witch lady

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domingo, 28 de agosto de 2016

DEPOIS DA INOCÊNCIA




A inocência é como
Uma rosa de pétalas enrodilhadas,
Que protegem o centro.
Uma macia camada perfumada
Cuja cor rosada
Espalha seus tons sobre o que é visto
E sentido.

Mas um dia, após tantos atritos,
Ela murcha,
As pétalas caem uma a uma,
Expondo o centro ao vento mais frio,
E a camada cor-de-rosa se recolhe,
Se encolhe aos poucos,
Desaparece...

E de repente,
Nada mais é a mesma coisa,
Os tons que vemos são fortes demais,
Os sons que ouvimos são bruscos e rústicos,
E a pele exposta aos arranhões
Custa a curar-se,
E mesmo após a cura, 
Cobre-se de duras cicatrizes.

Não sei se é maldita ou bendita
A hora em que perdemos a inocência...
Só sei que nada, nunca mais,
Será a mesma coisa,
Pois nós nunca mais
Seremos os mesmos.





terça-feira, 23 de agosto de 2016

CONFÚCIO - Esclarecendo Confusões










“Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.” 






“O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante do idiota que quer bancar o inteligente” 





“Antes de embarcar em uma vingança, cave duas covas.” 




“Verifica se o que prometes é justo e possível, pois promessa é dívida.” 




“Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos você tem?” 




“Não são as ervas más que afogam a boa semente, e sim a negligência do lavrador.” 





“Somente os extremamente sábios e os extremamente estúpidos é que não mudam.” 




“Não te suponhas tão grande ao ponto de pensares ver os outros menores que ti.” 




“Foge por um instante do homem irado, mas foge sempre do hipócrita.” 




“Ver e ouvir os maus é já um começar maldades.” 









Confúcio, literalmente Mestre Kong, foi um pensador e filósofo chinês do Período das Primaveras e Outonos.





VIDRAÇAS - UMA REFLEXÃO










Se existe uma coisa que eu não gosto de fazer em uma casa - além de passar as roupas - é limpar as vidraças. Costumo evitar este aborrecimento até o momento em que começo a envergonhar-me de abrir as cortinas. Aqui em casa há muitas vidraças para serem limpas, e pode levar mais de duas horas para limpar todas elas. 

Considero as tarefas que não apreciamos como uma forma de disciplina. Todo mundo tem que fazer coisas das quais não gosta. É impossível viver fazendo apenas o que nos dá prazer. E se não houvesse quem desse cabo das tarefas desagradáveis, como seria o mundo? Imaginem só o que aconteceria se ninguém recolhesse o lixo, ou capinasse as ruas? São tarefas difíceis que exigem esforço físico, e que precisam ser executadas com regularidade, muitas vezes sob o calor forte do sol ou sob os pingos gelados da chuva. As pessoas que são responsáveis por elas, na minha opinião, deveriam ser muito bem pagas. Infelizmente, não é isso que acontece. 

As pessoas apenas valorizam as profissões que tem a ver com passar anos e anos em uma faculdade, e depois, em cursos de especialização, pós-graduação e mais especializações após um certo período de tempo. Outras tarefas são consideradas menos importantes. Fico pensando se algum dia, todos os tipos de trabalho serão considerados igualmente importantes. Quando este dia chegar, será também o dia em que todas as pessoas serão consideradas igualmente importantes.





NO-ONE SENDS LETTERS ANYMORE






No-one sends letters anymore...
Now the space which used to be occupied
By bunches and bunches of yellowish pages,
Lies empty in the drawers...

Words are written and sent
And read, and forgotten
In a split second,
Losing the emotion that the expectation
Used to cause.

No-one sends letters anymore,
Every question is quickly answered,
Leaving no space for imagination
And the sweet anxiety
Which would send shivers up and down our spine.

Everyone is in a hurry,
The feelings run on the surface
Of shallow hearts,
Never going too deep,
Never travelling too far!



















segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Acabou








Foram-se as Olimpíadas, o clima de festa, o Rio de Janeiro seguro (pelo menos, no local do evento) e as pessoas felizes postando fotografias no Facebook e torcendo pelo Brasil. Seria bom se todos torcessem assim pelo Brasil não apenas durante os jogos, mas principalmente, durantes todas as dificuldades que estamos enfrentando.

