witch lady

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domingo, 18 de setembro de 2016

Mistérios do Google!!!








Tento acessar a página principal do meu próprio blog, e o antivírus me bloqueia: 'site malicioso.' 

Vou até a página principal do Google, e tento através de um dos links, e a mesma coisa acontece. Às vezes, recebo a mensagem de que o site foi retirado do ar. 

Ainda consigo publicar e acessar outros blogs, mas não posso ver as minhas páginas principais. 

Se você estiver lendo este texto, peço-lhe o favor de deixar um comentário, dizendo se está tendo problemas; os comentários vão para minha caixa de e-mails, e poderei tentar ver o que está acontecendo.

Provavelmente, deve ser a ação de gente ruim e maldosa, tentando me bloquear da internet, pois recebi uma mensagem anônima (cuja identidade, endereço e CPF já consegui identificar) um tanto agressiva e maldosa. Caso eu não consiga ver minhas páginas principais até amanhã, com certeza vou saber que isto tem a ver com o e-mail que recebi. Eis a cópia abaixo, comentário recebido em minha página no Recanto das letras:


12/09/2016 11:07 - Alice [não autenticado*]
ridicula, velhaca, fascista ridicula. você é ridicula. e ainda sai por aí inventando falacias mais ridiculas ainda. macaquinha amestrada é você que sai por ai vomitando suas babas verdes gosmentas.

Say Something








Say something?
I'll say something
When  I have
Something to say.








sábado, 17 de setembro de 2016

2+2











Sai o gato, entra o rato:
Dois mais dois são sempre quatro!
Volta o gato, e logo pega
A ratazana no ato!

Vai roendo a sobremesa,
Pedacinhos do meu queijo...
De repente – a surpresa!
Vê o gato sobre a mesa!

Corre, esconde-se do fato:
Dois mais dois são sempre quatro!
Armadilha colocada:
Cai o rato, de lavada!

‘Inda pede piedade:
-Dom Gatão, ai que maldade!
Tenta uma escapada torta:
Dá de cara com a porta!

Fez o gato de sapato,
E a gora, Inês é morta!
Temendo pagar o pato,
Entra no buraco o rato!

Dois mais dois são sempre quatro,
E o gato está de olho:
Deixa o queijo, e vá roendo
Teu fedorento repolho!




segunda-feira, 12 de setembro de 2016

AQUELA PAISAGEM









Há sempre um momento onde a verdade grita,
E a  bela paisagem de sempre
Não se mostra mais tão bonita.

Fica, nos olhos, uma dúvida,
Fica, nos lábios cerrados de surpresa,
Uma palavra recolhida e santa,
Uma espécie de mantra
Que alguém nunca cantou.

Dói tanto, rezar pelo que se perdeu,
Mais ainda, descobrir
Que nunca foi verdade, nunca foi seu!

E o trem passa depressa, borrando a paisagem,
As horas se espalham naquele parapeito,
Chorando lá fora, contra o vidro fechado,
Perdidas nas dobras desse estranho leito...






domingo, 11 de setembro de 2016

Antigas Paradas

eu







Antigamente (não gosto muito desta palavra, pois me faz lembrar de quantos anos tenho; vou recomeçar esta crônica):

Quando eu era criança, era obrigatório participar das paradas de sete de setembro. Quem não participasse, deveria apresentar atestado médico, e perderia pontos no conceito. Ainda me lembro dos ensaios, feitos na rua próxima à escola; tínhamos que passar desfilando por uma escola rival, e éramos vaiados pelas outras crianças. Era humilhante.

A nossa 'formação' - tempo em que aguardávamos nossa vez até a hora de começar a desfilar - era feita em uma rua muito fria da cidade, onde o sol só começava a brilhar depois das dez. Lá estava eu, de pé, segurando uma bandeira às sete da manhã, tiritando de frio entre a neblina petropolitana, comum naquela época,  e muitas vezes, com vontade de ir ao banheiro. 

Ir ao banheiro era difícil, pois era preciso que uma das professoras nos acompanhasse até uma outra rua, onde pedíamos para usar o banheiro de algum bar ou padaria, e a resposta era quase sempre a mesma: "O banheiro está em reformas." E quando conseguíamos, o lugar era sujo e fedido. Minha mãe sempre nos advertia para que jamais nos sentássemos no vaso sanitário de banheiros públicos, e de saia levantada, eu me apoiava nas pernas para não encostar no vaso, enquanto prendia a respiração. Como era difícil!

