witch lady

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quarta-feira, 18 de julho de 2018

VIDA















Vida




Tão curta

Quanto a palavra...




Tão plena

Quanto a palavra...




Tão misteriosa

Quanto a palavra...




Tão bela e terrível

Em sua lavra

Quanto a palavra.





Imagem: passeio de helicóptero em Cabo Frio

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Não Sou Luz







Não sou luz; sou uma chama
Que teima em manter-se acesa
No limiar da incerteza.

Minha fé é meu apoio,
Meu legado, nesse joio,
O que me mostra a beleza.

Noite escura, ventania,
Aguardo por mais um dia
Que se ensaia, no horizonte.

A língua estendida, espero
Receber dos céus o alívio:
-Muita sede, poucas fontes!

Não sou luz; sou esperança,
A flecha que alguém lança
A um alvo desconhecido.

O meu caminho é incerto,
Mesmo assim, de peito aberto,
Tenho errado e aprendido.

Amanhece nessa selva,
Pés desnudos sobre a relva,
Redefino meu caminho.

De onde eu vim, não importa,
Diante da nova porta
À morna luz que me aquece

Eu agradeço à bigorna 
E ao escultor, que cinzela,
Essa minha vida torta.





quarta-feira, 11 de julho de 2018

Agradecimento










Benditas as mansas gotas de chuva
Que enfeitam as folhas com seus cristais espelhados.

Bendito o cheiro ativo de terra molhada
Que viaja pelo ar, e me chega
Enquanto me ponho à janela,
Olhando os pássaros que se ajuntam nos galhos do cedro.

Bendita a correnteza da vida,
Que segue até um rio misterioso
No qual todos desaguaremos.

E enquanto isso, que eu viva
Bendizendo sempre a beleza da vida que temos
E a da vida que um dia teremos.







terça-feira, 10 de julho de 2018

Não Sou Tão Boazinha Assim...








Nunca assisti e nem assistiria a uma tourada, mas confesso que, seja qual for a situação, eu sempre torço pelo touro – e não tenho nenhuma dó quando o toureiro se dá mal. Da mesma forma, detesto rodeios ou qualquer tipo de entretenimento humano que utilize animais. Abomino pessoas que se divertem às custas do sofrimento, ridicularização e dor alheias, principalmente, se a vítima em questão for inocente e indefesa.

Não acredito em “inveja branca,” nem em pessoas que secam pimenteiras alheias “sem querer.” O bem e o mal, apesar de se encontrarem dentro de cada um de nós, é uma escolha, e cada um pratica aquilo com o qual se harmoniza. E quando secam a minha pimenteira, não consigo apenas fazer cara de paisagem: posso não desejar o mal a pessoas assim, mas jamais desajarei o bem. Não desejo absolutamente nada, a não ser manter distância. 

Sobre o perdão: quando alguém me fere uma vez, eu perdoo sinceramente; quando alguém me fere duas vezes, posso demorar um pouquinho mais, mas sempre acabo perdoando; mas de quem me fere três vezes, mesmo que eu perdoe, mantenho distância sempre que possível. Afinal, quem não agrega, a gente segrega. Acredito que perdoar não significa oferecer o pescoço ao cutelo alheio o tempo todo: é seguir em frente, esquecendo os ressentimentos, mas lembrando-se sempre de que aquela pessoa é traíra, e quem tem o hábito de trair e ferir, sempre agirá desta forma.

Acredito no livre arbítrio que cada pessoa tem de pensar como quer, falar o que quer, fazer o que quer – mas sem se esquecer de que onde começa o território alheio, termina o nosso. É preciso respeitar quem pensa diferente, por mais que a gente discorde de tal pessoa, mas isto, em território livre; dentro da minha casa e dos limites da minha vida pessoal, quem manda sou eu. 

Não acredito em vítimas da sociedade; existem muitas histórias de pessoas que nasceram e cresceram em condições terríveis, mas que deram a volta por cima e se tornaram bons cidadãos. Eu acredito que existem sim, pessoas que obtém vantagens pessoais ao convencerem outras de que elas são vítimas da sociedade. Da mesma forma, e por isso mesmo, abomino todo tipo de pessoa que toca a trombeta do anjo salvador. A melhor forma de dominar um grande número de pessoas, é convencê-las de que elas são vítimas incapazes e que por isso precisam de alguém para lidera-las e salvá-las dos “malvados.” 

