar perto dos animais e da natureza.







Não tive grandes problemas com o frio, a não ser no dia em que fomos visitar a Estátua da Liberdade. Adoro o frio, e ele me ajuda a ficar bem disposta. Mas aquele dia estava frio demais!!!



Um dos sonhos que realizei, foi conhecer o Hard Rock Café de Nova Iorque. Temos dois aqui no Brasil, sendo que um deles é em Curitiba, e o outro, em Gramado, mas o de Nova Iorque é icônico! Claro, trouxe lembrancinhas de lá - chaveiro, ima de geladeira e uma echarpe maravilhosa. 


Fascinante, tanto para  quem ama Rock quanto para quem não ama tanto assim. Eu amo.


Lógico que eu não sairia do Hard Rock  sem tomar um drink!


A Times Square é uma loucura! Amei, pois é tão diferente de tudo ao qual estou acostumada, que me senti meio-caipira por lá.







Kkkk... Claro que percorri todos os andares da Macy's, e também usei a escada rolante antiquíssima e original, da época que a loja foi inaugurada, em 1902!!! Comprei só um parzinho de botas que estavam com um preço bom, pois a loja não é nada baratinha. Mas fui a todos os andares, vi cada coisinha.




O World Trade Center Memorial é um espetáculo à parte. A gente fica olhando para aquele buraco escuro, onde a água escoa, e pensando em tudo o que aconteceu por lá... é triste ver os nomes das vítimas do ataque terrorista escritos no mármore, em volta do monumento. Depois, a gente entra em um espaço todo branco, muito futurista, maravilhoso, onde logo se percebe a capacidade de resiliência do povo, e como eles transformaram a tragédia em algo positivo.






Na Saint Patrick's Cathedral, acendemos velas. Pedimos proteção, agradecemos pela oportunidade de estarmos vivendo aqueles momentos. Percebi que em alguns pontos ela é muito parecida com a nossa catedral em Petrópolis, a de São Pedro de Alcântara.



Bem, esta é a primeira parte desta postagem. Em breve, a segunda, com mais fotografias e registros de experiências. Tenho muitas histórias para contar.

Tirei esta foto da Ponte de Manhattan, que percorremos à pé. 








quarta-feira, 13 de março de 2019

Saindo do Facebook







Acabo de excluir - não de desativar, mas de EXCLUIR - a minha conta no Facebook. Estava cansada de tanta hipocrisia e falsidade. Eu estava me aborrecendo muito com tantas baboseiras e sandices que lia por lá. Estava ficando irritada com tanta gente desqualificada acessando meu perfil. No mais, manterei - enquanto assim for saudável - a minha conta no Blogger e meu perfil no Recanto das Letras.

As pessoas te acessam para te ameaçar e chantagear. Hoje de manhã, uma aparente 'senhora religiosa' , daquelas que mandam ursinhos desejando um bom dia, me acessou no Messenger - só li a mensagem porque eu havia excluído após um desentendimento com ela, e achei estranho ela me mandar mensagem e novo pedido para adicioná-la - e a tal mensagem dela continha uma ameaça: dizia que sabia de coisas abomináveis sobre mim, contada a ela por amigas. Depois, ela se despedia, deixando no ar uma ameaça de que poderia publicar algo contra a minha reputação. Não sei o quê, pois não tenho nada a esconder, e disse isso a ela, fazendo uma postagem na minha página sobre a ameaça dela.

Logo depois, minhas publicações e comentários foram bloqueados pelo site. Com certeza, ela denunciou meu perfil, pois eu a bloqueei e disse a ela que tinha feito um 'print' da mensagem dela, o que é verdade. Está no meu celular. Pensei: "Quer saber, Ana? Já deu. Você não precisa disso!"

E excluí minha conta. Talvez um dia eu abra outra, e selecione melhor os pedidos de amizade que recebo. Não preciso temer nada que alguém tenha a dizer sobre mim ou sobre a minha reputação, porque eu sei muito bem quem eu sou. Não tenho sujeira escondida debaixo de tapetes, não banco a boazinha. Não sou HIPÓCRITA. Detesto gente hipócrita, que se finge de santa enquanto destila veneno pelos cantos e caminhos alheios. 

Fiz isso pela minha saúde, e não por temer ameaças de velhas fuxiqueiras siririquentas de mentes apodrecidas. Que ela encontre pelo caminho exatamente aquilo que espalha.

MORNA






Não gosto daquilo que é morno,
Das palavras sibiladas entre os dentes,
Das pessoas que não dizem o que sentem.

Não gosto de espelhos com pouco aço
Que refletem falsas imagens
De rostos doentes.

Detesto as mensagens em mormaço,
Que não comunicam, só insinuam,
Deixando vago o que foi dito.

Não gosto de gargantas entupidas,
Que incham, como as dos sapos,
Enquanto sufocam seus gritos.

Sim é sim, não é não;
Este é o meu lema.
para mim,
Existem sim, o certo, o errado,
O franco, o dissimulado,
O começo, o fim.

Não me movimento como as cobras,
Que se livram das sobras de pele
Sujando o caminho de quem passa.

Prefiro ser pássaro livre,
Que voa por cima;
Eu não aceito ameaças.