Às vezes, as mães traziam pacotes de biscoitos que eram distribuídos entre as crianças. E finalmente, a hora do desfile: momento de glória. Vinte ou trinta minutos sendo aplaudidos e ouvindo coisas como "Que gracinhas!" 

Uma vez, não me lembro o motivo pois eu era muito pequena - uns sete ou oito anos -, minha mãe não foi ao desfile, e acabei me perdendo da minha irmã mais velha, que foi para casa sem mim ou ficou com as amigas, não me recordo bem do que aconteceu. Eu não tinha dinheiro para voltar para casa de ônibus. Seria preciso subir a rua toda à pé, debaixo do sol de meio-dia, sozinha, com fome, sede e muito cansada. Era uma caminhada longa, de quase uma hora. 

Quando estava chegando no início da ladeira, antes de começar a subida, parei para tomar água em uma 'biquinha' de mina que havia ali. Enquanto bebia, olhei para o chão e vi um enorme limão, verdinho, e eu o peguei, pensando em entregá-lo a minha mãe para fazer um suco no almoço. A caminhada foi dura. Estava muito cansada, acordada desde seis horas, e de pé naquela rua das sete Até meio-dia. O sol estava forte, o que dificultava ainda mais a caminhada. Ninguém me levara biscoitos, e meu estômago roncava. Mas subir a rua naquelas condições era a única maneira de chegar em casa, então olhei para cima e comecei a caminhada.

Cheguei em casa suada e varada de fome, e minha mãe me deu a maior bronca:

-Onde você estava até essa hora? Por que não veio para casa com sua irmã? 

Expliquei a ela o que tinha acontecido. Logo depois, minha irmã chegou em casa e levou uma bronca maior ainda.

Entreguei o limão à minha mãe, pedindo que fizesse uma limonada. Ainda furiosa, ela indagou: 

-Onde você achou isso?

Quando disse que o encontrara na rua, ela esbravejou: 

-JÁ TE DISSE PARA NÃO PEGAR NADA NA RUA!

E jogou o limão no lixo. Me senti muito humilhada, não sei porquê.  Almocei - acho que depressa demais - e depois, tive febre e vomitei tudo. Não gosto de lembrar daquele dia, mas sempre me lembro quando 7 de setembro chega. 

Eu tinha a impressão de que estava em um daqueles filmes em que alguém tenta chegar em casa, mas alguma coisa sempre acontece, impedindo. A imagem da minha casa, do meu quarto e da sombra do nosso telhado ia e vinha, e me dava forças a cada passo. Às vezes eu tinha lembranças de quando eu era uma criança abandonada, sem ter para onde ir, e chegava a uma vila onde outras crianças que tinham pais e casas estavam brincando. Eu brincava com elas, mas quando o sol se punha, suas mães as chamavam para dentro e eu ficava  na rua, com fome, descalça, e sozinha. Nunca vivi isso de verdade, mas era como se eu me lembrasse. Era eu, mas não era eu, pois nunca fui criança abandonada. Pelo menos, não nesta vida.

Mas desde muito cedo, meu maior sonho sempre foi ter uma casa. E eu sonhava com ela, fazia planos de como seria. Teria árvores no jardim, dois andares e uma escada de madeira por dentro. E eu teria muitas roupas. Lembro-me de ficar horas deitada em minha cama quando criança, idealizando esta casa que hoje me acolhe.



UMA OU DUAS BOLAS - E UNS PEDAÇOS DE QUEIJO






Ontem, após o almoço. 

Na sorveteria estava escrito: “Uma bola, 7,00; duas bolas, 10,00.” Eu e meu marido compramos nossos sorvetes e nos sentamos em uma das mesinhas. Ficamos ali, tomando nossos sorvetes e aproveitando a tarde, enquanto observávamos outros clientes que entravam e saiam. 

Entram duas jovens, muito bonitinhas e arrumadas. A primeira delas diz: “Posso experimentar? É que não conheço os sabores, é a minha primeira vez aqui.” Solícita, a atendente serve a elas (a ambas) provinhas de quase todos os sabores disponíveis na loja. Finalmente, a primeira menina vira-se para a segunda e pergunta: “Vai querer qual?” E ela responde: “Nutela.” E a jovem número um, olhando a atendende, decide: “Um sorvete de duas bolas. Uma de nutela e outra de pistache.” A menina número dois indaga: “Mas... e o meu?” No que a outra exclama: “Então! Eu pedi duas bolas, uma para mim e outra para você!” Eu e meu marido nos entreolhamos, divertidos. A menina número dois reclama: “Mas como assim? Como vem as bolas?” E a menina número um: “Uma em cima da outra, acho.”