E eu, que fui contra a realização dos jogos olímpicos por aqui porque achava que não teríamos a capacidade (além das condições financeiras) para realizá-los, tive que dar os dois braços a torcer. Foi um lindo evento. E o Brazil não fez feio. Mas agora, acabou. Voltemos à nossa saúde combalida, com suas filas enormes esperando por atendimento; voltemos aos mais de doze milhões de desempregados, à inflação galopante, à educação beirando ao desespero, CPIs e Lavajatos. 

Voltamos à realidade, e espero que não tenhamos esquecido a lição que aprendemos nesses últimos treze anos, e lição esta que aprendemos a duras penas. Agora é aguardar a conclusão de todos estes fatos, a saída de quem nunca deveria ter entrado, para começar, a punição dos predadores do país e quem sabe, um novo recomeço.

E foi como um sinal de recomeço que eu senti aquele vento forte que soprou durante o encerramento dos jogos. Parecia que estavam mandando para longe toda aquela carga negativa que estava pairando sobre o Brasil, e que deixava a atmosfera pesada e fétida, as pessoas sem esperanças, cansadas e brigando umas com as outras em defesa da classe que jamais mereceria qualquer tipo de defesa, esteja ela de que lado estiver.

E eu aprendi muito, e eu vi de tudo: pessoas que defendiam o impeachment passando para o outro lado de repente, com certeza devido a trocas de favores, e pessoas que eram contra o impeachment e que dariam um olho pela defesa da presidenta, trocando de lado de repente também,  e sem aviso, pelo mesmo motivo: interesses pessoais. E é isso que  a política é: um jogo de intereses pessoais. 

Quem está ainda teimando em defender o indefensável, certamente tem muito a perder caso ela saia (ou quando ela sair), embora clamem que se preocupam com os interesses dos fracos e oprimidos.

Acabou-se o sonho do Rio-Cidade-Maravilhosa, e voltamos à realidade. Espero sinceramente que ela fique mais bonita. Espero que as poucas melhorias que foram feitas na cidade possam ser conservadas, e que não virem um amontoado de ruínas cheias de pichações. Tomara que as conquistas dos nossos atletas nos sirvam de incentivo às nossas próprias conquistas, e que possamos aprender que nenhuma vitória que valha a pena nos chega sem esforço pessoal. 

Espero, acima de tudo, que os oportunistas que sonham com uma boquinha livre  que lhes garanta o sustento, de alguma forma tomem vergonha na cara e descubram que o pouco que se obtém através de trabalho e dedicação, vale muito mais a pena do que qualquer dinheiro ou posição obtidos através de armações políticas e do que qualquer leite ilegalmente produzido pelas tetas já quase secas do governo.






Vamos Lá Para Fora









Vamos lá para fora, onde um vento forte sopra
Fazendo redemoinhos nas nuvens cinzas de glacê.
As folhas caem secas, caem tontas, silenciosas,
E rolam sobre a grama, abrindo mão do viver...

Sentemo-nos no chão, e observemos o que passa
Diante do olhar, sem julgamentos, sem trapaças,
Deixemos que o vento nos desvende seus segredos,
Fechemos bem os olhos, para que possamos ver...

Vamos lá para fora, onde um fraco sol perpassa
Com languidez, as nuvens, dando o ar de sua graça
E então, recolhe os raios, respeitando o tom de cinza
Ensinando que há tempo para tudo nessa vida!

Deixemos que o tempo e o destino se encontrem,
Sem nossa interferência, num momento só de paz...
Sintamos que nós vamos na balada desse vento,
Que somos como as folhas: breve pó do Nunca Mais!





quarta-feira, 17 de agosto de 2016

AMAR COM TERNURA








Amor não é fogo,
Não deve queimar.

Amor sobrevive
Do que há no luar,
Do beijo das ondas,
Das coisas que ficam,
Que o tempo protege,
Do que vale a pena
Lembrar e guardar.

Amor deveria
Ser brando, suave,
Pois fogo é lascívia
Que quebra as beiradas,
Vivência apressada
Na Lâmina fria
Que corta sem ver
A veia do amor
Fazendo morrer...

Amar com ternura,
Do jeito que dura,
Dar laços, não nós,
Saber estar juntos
E também à sós,
Ser sempre um mais um
Sem nunca ser um.

