witch lady

Free background from VintageMadeForYou

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Não Diga Olá






Não diga Olá, 
Diga adeus,
Pois o momento 
Que temos, é breve,
É breve 
O pouso do olhar,
O eco das palavras,
O cheiro do mar.

Cada toque 
De reconhecimento,
É toque também 
De adeus,
Cada novo amor 
Que nasce,
Já trilha
Desde o começo,
Um caminho 
Até o fim.

Não diga Olá, 
diga adeus,
Pois que a brisa 
Mais suave
Já se torna 
Vendaval,

Pois que o bem 
Que hoje nasce,
Traz em si, 
A cor do mal,

Pois que o riso 
Que hoje trazes,
Há de ser tua maior
E mais pesada tristeza!

Por dentro de toda beleza,
Nasce a frieza,
Nasce o passar
Despercebido
Pelas areias 
Da ampulheta
Que o tempo destila...

Não diga olá, 
Diga adeus,
Pois hoje já não é ontem,
E o amanhã 
Será menos...









domingo, 15 de janeiro de 2017

Escola de Vida







A fantasia era o sonho de um ano,
Costurada com fios de suor,
Ornada com diamantes de lágrimas,
Bordada com pequenas pedras
De preciosas ilusões
Malogradas.

A vida era levada
Unicamente por causa
Daquele único dia, 
Daquela hora tão sonhada
E abençoada
Na qual ela seria aplaudida
E admirada.

E o resto da vida passava,
Deixando confetes e serpentinas espalhados
Por um chão mal varrido
Coberto com as cores desbotadas
Daquilo que ela nem viu,
Do que poderia ter sido...





sábado, 14 de janeiro de 2017

Para Quem Está Voltando Para a Casa dos Pais - e Para os Pais




Casas são diferentes, pois elas são personalizadas pelas pessoas que nelas vivem. Cada um tem o seu jeitinho de resolver as coisas, suas preferências sobre cores, modelos de móveis, arrumação, horários, jeito de cumprir a rotina. Talvez por isso seja tão difícil para alguém voltar a viver com os pais depois que saiu de casa e aprendeu a organizar-se sozinho. É como se a personalidade, que se expandiu para todos os lados, precisasse ter suas arestas e tentáculos encolhidos ou podados para caber em um ambiente que não é mais o seu. Readaptar-se não é nada fácil...

Já tive a experiência de morar em casas de outras pessoas durante alguns períodos da minha vida. Às vezes, quando viajo, também fico na casa de outra pessoa. Não é nada confortável moldar-se a um ambiente que não é o nosso, principalmente para alguém como eu, que amo minha casa e estou muito acostumada a ter as coisas que eu adoro à minha volta o tempo todo. 

Vivemos tempos de crise e desemprego; algumas pessoas estão voltando a morar com os pais - e às vezes, levam na bagagem a nova família. Conflitos surgem entre sogros, sogras, noras, genros e netos. Muitas vezes, entre pais e filhos. Porque assim como não é nada fácil voltar a morar na casa dos pais, também não é fácil para os pais receber os filhos - que cresceram e mudaram - de volta. 

Porém, esta fase pode ser um período de novas descobertas e autoconhecimento também. Quem sabe, uma oportunidade de tornar-se mais flexível, aceitando melhor os defeitos dos outros e reconhecendo os próprios. Conflitos que vêm à tona podem fortalecer relações, quando a gente sabe lidar com eles. 

Para quem estiver passando por isso, é sempre bom lembrar que:

Se você é quem está voltando a morar com os pais - Lembre-se que a casa não é mais sua, e que você terá que reaprender a respeitar limites, como horários de refeições e de chegar em casa; receber amigos sem permissão, nem pensar! Festinhas devem ser combinadas, e caso surja um 'não' como resposta, relaxe e fique na sua. 

Procure colaborar com a limpeza da casa, fazendo a maior parte do trabalho,  e também com as despesas, quando for possível. Se você não tem condições de pagar algumas contas, pode pelo menos tentar economizar luz, gás, material de limpeza, etc.

 Mantenha limpo o que estiver limpo. Se usar, guarde (e não use sem permissão); se abrir, feche; se acender, apague. Respeite os horários de silêncio. Aprenda a dialogar, e mesmo que você perca a argumentação, respeite e jamais parta para a briga! Lembre-se: você é um hóspede. 

Se houver crianças, explique a elas que terão que ser educadas e que deverão respeitar os donos da casa.

Se você está recebendo alguém de volta em casa - Tenha paciência; afinal, não é nada fácil para ele também. Faça com que ele se sinta bem-vindo, mas lembre-o de que as regras da casa - que é sua - são estabelecidas por você. Porém, ceder de vez em quando é sinal de carinho e respeito. Estabelecer regras é bem diferente de dar ordens.

Não se torne um mandão! Não faça com que seu hóspede se sinta humilhado ou não se sinta querido. Procure administrar conflitos através de diálogos, e não de xingamentos. Lembre-se de que você poderia estar no lugar do seu hóspede, e que talvez um dia, esteja. 

Ajude discretamente, sem alardear o que está fazendo. Ajudar é algo que deve ser feito com humildade. 

Conviver é uma arte difícil, mas se somos colocados juntos, deve ser por algum motivo. Eu creio nisso.





EMILY DICKINSON










Afraid? Of whom am I afraid?
Not Death – for who is He?
The Porter of my Father’s Lodge
As much abasheth me.

Of Life? ‘Twere odd I fear [a] thing
That comprehendeth me
In one or more existences –
At Deity decree –

Of Resurrection? Is the East
Afraid to trust the Morn
With her fastidious forehead?
As soon impeach my Crown!


💓

Ter Medo? De quem terei?
Não da Morte – quem é ela?
O Porteiro de meu Pai
Igualmente me atropela.

Da Vida? Seria cômico
Temer coisa que me inclui
Em uma ou mais existências –
Conforme Deus estatui.

De ressuscitar? O Oriente
Tem medo do Madrugar
Com sua fronte subtil?
Mais me valera abdicar!




I’m Nobody! Who are you?
Are you – Nobody – Too?
Then there’s a pair of us!
Don’t tell! they’d advertise – you know!

How dreary – to be – Somebody!
How public – like a Frog –
To tell one’s name – the livelong June –
To an admiring Bog!

💓

Não sou Ninguém! Quem és tu?
Também – tu não és – Ninguém?
Somos um par – nada digas!
Banir-nos-iam – não sabes?

Mas que horrível – ser-se – Alguém!
Uma Rã que o dia todo –
Coaxa em público o nome
Para quem a admira – o Lodo.










MARES DE PONTAL E PRAIA GRANDE (ARRAIAL DO CABO) - E CABO FRIO














sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

The Open Door







One day I will leave,
I think I should,
 I wish I could…

But something keeps me here,
And it’s not the color of your eyes,
Or this arrogant sadness on your stance
That you never care to hide…

I think it’s this old door
That you keep open,
As if you didn’t really care
 That has me trapped at your shoes,
-I do not dare 
To break myself loose…

But one day I will leave,
I think I should,
I wish I could…





Olha Ele Aí!




Parceiros

O TUCANO

O Tucano O TUCANO   Domingo de manhã: chuva ritmada e temperatura amena. A casa silenciosa às seis e trinta da manhã. Nada melhor do que me ...