Eu gosto de escutar mantras; porém, há dias em que eu estou bem Heavy Metal. Mas mesmo nesses dias, respeito o direito do meu vizinho de não gostar e não desejar ouvir a minha música, seja ela um mantra ou uma música do Avenged Sevenfold. 

Adoro escutar opiniões alheias – quando eu as solicito. Mas mesmo ouvindo-as, eu sempre faço o que eu acho que é melhor para mim. E aprendi que opiniões na vida alheia são perigosas, mesmo quando solicitadas, mas se a pessoa insistir...

Enfim, eu sou normal. Às vezes.





sábado, 30 de junho de 2018

ORAR PELOS OUTROS








Não quero que orem por mim. Por favor, agradeço a consideração e o interesse, mas podem deixar que por mim, eu mesma oro. E mesmo assim, eu o faço com muito cuidado, justamente porque eu acredito piamente no poder da oração. 

No livro “Cuidado com o que Você Pede nas Suas Orações,” de Larry Dossey, há a história de um rapaz cujo maior sonho na vida era ser escritor; talentoso, apesar de sua habilidade com a escrita, nunca conseguia publicar um livro. Deprimido e decepcionado, o jovem acabou desistindo do ofício, seguindo outra carreira que agradou muito à mãe. Ao saber que o filho desistiria de ser escritor, a mãe comentou, feliz: “Ah, que bom que você desistiu dessa bobagem. Rezei a vida toda para que isso acontecesse!”

O rapaz, indignado, descobriu o poder da oração de uma mãe, que pensava que estivesse fazendo o bem a ele. Viveu anos e anos de sua vida totalmente infeliz e frustrado, e só pode libertar-se ao descobrir que a mãe vinha rezando para que ele desistisse do seu maior sonho.

Acho que na maioria das vezes é assim quando rezamos por outras pessoas; forçar alguém a ir contra as suas inclinações, ou a desistir de um sonho simplesmente porque ele não nos agrada, é egoísta e cruel. Há sempre pessoas interesseiras que nem sequer percebem que, ao tentarem forçar alguém a providenciar-lhe vantagens, seja através de orações, “trabalhos espirituais” ou chantagens emocionais, estão submetendo a pessoa em questão a sofrimentos desnecessários, constrangimentos e infelicidade, e até mesmo, doenças físicas e mentais, como a depressão. Se a pessoa não for forte o suficiente para firmar-se, estará condenada a ser infeliz. E tudo por causa de uma inocente oraçãozinha, que na verdade, “É para o próprio bem dele.”

Muito egoísta esse pensamento de quem acha que sabe o que é melhor para todo mundo. 






AS ROSEIRAS E O MAL







Minha mini roseira não vai nada bem... não consegue crescer. Toda vez que fico feliz ao ver que novas folhas estão começando a brotar e que novos botões estão se formando, na manhã seguinte ela aparece totalmente nua, pois as formigas se alimentam dela durante a noite. Acordo, corro lá para fora para vê-la e não há mais folhas ou botões. A culpa foi minha, por achar que formigas apenas guardam provisões para o inverno nos dias de verão, não aparecendo durante os dias e noites frios de inverno, e devido a esse erro, não me preocupei em livrar-me das malditas formigas. 
Conversando com um jardineiro ontem, ele me explicou que se o gramado estiver enfraquecido, não sendo limpo e adubado periodicamente, ele logo se verá tomado por ervas daninhas, as famosas e indesejáveis “tiriricas.” Depois, a única forma de exterminá-las é arrancando tudo e replantando, o que além de levar tempo, é caro e trabalhoso.

Trazendo minhas recentes experiências de jardinagem para a vida prática, ontem li uma mensagem religiosa que afirmava que, para nos livrarmos do mal e da companhia de maus espíritos (e podem ter certeza, eles existem, tanto vivos quanto mortos), basta que sejamos pessoas boas e façamos apenas o bem, focando o pensamento sempre no lado positivo da vida e nos lembrando de agradecer por tudo o que temos; desta forma, afirmava o texto, nos manteremos afastados de todo o mal que anda pelo mundo.

