witch lady

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

LUVAS




As luvas
Nem sempre são leves
Mas elas só servem
Em quem bem as calça.


Coisas que eu Gosto





Na casa da gente tem sempre alguns objetos que a gente gosta mais. Coisas que ganhamos de presente ou escolhemos nós mesmos. O espelhinho acima foi assim: eu estava passeando na galeria do Bauhaus, aqui em Petrópolis, quando passei por este espelhinho na vitrine de uma loja. Achei-o fofo!



A casinha de passarinho - que fica na minha sala de aula - foi presenteada por uma ex-aluna, a Fernanda. Feita pela mãe dela.



Este relógio charmoso, que fica na parede do corredor, nós compramos em Teresópolis, numa loja de decoração que tem coisas lindas, a "Decorando."




As três xícaras acima fazem parte de minha coleção (tenho mais de vinte) que fica sobre o armário da cozinha, enfileiradinhas. Uso todas elas. Vou trocando-as com o tempo, 'aposentando' umas e colocando outras em uso.




A fonte, que também fica em minha sala de aula - sempre ligada - foi presente de meu marido.



A coqueteleira antiga e os copos foram presente da sogra. 





Esse dragão ao mesmo tempo hilário, charmosos e bonitinho, foi presente do meu marido. estávamos fazendo compras em uma lojinha na 16 de Março quando eu olhei para este dragão. Imediatamente, peguei-o e disse: "Eu quero!"  O colar muito antigo de cristal que ele está 'usando' pertenceu à minha mãe. Era parte de um conjunto: colar de três voltas e brincos. Ela ganhou de presente do pai, meu avô. Pena que ela deu os brincos e desfez o colar. Uma das partes ficou comigo, outra com minha irmã mais velha, e a outra perdeu-se.





A pintura dos Beatles foi feita por minha cunhada Clara. Presente de aniversário. Ela também fica na minha sala de aula, e acho que muitas das coisas que gosto ficam lá porque é o lugar da casa onde eu passo mais tempo.

Toda casa tem seus cantinhos e objetos favoritos. Quais são os seus?







segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Chico Buarque - As Vitrines





As Vitrines
Chico Buarque





As Vitrines - Chico Buarque

Eu te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão
- Dá tua mão
- Olha pra mim
- Não faz assim
- Não vai lá não

Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão, frouxa de rir

Já te vejo brincando, gostando de ser
Tua sombra a se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar

Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo um salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão




Caldeirão







Caldeirão


A bruxa pega ingredientes toscos
-Asas de morcego, veneno, pele de cobra,
Leite de mãe sem colostro-
Mistura azul de metileno
E cria outra poção,
Com gostas de sangue do coração
Espargidas com os dedos
Durante a libação.

Do mal, nasce o bem,
Das folhas de urtiga
Uma margarida.

E nas sombras, coçam-se as almas
Que perderam a razão
E assassinaram a calma.



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Momento Relax





Momento Relax


O jardineiro acaba de sair, deixando no ar aquele cheiro maravilhoso de grama cortada e terra revolvida. O dia foi lindo; o céu totalmente azul, e apesar do calor e do sol brilhante, uma brisa refrescante soprava.


Final de tarde; passarinhos indo dormir. Na mata em frente à casa, as cigarras se despendem de mais um dia de calor e sol, elevando seu canto cada vez mais alto, numa interação fremente que a muitos perturba, mas a mim, agrada completamente. Pouco a pouco, o canto vai silenciando, até que reste apenas uma cigarra, cuja voz vai fraquejando aos poucos, até silenciar por completo. Daí, começam os grilos, timidamente, com seus cri-cris estrelados sob as moitas.


Surge uma pequena estrela, e mais outra, e mais outra... de repente, o céu, que ainda guarda um tom avermelhado junto ao horizonte, torna-se um alegre forro azul-marinho com pequenas luzes pisca-pisca. 


Olho os canteiros, e percebo no rosto das flores um certo cansaço. Pego a mangueira, e regulando-lhe a ponta para que ela produza um chuveirinho, vou regando os canteiros. Passam algumas corujas, vaga-lumes, morcegos. Criaturinhas que preferem a noite.