Sei que nem todo mundo me aguenta,
Mas quem realmente tenta,
Me conhecerá a fundo.

Verá que eu sou mais do que dizem,
Menos do que insinuam,
E que é vasto o meu mundo.


Deixe as pedras no chão
Ao bater à porta da minha casa,
Ou então... te ponho para fora!

E se existe em mim alguma coisa
Em que podem confiar, 
É na minha palavra.





terça-feira, 12 de março de 2019

Um Dia










Um dia é só um dia,
Pó que cai sobre as prateleiras do tempo.
Um dia após outro dia, após outro dia, após outro dia...

Um olhar pode durar um segundo,
E mesmo que nunca haja um segundo olhar,
Ele pode ficar para sempre, para sempre, para sempre...

Como a vida é estranha,
Como a vida é sagrada,
Como a vida se entranha,
E faz eterna morada
Nas coisas incompreendidas!





A Cidade das Luvas Perdidas







Penduradas nas grades do Central Park,
Caídas nas calçadas, sem um par,
Sobre a neve, sob a chuva e a geada,
Jazem as luvas esquecidas que alguém deixou cair.

Nunca mais serão usadas em nenhum aceno,
Não serão colocadas nos bolsos,
Após tiradas às pressas numa loja quente,
Por alguém que inconscientemente se despoja
De um acessório inconveniente.

A quem pertenceram essas luvas caídas? 
São pretas, marrons, cinzentas, 
Verdes, de lã, de couro, de feltro,
De grife, ou de “street vendors,”
Todas têm em comum uma caraterística ímpar:
Seus pares se foram, e elas, ficaram esquecidas.

Às vezes, acabam nas mãos estendidas
De bonecos de neve, dedos em galhos
Frangalhos fotografados por turistas,
Os fios usados nos ninhos dos esquilos.

Nas calçadas da Times Square, na Quinta Avenida,
Elas são pisoteadas, varridas pelo vento, congeladas,
Até que alguém as descarte finalmente,
E elas nunca mais sejam vistas,
 -Como se fossem pessoas falecidas.




domingo, 24 de fevereiro de 2019

Cada Vez Entendo Menos...





Cada vez entendo menos a volatilidade da mente de certas pessoas. Observando suas postagens em redes sociais, reparo que muitos gostam de alternar ideias totalmente opostas, que não se encaixam em nenhum senso de lógica coerente.

O problema, não é o idealismo político diferente do meu. Todos têm o direito de pensar diferente, mas não consigo aceitar que pessoas de bem possam apoiar certas coisas. Para que me compreendam melhor, falo da situação das pessoas na Venezuela. 

 Abaixo, separei alguns exemplos daquilo que eu me lembro de ter visto por aí, em postagens alternadas nas páginas de alguns ex-amigos – ex sim, pois não aguento mais isso – no Facebook; baseado em fatos tristemente reais:

Postagem 1 – “É uma maldade o que o Governo está fazendo com os aposentados no Brasil! Daqui a pouco, não terão mais dinheiro nem para comer!”

Postagem 2 – “O povo venezuelano que tenta fugir do país são traidores da pátria!”

Postagem três – (Figuras com ursinhos, florezinhas, desenhos de cachorrinhos e gatinhos, e um “Bom Dia! Deus te ama!”), acompanhado de: “Agradeça todos os dias pelas pequenas bênçãos que Deus coloca em sua vida!”

Postagem 4 – “Somos Resistência! Vamos derrubar o governo! Ninguém larga a mão! Vamos derrubar o governo!

Postagem 5 – Uma oração pela paz mundial.

Postagem 6 – Fotos de uma mulher defecando sobre retratos de pessoas com quem ela não concorda, e um convite para ‘botar para quebrar’ em uma passeata.

Postagem 7 – “Controle de natalidade é coisa de governo Fascista! Todas as mulheres têm o direito a terem quantos filhos desejarem! Ser mãe é um dom divino!

Postagem 8 – Fotos de mulheres fazendo sexo com a extremidade de uma cruz em local público, bonecos sujos de sangue simulando um aborto e os dizeres: “Sou dona do meu corpo!”

Postagem 9 – “O Bolsa Família é essencial para que as pessoas mais pobres não passem fome!”

Postagem 10 – “Bolsonaro não tem nada que mandar ajuda humanitária para a Venezuela! Deixem Maduro em paz e cuidem dos próprios assuntos!”

Postagem 11 – “Sejamos um caminho de luz para aqueles que estão nas trevas!”

Postagem 12 – “Força, Maduro! Estamos juntos nessa!”

Postagem 13 - "Sou contra as armas. A paz não se conquista através delas.  Eu sou da paz!!!"

Postagem 14 - "Somente mudaremos o país quando derramarmos sangue!!!"

Postagem 15 - "Todos têm direito a postar o que quiserem em suas páginas! Se não concorda comigo, não venha aqui!"

Postagem 16 - (na página da gente, em forma de comentário:) "Você não passa de uma fascistazinha de merda!"

E como já estou cheia dessa gente, ando excluindo tais criaturas da minha página e da minha vida. Não me interessa ter amizades com pessoas que apoiam que outros seres humanos morram aos poucos de fome, e pessoas que dão suporte a ditadores sanguinários.

É muito gasto de energia com gente que não vale a pena.




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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...