segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
São Nicolau
A Lenda de São Nicolau (St. Nicolas, Santa Claus, Papai Noel, Pai Natal)
do blog "Contos e Lendas de Natal" - natal.com.pt/contos-e-lendas-de-natal
Nicolau, filho de cristãos abastados, nasceu na segunda metade do século III, em Patara, uma cidade portuária muito movimentada.
Conta-se que foi desde muito cedo que Nicolau se mostrou generoso. Uma das histórias mais conhecidas relata a de um comerciante falido que tinha três filhas e que, perante a sua precária situação, não tendo dote para casar bem as suas filhas, estava tentado a prostituí-las. Quando Nicolau soube disso, passou junto da casa do comerciante e atirou um saco de ouro e prata pela janela aberta, que caiu junto da lareira, perto de umas meias que estavam a secar. Assim, o comerciante pôde preparar o enxoval da filha mais velha e casá-la. Nicolau fez o mesmo para as outras duas filhas do comerciante, assim que estas atingiram a maturidade.
Quando os pais de Nicolau morreram, o tio aconselhou-o a viajar até à Terra Santa. Durante a viagem, deu-se uma violenta tempestade que acalmou rapidamente assim que Nicolau começou a rezar (foi por isso que tornou também o padroeiro dos marinheiros e dos mercadores). Ao voltar de viagem, decidiu ir morar para Myra (sudoeste da Ásia menor), doando todos os seus bens e vivendo na pobreza.
Quando o bispo de Myra da altura morreu, os anciões da cidade não sabiam quem nomear para bispo, colocando a decisão na vontade de Deus. Na noite seguinte, o ancião mais velho sonhou com Deus que lhe disse que o primeiro homem a entrar na igreja no dia seguinte, seria o novo bispo de Myra. Nicolau costumava levantar-se cedo para lá rezar e foi assim que, sendo o primeiro homem a entrar na igreja naquele dia, se tornou bispo de Myra.
S. Nicolau faleceu a 6 de Dezembro de 342 (meados do século IV) e os seus restos mortais foram levados, em 1807, para a cidade de Bari, em Itália. É atualmente um dos santos mais populares entre os cristãos.
S. Nicolau tornou-se numa tradição em toda a Europa. É conhecido como figura lendária que distribui prendas na época do Natal. Originalmente, a festa de S. Nicolau era celebrada a 6 de Dezembro, com a entrega de presentes. Quando a tradição de S. Nicolau prevaleceu, apesar de ser retirada pela igreja católica do calendário oficial em 1969, ficou associado pelos cristãos ao dia de Natal (25 de Dezembro)
A imagem que temos, hoje em dia, do Papai Noel é a de um homem velhinho e simpático, de aspecto gorducho, barba branca e vestido de vermelho, que conduz um trenó puxado por renas, que esta carregado de prendas e voa, através dos céus, na véspera de Natal, para distribuir as prendas de natal. O Papai Noel passa por cada uma das casas de todas as crianças bem comportadas, entrando pela chaminé, e depositando os presentes nas árvores de Natal ou meias penduradas na lareira. Esta imagem, tal como hoje a vemos, teve origem num poema de Clement Clark More, um ministro episcopal, intitulado de “Um relato da visita de S. Nicolau”, que este escreveu para as suas filhas. Este poema foi publicado por uma senhora chamada Harriet Butler, que tomou conhecimento do poema através dos filhos de More e o levou ao editor do Jornal Troy Sentinel, em Nova Iorque, publicando-o no Natal de 1823, sem fazer referência ao seu autor. Só em 1844 é que Clement C. More reclamou a autoria desse poema.
Hoje em dia, na época do Natal, é costume as crianças, de vários pontos do mundo, escreverem uma carta ao S. Nicolau, agora conhecido como Papai Noel, onde registam as suas prendas preferidas. Nesta época, também se decora a árvore de Natal e se enfeita a casa com outras decorações natalícias. Também são enviados postais desejando Boas Festas aos amigos e familiares.
