witch lady

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terça-feira, 25 de abril de 2017

Vinco









No espelho, eu te vi
Em meu rosto de manhã.

Foi antes do café; olhei-me, e lá estavas,
Cruzando a minha testa
De um lado ao outro,
Profundamente vincado.

Senti-o nas pontas dos dedos,
Lamentei a minha falta
Por não ter, há muito tempo,
Desfeito os laços.




Histórias Enfadonhas






Fotos de ovos para quem quiser babar em cima da minha fotografia




Olá amigos!


Por sugestão de alguém que realmente entende do assunto e sabe tudo sobre blogagem, e é o proprietário de um dos blogs mais lidos de toda a rede, decidi fazer uma pequena mudança no meu blog "Histórias por Ana Bailune." 

A partir de hoje, ele se chamará Histórias Enfadonhas, por Ana Bailune. Mas não se preocupem; as mesmas histórias longas, enfadonhas, cansativas e desinteressantes continuarão a ser publicadas, e para torná-las ainda menos lidas e mais desinteressantes, eu continuarei publicando-as em capítulos - todos longos e enfadonhos, como sempre foram!

Pelo amor de Deus, peço-lhes encarecidamente que tenham pena de mim, leiam e comentem as minhas historietas, pois se não o fizerem, eu sucumbirei às críticas e deixarei de publicar para sempre na internet. Talvez eu tente suicídio, como no jogo da Baleia Azul, ao saber que perdi meus seguidores não-leitores. E vocês serão os responsáveis.

Como todos sabem, eu escrevo apenas para ser lida e agradar aos meus milhões de leitores, e não porque eu gosto de escrever e faço da escrita um exercício de autoconhecimento e, ao mesmo tempo, uma maneira agradável de me divertir. Portanto, caio em depressão toda vez que escrevo alguma coisa e não tenho, pelo menos, 150 comentários. Ajudem-me! Tenham pena de mim!

Deixarei aqui o endereço do meu blog Histórias Enfadonhas por Ana Bailune. Espero que odeiem. Mas se odiarem, por favor, mintam e comentem: "Amei! Lindo e reflexivo!"


domingo, 23 de abril de 2017

Perfeição






Durante uma aula de conversação (por falta de imaginação naquele dia, acabei procurando por um assunto no Google, a fim de esquentar minhas aulas de inglês) deparei com a seguinte pergunta: "Se você pudesse voltar atrás e dar a si mesmo um conselho, o que você diria ao seu 'eu?"

Pensei, e logo me veio à cabeça o seguinte: esqueceria essa coisa de tentar ser perfeita. Verdade. Passei grande parte da minha juventude não usando saias porque me sentia insegura quanto às minhas pernas - que hoje não são nem mais belas nem mais feias que as pernas de outras mulheres, e não eram, naquele tempo, nada feias - e também não gostava de usar sandálias, pois achava meus pés feios, e certa época, devido a problemas hormonais, quando os pelos do meu corpo desandaram a crescer mais que deveriam,  eu depilava as pernas duas vezes por dia e morria de vergonha dos meus braços cabeludos. Felizmente, o problema hormonal foi corrigido através de medicamentos. O médico explicou que às vezes, durante a adolescência, as meninas podem ter um desequilíbrio hormonal. Mas eu morria de vergonha de usar blusa sem manga. Me preocupava demasiadamente com o que as outras pessoas pensariam de mim: queria ser perfeita. Achava que as outras meninas eram perfeitas, menos eu. Superei isso, graças a Deus.

Depois, quando tive a minha primeira casa, também queria que ela estivesse sempre imaculadamente limpa; se soubesse que viria uma visita, passava o dia polindo, lavando, esfregando, varrendo, arrumando. Não que a minha casa estivesse bagunçada quando não recebia visitas; muito pelo contrário; é que eu achava que elas "reparariam" e sairiam falando, caso não estivesse tudo perfeito.

Mas nesta casa onde eu moro hoje, eu relaxei; não quis nada brilhando. Aboli os sintecos e móveis laqueados. Dei preferência ao piso rústico que não precisa de cêra, e aos móveis rústicos de aspecto envelhecido. Quando tenho visitas, minha única preocupação é que a conversa seja boa, o ambiente esteja acolhedor e a comida seja gostosa. 

Ainda bem que eu aprendi o quanto os perfeccionistas são chatos. Não faço mais questão de perfeição, e até me sinto desconfortável quando vejo alguém tentando fazer alguma coisa sem nenhum defeitinho. 

O jardineiro esqueceu de aparar uma cerca viva? Não faz mal! Há uma poeirinha por trás da mesinha de cabeceira? Quando eu tiver tempo, eu limpo. Cometi um erro ao digitar um texto? Paciência! O que importa, é o conteúdo. Por isso, quando vejo pessoas na internet reclamando de erros de grafia em textos, fico com pena delas; como são chatas as pessoas perfeccionistas! Sei disso, pois já fui uma delas. 

