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domingo, 21 de dezembro de 2014

Quando o amanha Começar Sem Mim



David M. Romano, em uma reflexão encontrada no livro "Uma Prova do Céu", de Dr. Alexander Eben




"Quando o amanhã começar sem mim, 
E eu não estiver lá para ver, 
E o sol nascer e encontrar seus olhos cheios de lágrimas por mim, 
Eu gostaria que você não chorasse
Da maneira como chorou hoje,
Enquanto pensava nas muitas coisas
Que deixamos de dizer.

Sei o quanto você me ama, 
E quanto amo você,
E cada vez que você pensa em mim,
Sei que sente  a minha falta.
Mas quando o amanhã começar sem mim,
Por favor, tente entender
Que um anjo veio e chamou meu nome,
Tomou-me pala mão
E disse que meu lugar estava pronto
Nas moradas celestiais
E que eu tinha de deixar para trás
Todos os que eu tanto amava.

Mas quando me virei para ir embora
Uma lágrima escorreu-me pela face
Por toda a vida eu pensei
Que não queria morrer.
Eu tinha tanto para viver,
Tanta coisa por fazer,
E pareceu quase impossível
Que eu estivesse indo sem você.

Pensei em nossos dias passados,
Nos dias bons e nos dias ruins
Em todo o amor que vivemos,
Em toda a alegria que tivemos.
Se eu pudesse reviver o ontem
Ainda que só por um instante, 
Eu diria adeus e lhe daria um beijo
E talvez visse você sorrir.

Só então descobri
Que isso não aconteceria,
Pois o vazio e as lembranças
Ocupariam meu lugar.
Quando pensei nas coisas deste mundo,
Vi que posso não voltar amanhã,
Então pensei em você
E meu coração encheu-se de dor.

Mas quando cruzei os portões do céu
Eu me senti em casa
Quando Deus olhou para mim e sorriu
De seu grande trono dourado,
Ele disse:

"Isto é a eternidade
E tudo o que lhe prometi.
Agora sua vida na Terra é passado,
mas aqui uma nova vida começa.
Eu prometo que não haverá amanhã,
Mas que o hoje durará para sempre.
E como todos os dias são iguais,
Não haverá saudades do passado.
Você foi tão fiel, tão confiável e verdadeiro,
Embora tivesse feito coisas que sabia que não deveria.
mas você foi perdoado
E agora finalmente está livre.
Então, que tal me dar a mão
E compartilhar da minha vida?"

Logo, quando o amanhã começar sem mim,
Não pense que estamos separados,
Pois todas as vezes que pensar em mim,
Eu estarei dentro do coração."



sábado, 20 de dezembro de 2014

Mensagem às Famílias





Desejo que a verdadeira significação do natal esteja presente em sua casa e em sua alma. Que a noite seja feliz de verdade, que todos estejam realmente integrados e dispostos a compreender, a acolher, a olhar para o outro sem os terríveis véus da comparação e do preconceito.

Que aprendamos todos a aceitar o outro como ele é, mas que isto sempre signifique também ser compreendido e aceito. Porque todo sentimento de amor em uma família deve ser recíproco. Muitas vezes, nos lembramos de pedir e cobrar, de impor e ordenar, mas nos esquecemos que o outro existe! Ele sente-se ferido como nós, sente a mesma dor humana que sentimos, sente-se só, precisa do mesmo carinho que precisamos.

Acima de tudo, que possamos aprender a nos alegrarmos de verdade pela alegria do outro; a nos sentirmos homenageados quando o outro receber uma homenagem; a sermos solidários quando o outro estiver triste; a não julgarmos sempre de má vontade o que o outro disse ou fez sem antes conhecer as suas razões. Que cada conquista do outro possa fazer com que nos sintamos bem sucedidos. Que não haja em nossa boca nenhuma palavra para depreciar, nem que seja um pouquinho só, aquilo pelo qual o outro lutou, buscou e conseguiu através do seu esforço, e que o deixa feliz, pois quem faz isso, são os nossos inimigos - se os tivermos. Membros de uma família não deveriam agir assim.

E que sejamos honestos, em todos os sentidos, pois é só através da honestidade - no real sentido da palavra - que poderemos progredir na vida, alcançar bens mais duradouros e valiosos, olharmos a nós mesmos no espelho sem sentir culpa e sem procurar nos outros os seus erros para que nos sintamos melhor em relação aos nossos. Quando somos honestos, podemos olhar o outro de frente, sem medos, sem portas, sem preconceitos, sem maldade. Uma família que não age aberta e honestamente em relação a todos os seus interesses comuns, deveria separar-se, pois desejar "ganhar" em cima do outro é abominável! 