Atualmente, Há quem atribuía à época de Natal um significado meramente consumista. Outros, vêem o Papai Noel como o espírito da bondade, da oferta. Os cristãos associam-no à lenda do antigo santo, representando a generosidade para com o outro.
Quando a Casa Não nos Cabe
Existem momentos em que a casa torna-se opressiva demais. Pode acontecer pouco antes de fases de transformações em nossas vidas. Parece que algo nos diz que alguma coisa está para acontecer, e vamos ficando ansiosos, pois não sabemos se é bom ou ruim. Andamos pela casa, e parece que ela nos sufoca. As paredes parecem ter encolhido e se curvado em nossa direção. Tudo fica menor, mais abafado e opressivo.
O remédio, nessas horas difíceis, é abrir todas as portas e janelas, e fazer uma boa limpeza física: juntar baldes, panos, vassouras, aspirador de pó. Depois de limpar tudo bem limpinho, passar na casa (ou borrifar) uma mistura de água, onde foi fervido louro e acrescentada uma porção de sal grosso e um limão cortado em quatro. Passar / borrifar a mistura em todos os cômodos, visualizando uma limpeza espiritual. Enquanto isso, fazer sua oração preferida. No final, acender um incenso ou queimar um bulbo de cebola, se você tiver uma lareira.
Lembro-me de que antes de mudar-me de casa, sempre sinto uma coisa estranha, mesmo antes da ideia de mudança ser sequer pronunciada em voz alta. Quando morei na minha última casa, coisa de alguns meses antes de pensarmos em mudança, eu andava pelos cômodos e não me sentia neles. Era como se a casa não fosse minha. Havia no ar um cheiro de despedida e melancolia. Logo, meu marido e eu nos interessamos pelo terreno desta casa onde hoje moramos e o compramos, reformamos e nos mudamos algum tempo depois.
Mas às vezes, a opressão que sentimos dentro de uma casa pode ser devido a alguma energia ruim acumulada, que nós trouxemos de algum lugar (ou alguém trouxe). Pode ser um pensamento ruim que de longe nos enviaram. Podem ser os resquícios da atmosfera pesada desencadeada por algum acontecimento ruim em uma casa próxima, do qual nem temos conhecimento. É aí que a limpeza espiritual funciona. De qualquer forma, pensamento limpo sempre abre caminhos.
Quando as coisas emperram, é hora de parar, olhar em volta, sentir as energias. De repente, nossos planos começam a 'dar para trás.' Aparecem obstáculos inesperados em tudo. Ooops... ora de parar, repensar caminhos e limpar tudo!
Assim, quando a casa não nos cabe, abramos nossas portas e janelas, façamos uma limpeza, e quem sabe, lá no jardim, sob o céu e as estrelas, possamos reencontrar a paz que nos falta?
Dar uma volta a pé, sair um pouco, fazer umas comprinhas, ir a um salão de beleza, também ajudam. Acredito que muitas vezes, quando a paz nos falta, a aflição transmite-se de nós para o ambiente em que estamos. Também pode ser isso. Para reequilibrarmos a energia da casa, precisamos começar por nós mesmos. Limpezas astrais funcionarão por pouco tempo, se não olharmos para dentro de nós mesmos.
Dedicação
DEDICAÇÃO
Eu pendurei minhas estrelas no teu céu
E espalhei minhas pegadas no teu chão
Te entreguei todo o meu ouro, meu tesouro
Mas só colhi desdouro...
Eu hoje morro, mas eu morro devagar
Qual passarinho que o vento derrubou
E que olha o céu, na esperança de voar
Mas as asas quebraram.
E me sobraram, qual vingança, os meus poemas,
Onde moravas, quando contigo habitei
Porém, rasguei cada palavra, cada verso,
E os pedaços, eu queimei.