Acho esta afirmativa um tanto pueril, e perigosa também. O mundo está cheio de exemplos de pessoas boas que foram dizimadas pelo mal. Para citar apenas alguns exemplos: Gandhi, o naturalista Chico Mendes, Chico Xavier, que durante a vida foi perseguido por seus adversários, apesar de só ter feito o bem a todos, e por que não citar, até mesmo o próprio Cristo, que é o exemplo máximo de amor, bondade e abnegação que temos como referência. E há centenas de milhares de crianças que são dizimadas durante as guerras todos os dias, mesmo enquanto você lê este texto, sem terem feito mal algum a ninguém. Estavam inocentemente brincando nos quintais de suas casas quando uma bomba as atingiu.

O mal está espalhado pelo mundo. Creio que ele se encontra dentro de cada um de nós, muitas vezes, adormecido, mas é capaz de despertar a qualquer momento se não soubermos dominar nossas baixas inclinações. Mas há também aquela espécie de mal que nos atinge sem que tenhamos feito nada para merecê-lo – como as formigas e pulgões nas minhas roseiras, ou as ervas daninhas que crescem no jardim e que tomam conta dele, acabando com todas as outras plantas se não as exterminarmos a tempo. 

Alguém disse que a maior vantagem do diabo sobre nós, é que muitos não acreditam na sua existência. Eu concordo. Precisamos estar protegidos. Precisamos aprender a nos defender.








terça-feira, 26 de junho de 2018

A Fé, Ganesha e Eu






Há muitas diferentes vivências, definições e entendimentos quanto à fé. Aqui eu vou falar do meu entendimento e da vivência da minha fé, de como eu a interpreto e vivo.

Em primeiro lugar, gostaria de dizer que respeito todas as religiões, embora não me harmonize pessoalmente com nenhuma delas. Até hoje, não consegui encontrar uma que falasse à minha fé, mas tenho profundo respeito por todas elas, porque eu acho que jamais se deve fazer pouco caso da fé alheia. Por que? Simplesmente porque ela é muito importante para quem a professa; que direito tenho eu de achar-me mais sábia do que os outros, ao ponto de questionar a sua fé? Não preciso ser arrogante ao ponto de tentar ridicularizar a fé alheia, apenas para parecer ‘esperta,’  ‘moderna’ ou ‘independente’. Porém, não acho bom tentar impor a própria fé ou religião aos outros; cada um tem o direito de seguir seu próprio caminho e fazer suas próprias escolhas. 

A minha fé é como se fosse tentáculos que se estendem diante de mim, Para cima e para baixo, e por todos os lados. Eu vivo tentando sentir a energia das coisas, dos lugares e das pessoas. Algumas coisas e alguns lugares chamam a minha atenção, e outros me repelem. A fé é – e deve ser – uma experiência pessoal, e para que ela se expresse, eu vou experimentando o que funciona e o que não funciona para mim. Quem me conhece, sabe da minha ligação forte com São Jorge, porque em um dia de muita necessidade, eu me dirigi a ele e me senti amparada, e a ajuda veio. Depois disso, já recorri a ele várias vezes sendo atendida quase sempre. 

Para explicar melhor essa minha coisa com a fé, vou contar uma historinha pessoal: 

Certa vez, visitei um local aqui em minha cidade chamado “Vale do Amor.’ É um lugar junto às montanhas, cheio de verde, onde existem vários templos que abrangem quase todas as religiões, tudo ao ar livre, junto da natureza e cercado de beleza por todos os lados. De repente, passei diante de uma estátua de Ganesha; eu já tinha visto uma há muito tempo, na internet, e a imagem me intrigou: é um menino com cabeça de elefante. Em volta da imagem, havia muitas frutas. Eu parei, fiquei observando e senti alguma conexão com a imagem, que eu não sei explicar de onde veio. Eu nada sabia sobre a história daquela imagem. Fotografei-a, e publiquei a foto em um site de fotografias do qual participo, o EyeEm. 

No dia seguinte, um indiano tinha deixado um comentário, me perguntando onde eu tinha conseguido aquela foto; expliquei a ele, e ele me respondeu, dizendo que Ganesha é um deus que remove obstáculos e traz prosperidade, e que se eu a cultuasse, ela traria muitas coisas boas para mim. Agradeci o comentário, mas não dei importância. Dias depois, procurando por uma imagem bonita para colocar como fundo na área de trabalho do meu computador, Ganesha reapareceu; baixei a imagem, e deixei-a na minha área de trabalho, mas sem entender direito o porquê de ter feito aquilo. Deixei-a lá por alguns dias, e depois troquei-a por outra. 