Amor não é gula,
E só sobrevive
O amor que é manso,
O amor verdadeiro,
Feito de ternura,
O amor que é livre...




No link abaixo eu interpreto uma canão de Elvis Presley, LOVE ME TENDER. Os cães latindo ao fundo fazem parte... 








segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Quando Estou Longe






Às vezes, se fico muito tempo longe, sinto falta do cheiro da minha casa, das cores das paredes, das plantas no jardim. Fico pensando naquele livro que eu estou lendo, e que esqueci de colocar na mala; penso nos meus cães - será que estão sendo bem cuidados? Sentem saudades? - e também fico preocupada se minhas plantinhas estão sendo regadas. 

Entre um momento de diversão e outro, entre um descanso e outro, quando eu estou longe de casa eu fecho os olhos e penso nos sons dos meus sinos de vento, e de manhã cedinho, no canto dos passarinhos na árvore que fica à janela do meu quarto. Penso em seus galhos verdinhos quase batendo no vidro, e me pergunto se alguém se lembrou de trocar a comida dos pássaros no comedouro, e a água dos beija-flores.

Bem no meio de um passeio, eu de repente me pego pensando que o lugar mais lindo do mundo fica num quadradinho cercado por um muro de hera, com um gramado cheio de falhas devido às brincadeiras dos cães de correr atrás das bolinhas e sairem derrapando, arrancando tufos de grama. E como eu sinto saudades de mexer em minhas panelas na cozinha, colocar as coisas todas em ordem, varrer as folhas secas do quintal e deitar-me na rede da varanda!

E quando estou de volta, a casa me espera, como uma velha amiga que eu deixei para trás, mas que nunca me esqueceu, e de quem eu nunca me esqueci, e ela me recebe sem julgamentos, sem cobranças - apesar da poeira que descansa pacientemente sobre os móveis e objetos - e de braços bem abertos. 

Se eu não voltasse, o que seria dela? Aos poucos, se deterioraria; o jardim transformar-se-ia em um matagal disforme, impenetrável e temível, talvez criadouro de cobras e aranhas; as paredes descascariam as cores, as cobertas e roupas ficariam mofadas, e os passarinhos não mais voltariam, pois não mais teriam para quem cantar. Se eu não voltasse, a casa deixaria de ser um lar. Quem sabe, em anos, alguém poderia abrir suas portas e perguntar a si mesmo; "Quem morou aqui?" E através dos restos mortais do que encontrasse, tentaria reconstruir a história da minha casa, e através dela, a minha história.





BOAS ENERGIAS










Trechinho essencial do livro  CULTIVAR BOAS ENERGIAS, de Maro Schweder. Disponível na amazon.com.br



"...No entanto, a maior parte dos seres humanos tem uma visão errada de Deus. Vê-o como um "Homem Perfeito" que encontra-se sentado sobre um trono, conhecendo cada uma de suas criaturas...
Eu sei que isso pode desagradar a muitas pessoas, mas trata-se de uma visão demasiadamente apequenada do Criador. Ele não conhece nenhuma de suas criaturas, o que seriia até algo impossível. Deus se encontra numa altitude inalcansável aos seres humanos. Estes nada mais são do que o resultado do desdobramento das irradiações que ininterruptamente ultrapassam o plano divino, entrando na Crição para depois seguirem 'viagem' adiante, até que enfim cheguem aos planos mais grosseiros da Sua obra, onde encontra-se o planeta Terra.





O Criador siomplesmente não tem como conhecer as criaturas humanas devido estas não serem resultado direto de Sua criação, mas apenas o resultado tardio de um longo processo de desdobramento das irradiações que fluem para além da esfera divina. As pessoas insistem em colocar-se logo abaixo de Deus - ou quem sabe até ao seu lado - sendo que na verdade encontram-se muito abaixo e distante Dele.






E com sua falta de modéstia apenas afastam-se cada vez mais do Criador, pois a vaidade faz com que se fechem para as irradiações que viajam espaço abaixo, em busca das criaturas que ainda procuram por alguma espécie de ligação.

É nessa perspectiva que tem de ser compreendido o Amor de Deus por suas criaturas. Ele busca a todas através das irradiações que despeja sobre Sua obra. Do mesmo modo como os raios do sol mergulham maté nas frestas mais escuras das cavernas da terra, em busca de formas de vida que encontram-se lá escondidas; assim também a força divina envolve toso o plano terreno, munindo-o com as energias para manter-se em ordem.





