O vento me trouxe uma mariposa
Morta
Jogou-a aos meus pés
No chão da varanda.
Ela agora descansa
Na palma da minha mão.
Lá longe, na mata,
Revoam borboletas amarelas e brancas,
Cantam as cigarras.
Um grilo pequenino
Toca sua leve guitarra,
Não sabe da tempestade
Que é gerada no ventre das nuvens negras.
Um colibri chega bem perto,
De repente,
As asas zunem enquanto ele me olha
E vai embora...
Visita tão breve e tão preciosa!
Tudo é vida, tudo!...
Mas a mariposa me fez lembrar
De coisas que eu queria esquecer.
De repente, fiquei triste,
Começou a chover.