Deixei de publicar minhas coisas por muitos anos, só por medo de ser julgada! Escrevia poesias e histórias compridas, bacanas e cheias de imaginação, mas por medo de ser julgada ou ridicularizada, assim que eu acabava de escrevê-las, eu as escondia, lia depois de algum tempo e então... eu as queimava!

Hoje em dia, eu simplesmente não me importo mais com isso: recebo em meus blogs da mesma maneira que recebo em minha casa: entrem, sejam bem-vindos, sentem-se, relaxem, vamos conversar um pouco. Fiquem à vontade. E se não gostarem de alguma coisa, simplesmente, saiam  pela mesma porta pela qual entraram. 




HISTÓRIA



Macaquices no Museu Imperial




Anos e anos
Pilhas e pilhas
De datas e nomes
De nomes e datas
E traças.

Séculos e séculos
De feitos e glórias,
Inglórias vitórias,
Derrotas e mortes
E cortes.

Eras e eras
De guerras e acordos,
acordos e guerras,
Impérios desfeitos
E pleitos.

Essa é a sina
Dos homens na Terra,
Eterno Retorno,
Escrita no solo
A História.




quinta-feira, 20 de abril de 2017

Macaquinhos nos Jardins do Museu Imperial










FREUD






Alguns pensamentos de Sigmund Freud







"A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos."





"O estado proíbe ao indivíduo a prática de atos infratores, não porque deseje aboli-los, mas sim porque quer monopolizá-los."



"A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz."






O VALOR DA VIDA
(Entrevista concedida por Freud ao jornalista George Viereck em 1926)

Freud sobre a respeito da neoplasia no maxilar: "Detesto o meu maxilar mecânico, porque a luta com o aparelho me consome tanta energia preciosa. Mas prefiro ele a maxilar nenhum. Ainda prefiro a existência à extinção."

"Setenta anos ensinaram-me a aceitar a vida com serena humildade."

(Interrogado sobre o pessimismo)
"Não sou pessimista. Não permito que nenhuma reflexão filosófica estrague a minha fruição das coisas simples. Tive o bastante para comer. Apreciei muitas coisas – a companhia de minha mulher, meus filhos, o pôr-do-sol. Observei as plantas crescerem na primavera. De vez em quando tive uma mão amiga para apertar. Vez ou outra encontrei um ser humano que quase me compreendeu. Que mais posso querer?"

(Sobre o auto-conhecimento)
"Certamente. O psicanalista deve constantemente analisar a si mesmo. Analisando a nós mesmos, ficamos mais capacitados a analisar os outros. Os outros descarregam seus pecados sobre ele. Ele deve praticar sua arte à perfeição para desvencilhar-se do fardo jogado sobre ele."

(Sobre a análise e a compreensão do mundo)
A análise nos ensina não apenas o que podemos suportar, mas também o que podemos evitar. Ela nos diz o que deve ser eliminado. A tolerância com o mal não é de maneira alguma um corolário do conhecimento.

Que objeção pode haver contra os animais? Eu prefiro a companhia dos animais à companhia humana... Porque são tão mais simples. Não sofrem de uma personalidade dividida, da desintegração do ego, que resulta da tentativa do homem de adaptar-se a padrões de civilização.





terça-feira, 18 de abril de 2017

Música Na Casa






Adoro faxinar a casa escutando música. Geralmente, coloco alguma coisa alegre e mais agitada enquanto limpo, arrumo e varro. Confesso que coloco o som um pouquinho alto, para que eu possa escutar mesmo estando longe. 

Depois, quando a faxina termina, eu ponho uma seleção de músicas bem suaves, acendo um incenso e ando pela casa, 'curtindo' o resultado.

A música não é apenas uma coleção de sons e instrumentos musicais que são colocados juntos em uma melodia. Música é bem mais do que tudo isso. De acordo com o site Portal Ciências e Cognição (cienciasecognicao.org),


"A música possui um alto potencial terapêutico ainda não conhecido em sua totalidade por conta da falta de estudos na área da musicoterapia. Essa ciência já foi usada para melhoras cognitivas em doenças como Parkinson, demência senil e  hiperatividade. Na epilepsia foi comprovado por meio de um estudo que incluiu 11 crianças de Taiwan com idade entre 2 a 14 anos com epilepsia refrataria. O estudo comparou as crises 6 meses antes do tratamento e 6 meses durante a exposição. Foi constatado em 73% das crianças obteve uma melhora de 50% nas crises e em 2 pacientes a inexistência de crises durante o tratamento. A música pode promover a liberação de dopamina inundando assim os sistemas dopaminérgicos receptores de D2. Em pacientes com epilepsia do lobo temporal, a inundação de dopamina pode potencialmente se comportar como um anticonvulsivante."