A luz pede passagem por onde quer que passe. Tudo o que se harmoniza com Ela haverá de ser beneficiado pela sua atuação apaziguadora. Os seres humanos terrenos é que infelizmente se fecharam paraa sua atuação, a partir do momento que elegeram alvos efêmeros em suas vidas, que não possuem conexão alguma com os desígnios das Leis Espirituais que a tudo perpassam."






"...Não é necessariamente o dinheiro, a casa, a empresa, o carro, etc; que vem causando tantas aflições na vida do ser humano, mas o vazio que existe dentro dele. A grande prova disso, é que vive mudando as coisas fora de si, não conseguindo acalmar suas calamidades interiores. Estas continuam lhe perturbando no mesmo grau e intensidade, por mais vultuosos que sejam os esforços empreendidos no meio externo."




Está Tudo Azul? - Estabilidade Emocional -








Minha terceira participação no “Está Tudo Azul?” da Rosélia, pelo aniversário do blog!


ESTABILIDADE EMOCIOAL


Nossas emoções são tão instáveis quanto o clima. A gente percebe que muitas vezes, o meteorologista prevê chuvas, e não cai nenhuma gota, ou que então ele garante sol para o final de semana, e quando chegamos à praia, o céu está negro feito carvão, e um vento frio sopra aquela areia que arranha quando bate sobre a nossa pele. Assim são as emoções.

Temos a mania de achar que saberemos exatamente como agiríamos em determinadas situações, e por isso mesmo, gostamos de dar opiniões sobre os problemas alheios e conselhos aos outros. Mas será que se estivéssemos no lugar da pessoa a quem aconselhamos, faríamos tudo certinho? É fácil, de cabeça fria, sem estarmos envolvidos no contexto emocional de um acontecimento, darmos uma opinião sobre o que teríamos feito; porém, na hora “h”, as emoções tomam conta e podemos acabar fazendo coisas das quais duvidaríamos!







Por isso, é preciso que tentemos – pelo menos tentemos – nos conhecermos bem para que possamos ter alguma estabilidade emocional. Acho que venho progredindo nesse sentido, embora não seja fácil, e nem seja uma regra... seria muito bom que, toda vez que aquele maremoto emocional nos atingisse, tivéssemos a segurança de um barco emocional indevassável. Mas o que realmente acontece, é que muitas vezes estamos, simplesmente, em um ‘mau dia.’  E em dias assim, qualquer coisa que nos toque pode produzir uma reação inesperada, até mesmo pela gente!

Mas o importante, é cercar-se de coisas que nos tragam paz e serenidade, trabalhando sabiamente o que for ruim e negativo – sem fechar olhos e ouvidos para eles, pois negar que a negatividade existe não resolve o problema: apenas o esconde. Quando eu me sinto negativa a respeito de algo ou de alguém, eu paro e penso no assunto. Não tento evitar essa confrontação (que não significa, necessariamente, uma discussão acalorada), pois se o fizesse, estaria perdendo uma oportunidade de aprender através dele. Tento ouvir o que me desagrada, e entender o porquê. 





Daí, ou me afasto, ou tento uma nova abordagem. É claro que há casos em que tentamos várias abordagens diferentes, até chegarmos à conclusão de que de nada adianta continuar nos ferindo, voluntariamente, devido ao comportamento de pessoas que não se importam de verdade com a gente, não se interessam em ceder, conceder, partilhar e aprender, mas apenas querem sugar de nós tudo o que puderem. Infelizmente, a falta de estabilidade emocional deixa um buraco vazio dentro do seu portador que faz com que ele esteja sempre procurando por conflitos que possam ajudá-lo a extravasar sua carga emocional pesada.

Aprendi a me afastar de pessoas assim, que nada oferecem em termos de troca, que não sabem amar, mas que gostam de fazer com que os outros se sintam sempre ‘para baixo,’ tristes, inadequados, pequenos. Para minha própria estabilidade emocional, eu hoje quero coisas que me construam, e não que me destruam ou me façam chorar. Quero gente que olhe nos meus olhos e não destilem sentimentos como inveja e inimizade. Gente que possa participar de um grupo de boa vontade, sem tentar colocar seus membros uns contra os outros.

É assim que eu venho tentando aprender mais sobre estabilidade emocional.





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Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...