E as duas entram numa discussão sobre qual sabor viria por cima, pois nenhuma delas queria esperar a outra tomar o sorvete e ficar para o final, quando ele já estivesse derretido. Finalmente, a número um decide: “Está bem! Um sorvete com duas bolas sabor nutela!”

Achei muito engraçada a situação, pois elas economizaram 4 reais, já que duas bolas de sorvete separadas sairiam por 14,00, e elas pagaram apenas 10,00. Só tiveram que comer no mesmo copinho.

Mais tarde, em uma loja de vinhos, estava acontecendo uma degustação, e estavam sendo servidos um vinho argentino muito bom acompanhado de pedacinhos de um queijo caríssimo. Ficamos conversando com um dos atendentes enquanto degustávamos, pois já somos velhos conhecidos naquela loja. Havia um adolescente – um menino muito loirinho, aparentando uns dezesseis anos – mandando ver nos pedacinhos de queijo, acompanhando a sua degustação de maneira predadora com um copo de suco de laranja.

Ele escutava a nossa conversa com ares intelectuais quando de repente, perguntou ao atendente: “Vocês sempre fazem esta degustação aos sábados?” E o rapaz respondeu: “Às vezes também fazemos às sextas.”  O menino ergueu as sobrancelhas: “Hum-hum...” Eu e meu marido logo notamos que ele estava querendo saber o dia certo para voltar novamente. Meu marido lasca: “Amigo, por via das dúvidas, venha às sextas e aos sábados. Assim, você não vai perder nenhuma.” O menino ficou rindo. E mandou pra dentro mais alguns quadradinhos de queijo.

Fiquei pensando: vai ver que é por isso que os jovens de hoje são bem mais altos e fortes do que os da minha geração.





sexta-feira, 9 de setembro de 2016

CHE






Pensamentos de um dos maiores assassinos que já pisaram sobre a face da terra.





"Querido pai, hoje descobri que realmente gosto de matar"




"Execuções?", gritou Che Guevara enquanto discursava na glorificada Assembléia Geral da ONU, em 9 de dezembro de 1964. "É claro que executamos!", declarou o ungido, gerando aplausos entusiasmados daquele venerável órgão. "E continuaremos executando enquanto for necessário! Essa é uma guerra de morte contra os inimigos da revolução!"



"Eu não preciso de provas para executar um homem. Eu só preciso saber que é necessário executá-lo!"



"Sempre interrogue seus prisioneiros à noite. A resistência de um homem é sempre menor à noite".




"Estou aqui nas montanhas de Cuba sedento por sangue"




"...Fazer com que o individualismo desapareça de Cuba! É criminoso pensar como indivíduos!"



"...Evidências jurídicas são um arcaico detalhe burguês".



"Não tenho casa, não tenho mulher, não tenho pai, não tenho mãe, não tenho irmãos. Meus amigos só são amigos quando eles pensam ideologicamente como eu".














quinta-feira, 8 de setembro de 2016

MAIS MENOS








Não é ter uma casa maior ou mais bonita que vai preencher o seu vazio. Não é um carro novo, uma viagem, um novo eletrodoméstico ou a renovação do guarda-roupa que vai fazer com que aquele enorme buraco dentro de você seja preenchido. Embora estas coisas possam ser positivas e acrescentar momentos de prazer, elas não servem para aquele espaço que deve ser ocupado pelo autoconhecimento, sabe, aquelas coisinhas que  a gente não quer ver, se recusa a escutar e acha que se elas ficarem lá fora no frio, miando de fome, vão acabar morrendo.

Elas não vão morrer; vão miar cada vez mais alto, sem jamais se cansarem. E estes miados vão se revelar de várias formas: dores no corpo, pesadelos, insônia, insatisfações, e a pior de todas: a amargura.