O cheiro de terra molhada se eleva, misturando-se ao perfume dos incensos que queimam em minha varanda. Penso em minha mãe, e em seu velho cliché: "Quando molhamos as plantas, elas agradecem! Olha só para a flor, como parece estar mais 'durinha' e viçosa!"


E as flores, durinhas e viçosas, murmuram um agradecimento que chega aos meus ouvidos através de uma brisa.


Trechinho de "Fausto" - Goethe





Trechos de "Fausto", obra de Goethe


"Pela turba é que a turba se conquista; cada qual tem seu gosto; o que um refuga, outro vem que o prefere. Assim, dar muito cifra a receita de agradar a todos."





O Gracioso, mas que é posteridade, ou que te importa? Não trate eu de agradar aos com quem vivo, ao cheiro do louvor dos porvindoiros! Quem nos pede folgança é o nosso povo; fartemos-lhe a vontade. É boa gente, e gente que se vê. Na alternativa, entre ausente e presente, este ´é quem ganha. Como lhes há de agradar? Mui facilmente. Quem deseja com gosto ser ouvido há de aos gostos da turba acomodar-se. Quanto mais auditório, mais efeito fará nele o protótipo de gênios, que, dando rédea larga à fantasia, lhe leva a par o sólito cortejo de afetos, de paixões, de luz, de graças... e, para adubo um grão de extravagância."




"O que o homem herda só o pode chamar seu quando o utiliza. haver que nos não presta e simples ônus. Só no uso consiste a propriedade."




"Que ditosa ilusão, supor que ao homem seja dado emergir do mar dos erros! O que é mister saber, ninguém no atinge, e o que se alcança para nada presta."



A Árvore Mais Linda de Petrópolis














MOMENTO RELAX




Momento Relax

O jardineiro acaba de sair, deixando no ar aquele cheiro maravilhoso de grama cortada e terra revolvida. O dia foi lindo; o céu totalmente azul, e apesar do calor e do sol brilhante, uma brisa refrescante soprava.

Final de tarde; passarinhos indo dormir. Na mata em frente à casa, as cigarras se despendem de mais um dia de calor e sol, elevando seu canto cada vez mais alto, numa interação fremente que a muitos perturba, mas a mim, agrada completamente. Pouco a pouco, o canto vai silenciando, até que reste apenas uma cigarra, cuja voz vai fraquejando aos poucos, até silenciar por completo. Daí, começam os grilos, timidamente, com seus cri-cris estrelados sob as moitas.

Surge uma pequena estrela, e mais outra, e mais outra... de repente, o céu, que ainda guarda um tom avermelhado junto ao horizonte, torna-se um alegre forro azul-marinho com pequenas luzes pisca-pisca. 

Olho os canteiros, e percebo no rosto das flores um certo cansaço. Pego a mangueira, e regulando-lhe a ponta para que ela produza um chuveirinho, vou regando os canteiros. Passam algumas corujas, vaga-lumes, morcegos. Criaturinhas que preferem a noite.

O cheiro de terra molhada se eleva, misturando-se ao perfume dos incensos que queimam em minha varanda. Penso em minha mãe, e em seu velho cliché: "Quando molhamos as plantas, elas agradecem! Olha só para a flor, como parece estar mais 'durinha' e viçosa!"

E as flores, durinhas e viçosas, murmuram um agradecimento que chega aos meus ouvidos através de uma brisa.




PS: Não tenho visitado outros blogs porque minha conexão está pior do que péssima. Levei quase a manhã toda para conseguir fazer este post. Mas eu volto. Obrigada.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

TU ME SONHAS





Tu me sonhas, e eu te surjo
Das espumas de um mar turvo
Eu venho nos braços das ondas
Nos cabelos de Netuno.

Tu me sonhas, e eu te chego
Num arremedo de riso
Desmanchada numa concha
Que tu levas aos ouvidos.

Tu me sonhas, e eu te venho
Das profundezas do mar
No cenho da tua memória...
Histórias que queres lembrar.

Tu me sonhas, e eu te esqueço
Amanheço em tua fronha
Sou aquela que tu sonhas
Renegando, ao despertar.




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