É preciso aprendermos a ser mais generosos quando nos referirmos aos membros da própria família. A família deveria ser uma instituição segura, e as pessoas deveriam valorizar e amar a sua família muito mais do que a qualquer outras pessoas que a ela não pertencem. Se não for assim, não existe família.

Um Feliz natal a todas as famílias!




sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

BORBOLETA PAVÃO ADORA COMER BANANAS!






EXPRESSÃO





EXPRESSÃO


Bom dia a todos os meus seguidores, amigos e curiosos! 

Gostaria de comunicar-lhes a mudança em meu blog mais antigo, o ex- Liberdade de Expressão, que a partir de hoje passa a chamar-se apenas Expressão.

A mudança foi feita porque o nome de meu blog consta nas páginas de um certo site, na grande maioria das postagens feitas por uma "escritora", e até mesmo em seu perfil ela fez questão de incluí-lo, e eu não gosto desta obsessiva associação, mesmo que covardemente velada.

Peço desculpas a quem prefere o nome antigo - confesso que eu mesma o prefiro - mas achei a mudança necessária.

Obrigada!


Ser?...






Ilusão do ser:
Primeira,
Segunda ou terceira,
Vamos todos morrer.
Viver é atitude,
O rosto da vida
Não ilude,
Não há maquiagem
Ao que se tenta esconder.
A vida é óbvia,
Mostra a prova
Da luta ferrenha 
De quem finge ser.
E é assim, quando alguém
Não se sente,
Não se aceita,
Não se acha,
Não se vê...




Nada a Dizer





O que dizer
De quem nada diz?

Briga com a dor
Translúcida do ser.

É preciso ser forte,
Não esmorecer.

O tamanho do corte
Faz sangrar palavras,

O coração em trevas
Rasga o norte.

Triste nada a dizer!...




Tortuoso Caminho



Deixei meus passos lá fora.
Aqui, apenas as asas.

Agora é tarde,
As feras apontam na colina,
Suas formas desenhadas no horizonte.
-Onde os meus passos?
Serão salvos?
É preciso amanhecer!

O tortuoso caminho
Gastou-me as solas dos pés,
Mas deu-me a estrada
Por onde sigo
Sem nunca mais me perder.



Hermeticamente Fechada





Hermeticamente Fechada
Cadeados na fachada,
Desbotadas paredes
Janelas trancadas,
Hermeticamente fechadas.

A alma embolorada,
Mostra o oposto do que sente,
Sente o oposto do que mostra,

Sofre as dores dos artelhos.
Leva uma vida indisposta,
Perde-se 
Na sala dos espelhos.




Ilusão




As cores do arco-íris
São feitas de sol e de chuva.
Na verdade,
Elas nem existem.
Mas há um pote de ouro
No final,
Onde descansa a ilusão.






CIRCO



Os palhaços cansados,
Ultrapassados,
Os cetins desbotados das golas
Procuram risos como esmolas.

Leões enjaulados
Envelhecidos e famintos
Expostos a um público frio
Que os molestam com seus risos.

A bailarina dança
A mesma velha coreografia,
Enquanto o malabarista
Deixa tombarem os pratos.

E no último ato,
A tentativa em desespero
Pelos aplausos...




quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

ADAPTAÇÃO



Primeiro, você só se cala,
Guarda o medo na garganta;
E então você se dobra,
Tentando caber no espaço
Que lhe foi determinado.
Ignora a dor nas costas,
A vontade de correr,
E aquele “não” que te chega,
Você cisma em não dizer
Por medo de não ser aceito,
Por medo de não pertencer!

Depois, você não escuta,
Ou finge não entender
As indiretas agudas
Que te lançam por prazer.
E cala mais fundo a palavra,
Lavra a alma, mas não colhe
O suposto amor plantado,
Pois aquele que semeou
Usou sementes já secas,
Quebrou os dentes do arado.

Então, você já nem chora,
Pois já está acostumado
A comer só as migalhas
Daquilo que for partilhado.
Fecha os olhos e os ouvidos,
Cala a dor e aprende a ser
Dissimulado, fingido,
Acreditando que assim
É fácil sobreviver.

Mas quem sabe, um dia, acorda,
Sacode o pó da mentira,
Se estica, se desentorta,
Suportando a dor nos ossos
Que há muito tempo, são tortos?...

Respira um ar renovado,
Abra os olhos, solta o verbo!
Desfaz os nós do passado
E chega à beira do abismo,
Ensaiando um voo tímido
Sem temer ser machucado,
Pois saiba que a dor da queda
Iminente, é bem menor
Que a de ter “se adaptado!”