O tempo passou; esses encontros e desencontros com Ganesha duraram mais de um ano. Eu assino alguns canais do YouTube, e certa vez recebi de um deles uma notificação por e-mail sobre a história de Ganesha. Acessei, escutei a história, achei muito interessante – gosto muito de lendas. Mas ficou por aí. Porém, ao entrar em uma loja de produtos naturais aqui em minha cidade, na vitrine, lá estava a imagem novamente; uma versão pequena, onde Ganesha veste branco e tem uma pedra vermelha na testa. Achei-a bonita. Trouxe-a para casa. Ainda não sabia bem o que estava procurando. No dia seguinte, resolvi arrumar meu armário de CDs – tenho tantos, que ocupam um armário inteiro! De repente... encontrei um que eu já tinha esquecido que possuía, um CD de música tântrica que contém alguns mantras... Ganesha retratado na capa. Coloquei-o para tocar, e a música se espalhou pela casa. Um sentimento de alegria e gratidão profundas tomou conta de mim.

Bem, a estatueta de Ganesha está lá, na minha sala de aula. Ainda não sei o que ela está fazendo ali, mas eu costumo tocar o CD com seu mantra, e quando passo por ela, sinto que existe algum tipo de vibração emanando dela. Também reparei que o número de pessoas que têm me pedido ajuda quando saio às ruas, e até pessoas que batem à porta da minha casa pedindo alguma coisa, aumentou bastante. E também que algumas coisas que estavam emperradas na minha vida, de repente começaram a caminhar novamente.  Não sei o que significa tudo isso, mas estou seguindo este caminho; isso, para mim, se chama fé. Porque fé não se questiona; a gente sente um impulso, e segue um caminho, confiando nas coincidências que nos trouxeram a ele. 

E eu não acredito que coincidências sejam apenas... coincidências. Elas nascem das raízes da fé. Ou talvez a fé brote das raízes das coincidências. Não sei.





terça-feira, 19 de junho de 2018

Homenagem




Homenagem


Este vídeo foi feito em minha homenagem. Agradeço a todas as pessoas envolvidas, do fundo do meu coração. Fiquei muito emocionada quando Carlos Lopes me enviou o link. 

É exatamente nessas horas que a gente descobre que realmente valeu a pena, que vale a pena! Escrever é uma atividade solitária, muito "a gente com a gente mesmo," e quando a gente cai em si e percebe que aquele trabalho frutificou, que encantou pessoas que moram lá do outro lado do país e que nem sequer nos conhecem pessoalmente, dá uma sensação maravilhosa na gente. Não dá para descrever. 

É como eu deixei escrito na minha página do Facebook:



A palavra é: GRATIDÃO. É muito bacana e surpreendente saber que, lá do outro lado do Brasil, pessoas conhecem meus escritos e gostam deles. Ver meu poema, "Meu Filho", lido pela poetisa Silmara, e a emoção dela no final, é uma coisa que não tem preço. Obrigada a Carlos Lopes, Augusto Sampaio, Simone Pinto, Patrícia Celeste Lopes e Silmara Feitosa. Muito, muito obrigada!




ECOS & LEMBRANÇAS









Bandeirinhas verdes e amarelas sendo penduradas de um lado da calçada até o outro. Nós, crianças, sentados no chão, as recortávamos e colávamos nos barbantes. Os adultos que passavam paravam para ver, e alguns vinham com ofertas: "Olhem, eu tinha em casa essa lata de tinta amarela!"  "Podem ficar com o plástico verde." "Esta bandeira é da última Copa. Podem pendurá-la."

E nós pendurávamos todas as bandeiras, pintávamos os muros de verde e amarelo e fazíamos aquela festa... às vezes, havia o concurso da Rua Mais Bonita, promovido pela estação de rádio local.

Na hora do jogo, eu me lembro que a rua ficava totalmente vazia, mas a cada grito de "Gooool!!!" as pessoas iam às janelas gritando e acenando umas para as outras, comemorando. 

E se o Brasil vencesse... ah, aquela carreata indo em direção ao centro da cidade, todo mundo feliz, buzinando, carregando bandeiras, para nos reunirmos e comemorarmos a vitória. Naquele dia, ninguém mais trabalhava, e no dia seguinte, a avenida estava coalhada de pessoas vestidas de verde e amarelo.

Mas até isso nos tiraram. 