Antigamente, nós tínhamos os discos de vinil, que podiam ser caros, além de pesados, delicados. tais discos continham às vezes doze faixas musicais - seis de cada lado - e se não tomássemos cuidado, eles poderiam arranhar-se, resultando em uma repetição constante do trecho no qual o arranhão se encontrava. 

Mais tarde, vieram os CDs. Cabiam mais músicas neles, e o som era mais limpo, embora pudessem ser arranhados, como os vinis. Depois, mais recentemente, chegaram os pendrives, onde, dependendo de quanto espaço de armazenamento possuíssem, poderíamos guardar mais de mil músicas - ou mais. Ainda são muito usados, e eu tenho os meus. a desvantagem, é que eles quebram e estragam com muita facilidade, e perdemos todas as músicas se não as guardamos também em outras mídias. 

No momento, estou me acostumando aos sites e aplicativos  de música, como o Spotify, onde podemos escutar de tudo, desfrutando das playlists que o aplicativo oferece ou então escolhendo as músicas e formando as nossas próprias. Pagando apenas $16,00 ao mês, temos acesso ilimitado a qualquer tipo de música, de qualquer país ou gênero musical. E ainda podemos escolher músicas para fazer  download, e elas estarão disponíveis para ouvirmos a qualquer momento, mesmo sem conexão de internet. através de conexão bluetooth, podemos 'jogá-las' de nossos dispositivos móveis para nossos aparelhos de som, desfrutando de um som melhor qualidade.

Música é movimento, é vida, sentimento. Portanto, escolha  a sua 'playlist' e divirta-se! 





O DIABO RI




O diabo ri quando batemos panelas esperando que justiça seja feita. Ele adora, e se diverte quando vamos às ruas e quebramos coisas das quais precisaremos mais tarde – ônibus, bancos, monumentos e prédios públicos, restaurantes e lojas. 

O diabo dá gargalhadas quando ficamos nas redes sociais defendendo políticos corruptos, incapazes de percebermos que não existe um só deles que seja honesto, que valha a pena ou que mereça um segundo sequer da nossa consideração. Todos – absolutamente todos – estão envolvidos em mamatas e corrupção, utilizando dinheiro em suas campanhas que deveria ter sido usado para salvar as vidas de milhões de pessoas em hospitais, pessoas que morreram sem atendimento médico, sem remédios, sem leitos hospitalares, enquanto eles viajavam e se divertiam em países estrangeiros, e financiavam as mamatas dos ditos “artistas populares” que só os defendem porque são, eles mesmos, beneficiados com parte do dinheiro roubado. 

O diabo é um sujeito irônico, e ama ver as pessoas brigando para defenderem aqueles que passaram anos explorando-as, enganando-as, mentindo para elas, promovendo lavagens cerebrais e dando-lhes esmolas e migalhas (sempre muito menos do que elas teriam realmente direito a receber), e fazendo-as acreditar que as estão beneficiando, ajudando e assegurando seus direitos de cidadãos. O diabo ama ver pessoas chorando e agradecendo por terem recebido uma casinha minúscula e mal-acabada em algum lugar longe de tudo e um dinheirinho que mal dá para elas se alimentarem com dignidade, enquanto eles mesmos compram aviões banhados a ouro, viajam de primeira classe pelo mundo todo, plantam verdadeiros laranjais a fim de lavarem o dinheiro sujo que roubam do povo e recebem bilhões em propinas. 

O diabo adora ver o povo usando anéis de lata enquanto políticos enchem os dedos, pulsos e pescoços de joias valiosíssimas, e mesmo quando são presos, sabem que tudo será temporário, que mais cedo ou mais tarde eles estarão novamente do lado de fora, desfrutando do produto de seus roubos e falcatruas, reeleitos pelas mesmas pessoas a quem roubaram e enganaram. 

O diabo ama aqueles que têm memória fraca. E também, principalmente, aqueles que se recusam a enxergar o óbvio.

O diabo ri, pois ele adora ver o povo fazendo papel ridículo.



DESMISTIFICAÇÃO







Olhe nos olhos do monstro,
Vasculhe o restolho
Por onde ele passa,
Procure a esperança
Nas suas pegadas,
E talvez enxergues
Que os seus tentáculos
Não passam de tranças
Bem embaraçadas.

Ouça as palavras do monstro,
Quem sabe, concluas
Que as suas loucuras
Não passam de um plano,
Uma espécie de cura,
Que o tom ressabido,
O uivo pra lua,
Tenha ressonância
No teu par de ouvidos.

Sinta a pele do monstro,
Perceba sua dor;
A sua mordida
É falta de amor,
Tristeza da vida,
E o seu veneno
Não mata ninguém,
Somente ele mesmo.
Disfarce o desdém,
E diga uma prece
À alma perdida.









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