O que é amargura? Amargura é olhar em volta e não achar nada bonito para se ver, pois os olhos ficam turvos. Parece que o olhar se acostuma a só focar no que for feio, e é só isso que a pessoa amarga consegue enxergar, pois é só por isso que ela se interessa. Quando está diante de alguma coisa bonita, ela procura, procura e procura, até achar um defeito que possa citar; e quando está diante de algo não tão bonito, ao invés de se calar ou procurar por alguma coisa positiva, ela simplesmente se sente feliz feito pinto no lixo, e passa a apontar, criticar, rebaixar. Parece que o prazer da pessoa amarga é causar desprazer nos outros, fazer pouco de suas conquistas e jogar indiretas ferinas.

Pessoas assim não precisam de mais, e sim, de menos: menos coisas materiais, e mais momentos preciosos de silêncio para conversar com elas mesmas; menos gente em volta, e mais solidão até aprenderem a sentir prazer na própria companhia; menos ruídos e barulhos altos, e mais silêncio para se concentrar no que realmente interessa; menos dezenas de pessoas em volta que nada acrescentam, e mais amigos verdadeiros; menos medicação, e mais meditação. Menos dinheiro, e mais criatividade e gratidão. Menos viagens complicadas a lugares longínquos, e mais passeios à pé pelas redondezas.

É tão difícil conversar com pessoas assim, amargas! Elas não escutam. Simplesmente, mudam de assunto. Não deixam a gente sequer terminar uma frase, e já estão falando de outra coisa. Principalmente, delas mesmas. Tentam esconder com palavras aquilo que seus silêncios revelam, aquilo que seus olhares querem derramar, mas escondem por medo de parecerem fracas. Não sabem que demonstrar fragilidade, dizer "Eu preciso de alguém para conversar", "Eu estou triste," "Sinto saudades de você," e "Por favor, me ajude," é um sinal de grande força. É aceitar que é humano. Assim, acabam afastando as pessoas. Ninguém consegue participar de um monólogo - que deveria ser um diálogo - por muito tempo. Conversar é dar e receber, falar e ouvir. 

Às vezes, a gente acha que a mudança tem que começar do lado de fora: "Preciso emagrecer para me sentir feliz." Na verdade, é o contrário: "Preciso me sentir feliz para emagrecer." Ou então: "Preciso de uma nova casa para recomeçar a vida." Mas na verdade, deveria ser: "Preciso de uma nova vida para me sentir bem na mesma casa." As mudanças duradouras e verdadeiras começam do lado de dentro. Quem está de bem consigo mesmo, não perde tempo planejando vinganças, focando no que é feio, ferindo as pessoas, remoendo o passado e amarrado a relacionamentos doentios com pessoas que só vampirizam.  Quem quer ser feliz, deve aprender a deixar ir, relaxar mais, agradecer mais, se amar mais. 

É muito bom ter coisas nas nossas casas que tornem o nosso dia mais prático, fácil e confortável. Mas não é bom deixar que estas coisas nos possuam, e muito menos, acreditar que elas, por sí, trarão felicidade e preencherão aquele enorme espaço vazio que não pode ser preenchido com nada material. O espaço que deve ser ocupado pela nossa alma.



Chão de Mármore












As palavras
Caiam pesadas
Sobre o chão de mármore,
Qual negras pedras
Que despencavam
De um coração.

Deixavam rastros
De dor e sangue,
Ódio, vingança,
Mácula, enxofre.

E lá de cima,
E lá de dentro,
De olhos fechados
Alguém ouvia,
Seguindo os passos
E as palavras...

Mármore fria,
Absorvendo
Todo o impacto,
E as rachaduras
Se esticando
Em veios profundos,
Ganhando espaço
Perdendo vida.






terça-feira, 6 de setembro de 2016

Na espuma






Durante o banho, de olhos fechados
Surgiu-me um retrato
Que se desfez em espuma
Escorregando pelo corpo feito neve na montanha.
A tépida água cantava no crânio,
Contando histórias afogadas.

Perfumes suaves em formatos sinuosos
Evocavam lugares
Que eu cantarolava.

Macios momentos, barulhos de vento...
Descia no ralo a minha saudade!
Mas como nem tudo é certo ou perfeito,
No sabonete azul-bebê
A lâmina acomodada.






segunda-feira, 5 de setembro de 2016

1965









1965: Você ia, e eu chegava.

Será que nos encontramos
Na curva desse caminho,
Em um ponto dessa estrada?

Será que você deixou
Cair, assim, sem querer,
Um pouco da sua vida
No muito do meu viver?




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