Tiraram-nos tudo: a esperança, a fé em um futuro melhor, o sentimento de patriotismo. Esta está sendo uma Copa do Mundo amarga. Assisti até gora a apenas um jogo, e vi o mesmo desânimo nos jogadores de futebol. Parece que não existem motivos para que eles joguem com raça; afinal, quase nenhum deles vive no Brasil - foram vendidos a times estrangeiros, onde recebem verdadeiras fortunas. Não os culpo; qualquer um no lugar deles faria a mesma coisa. Cada um vai para onde se sente mais valorizado. Porque aqui, nada mais é valorizado: não damos valor aos nossos atletas, nem às nossas crianças ou aos nossos profissionais. 

Sinto uma pena enorme de tudo isso. Sinto pena porque somos um dos países mais lindos do mundo, de melhor clima, aquele, onde "Tudo o que se planta, dá." Pena que ultimamente só a corrupção tem sido plantada. 





quarta-feira, 13 de junho de 2018

Se Você Quiser










Visto do lado de fora
Por um olhar apressado,
Tudo é fácil, tudo é lindo,
E o caminho, aplainado.

-Quer chegar onde cheguei?
Vai ficar decepcionado!
Pois nem é tão longe assim,
É só o melhor de mim,
Meu pedaço conquistado!

Através do olho sonso,
De quem me olha, encostado,
Há a ânsia insatisfeita
De ter, a si, abandonado.

-Quer chegar onde eu estou?
Não será tão fácil assim...
Terá que andar, sozinho,
Por esse mesmo caminho
Por onde, sozinha, eu andei!

Vai ter que rasgar a alma,
Ferir os pés, ao andar
Sobre a brasa, sobre o gelo,
Sob o sol e sob a chuva,
Suportando a dor intrusa,
A friagem, o calor,
A dúvida, com desvelo
E com calma, sem medrar
Chorar, quando for preciso
Sem perder o chão e o siso
E sem deixar de sonhar!






SOU DO TIPO QUE NÃO DESISTE









No começo da minha vida, eu era fraca. Fugia de toda sorte de controvérsia, por medo de ser julgada ou de não ser aceita. As pessoas me colocavam aqui, empurravam para lá, puxavam para trás. “Um pouco mais à direita,” “Chega para lá,”  “à esquerda é melhor.”  A minha primeira palavra era sempre ‘sim.’ A última também. A coisa mais fácil? Me dizer o que fazer, o que era certo, o que era errado, o que eu deveria ou não deveria. 

Mas creiam ou não (para a alegria de uns e desgraça de outros) eu cresci. Hoje, eu sou do tipo que não desiste. A opinião alheia ao meu respeito não me afeta. Se eu quero uma coisa, se ela é minha, se ela me foi trazida por Deus, eu não largo mão. Ninguém mais me diz o que fazer, onde ficar, como me portar, do que desistir. 

Quem tentar me dominar ou lutar contra mim, encontrará uma adversária dura na queda. E quando eu caio, me levanto cada vez mais forte, e cada vez mais experiente. Posso estar lá no chão hoje, mas enquanto eu estiver lá, estarei olhando para cima e pensando em uma maneira nova de me firmar novamente, e de proteger aqueles a quem eu amo e que me amam. E a cada vez, que eu caio, mais eu aprendo sobre a natureza daqueles que tentam me derrubar, e decido quem fica e quem sai da minha vida. Não perco tempo com pessoas negativas, que nada acrescentam, que nada têm a me ensinar.

Já passei por poucas e boas. E tudo me ajudou a perder o medo de lutar, de me proteger e de proteger quem eu amo.  E sabem o que eu faço para me proteger de pessoas assim? Não faço nada, além de me fortalecer e de viver de forma a não merecer as coisas ruins que elas me enviam.

Quando eu olho em volta, o que eu vejo, é que estas pessoas não são felizes; tentam alcançar o sucesso da maneira mais fácil, pulando etapas, mas suas pernas curtas não impedem que elas caiam nos abismos que elas mesmas cavam quando fazem isso. Sua visão ingênua sobre a vida não as deixam ver que todas as suas maquinações são tão óbvias, que mesmo que elas possam causar algum dano, serão logo desmascaradas e devolvidas às suas condições de fracassadas. E eu vou ficando mais forte.
Porque sou do tipo que não desiste.






Parceiros

Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...