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Casa em Dezembro





Casa em Dezembro é casa enfeitada. Pelo menos, deveria ser! Mas de nada vale enfeitar a casa por fora e não espanar as teias de aranha e a poeira do ressentimento e da inveja por dentro. 

Casa em dezembro é casa iluminada. Mas de nada adianta acender as luzes da varanda e da árvore de natal e continuar escuro por dentro.

Casa em dezembro pode ser sinal de casa cheia de gente! Mas de nada adianta encher a casa de pessoas quando estamos vazios de sentimentos verdadeiros, de amor, de respeito, de verdade e de paz. 

Casa em Dezembro é casa de brincadeiras de amigo oculto; mas de que adiantam as brincadeiras, se por trás de cada amigo oculto esconde-se um inimigo, declarado ou não?

Casa em dezembro é casa cheia de fartura. Mas de nada adianta ter a mesa cheia e o coração vazio.

Casa em dezembro é casa com presentes. Mas de nada adianta distribuir presentes e continuar cheio do bolor do passado e do medo do futuro.

A casa em dezembro deve ser, antes de tudo, algo bem mais acima do que apenas tradições que cumprimos e que, muitas vezes, nem paramos para meditar sobre seus significados. De que adianta reunir a família se seus membros falam mal uns dos outros pelas costas, excluem uns aos outros, colocam uns contra os outros? Que não haja hipocrisia sobre a mesa! 

De que adiantam lindas fotografias natalinas nas redes sociais, se por trás de cada sorriso existem o ressentimento, a competição, o ciúme, a inveja velada? Preferível passar o natal sozinho, meditando sobre seu verdadeiro sentido a vivê-lo apenas superficialmente, apenas para manter as aparências e não quebrar as tradições! Não acredito nas tréguas Natalinas; não existem tréguas quando o coração está vazio de sentidos e de amor. 

Se quisermos ter um Feliz Natal, será preciso bem mais que o mês de dezembro. Será preciso um ano inteiro onde possamos agir com solidariedade, amizade, compreensão, verdade, gentileza, fraternidade e, acima de tudo, amor.



Jean Yves Leloup




Alguns pensamentos de Jean Yves Leloup:


Nós escutamos o barulho do carvalho que cai, mas não escutamos o barulho da floresta que cresce. Hoje, fala-se muito das coisas que estão desmoronando, que fazem barulho, mas o importante é aquilo que não se ouve, é preciso prestar atenção às sementes de consciência que estão brotando."



"Nosso ser é composto de toda sorte de memórias e nós conseguimos nos libertar daquilo que conseguimos aceitar."




"O fato de prestarmos atenção aos nossos pensamentos, ao modo como eles nascem e desaparecem, é que vai nos permitir estar atentos àquilo que, em nós, não nasce nem morre. Os pensamentos aparecem e desaparecem, mas a consciência não."




"Podemos cair sobre o machado do nosso próprio desejo. Onde começa o lenhador? Onde termina a árvore?"


Escritor, PhD em Psicologia Transpessoal, filósofo, sacerdote hesícasta – aquele que dedica sua existência ao mergulho no universo interior e à prece -, poeta e notável intérprete das palavras de Cristo, entre outros tantos títulos, Jean-Yves Leloup nasceu na cidade de Angé, na França, em 24 de janeiro de 1950. Seus pais eram Pierete Leloup Bienvenue e Jean Claude Leloup. Integrante da Igreja Ortodoxa, ele é defensor ardoroso da união entre ciência e espiritualidade, tema mais desenvolvido em sua obra.
Perito em conferências, um dos mais solicitados no continente europeu, divulga por todos os recantos do Planeta suas idéias claramente holísticas. Ele é inclusive presidente da Universidade Holística Internacional de Paris, bem como orientador do Colégio Internacional dos Terapeutas. Leloup é considerado um dos filósofos mais consagrados dos nossos dias. Ele visita freqüentemente o Brasil, geralmente durante eventos produzidos pela Universidade da Paz – Unipaz.

Na sua obra e nas suas palestras ele aborda de forma profunda os textos sagrados, e incentiva seu público a uma ampla meditação sobre as realidades espirituais no cotidiano da vida moderna. Estimula também uma formação transdisciplinar, uma integração entre as várias dimensões do conhecimento. Ele publicou mais de cinqüenta livros; traduziu e comentou os Evangelhos de Tomé, Maria de Magdala, Felipe e João. - fonte: INFOESCOLA


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