Mas me enganei, pois eu te vejo em cada dor,
Em cada estrela que despenca em meu caminho,
E em cada flor, em cada espinho, eu te percebo
- Ah, meu Deus, como eu te amei!
sábado, 30 de novembro de 2013
Fotos de Família
Fotografias de antigas fotos de família
A "Italianada" - família por parte de mãe |
Meu pai no exército |
Mãe e Pai |
Avô Rogério/Rezier - ele tinha dois nomes: um da Itália e outro do Brasil. Filho de Gênova e Heitor. |
Bisavós Heitor e Gênova |
Avó - Vicência, mãe de minha mãe; morreu quando minha mãe tinha 4 anos. Não era casada com meu avô, e por isso, naquela época, minha mãe sofreu por carregar o rótulo de "filha ilegítima." |
Avô Heitor (parte de pai). Não cheguei a conhecê-lo, apenas as minhas irmãs mais velhas. |
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
LAVA
A lava escorria pela encosta da montanha,
Quente, crepitante, de fogo e de lama,
Lânguida descia, queimando no caminho
-Tudo o que tocava: flores, relva, ninhos...
A lava sem perdão buscava redenção,
Nascida do vômito daquela montanha...
Que sem piedade, sem qualquer vergonha,
Eruptava enxofre, lama e peçonha!
Mas a mãe natureza aguardava tranquila
Pois tinha a ciência de quem jamais medra...
Sabia que a lava fogosa nas trilhas
Ao frio da manhã, transformava-se em pedra.
E as flores rebrotavam, a relva crescia,
Voltavam os pássaros, cantos, e ninhos...
A paz renascia, e por sobre a fria pedra
Abriam-se fortes e novos caminhos.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
O que Não Tem Preço
Há alguns minutos, eu me enxugava do banho quando a campainha tocou. Acabei de me vestir correndo, e ainda de chinelos de pompom, abri à porta a uma senhora que identificou-se como mãe de meu ex-aluno Augusto, que deixou o curso esta semana porque encontrou um emprego.
Ela me abraçou chorando, entregando-me estas lindas orquídeas da foto e me agradeceu pelo que fiz pelo filho dela. Não acho que eu tenha feito muito, embora eu sempre faça meu trabalho com carinho, visando sempre o melhor para meus alunos. A recompensa que recebi não tem preço. Está em algo além desta linda flor.
Eu é quem agradeço a você, e a todos os meus alunos!
HELEN KELLER
Frases e pensamentos de Helen Keller
"A ciência poderá ter encontrado a cura para a maioria dos males, mas não achou ainda remédio para o pior de todos: a apatia dos seres humanos."
"Nunca se pode concordar em rastejar, quando se sente ímpeto de voar."
"Quando uma porta da felicidade se fecha, outra se abre, mas costumamos ficar olhando tanto tempo para a que se fechou que não vemos a que se abriu."
"As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas nem tocadas, mas o coração as sente."
"Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto se expor ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada."
"Muitas pessoas têm a ideia errada do que constitui a felicidade verdadeira. Ela não é alcançada através da auto-satisfação, mas através da fidelidade a um propósito digno."
"Tudo o que amamos profundamente converte-se em parte de nós mesmos."
Nascida no Alabama ela provou que deficiências sensoriais não impedem a obtenção do sucesso. Helen Keller ficou cega e surda, desde tenra idade, devido a uma doença diagnosticada na época como "febre cerebral" (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina). Ela sentia as ondulações dos pássaros através dos cascos e galhos das árvores de algum parque por onde ela passeava.
Tornou-se uma célebre escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiência. Anne Sullivan foi sua professora, companheira e protetora. A história do encontro entre as duas é contada na peça The Miracle Worker, de William Gibson, que virou o filme O Milagre de Anne Sullivan, em 1962, dirigido por Arthur Penn (em Portugal, O Milagre de Helen Keller)...
Vida.
Em 1904 graduou-se em bacharel em filosofia pelo Radcliff Clollege, instituição que a agraciou com o prêmio Destaque a Aluno, no aniversário de cinquenta anos de sua formatura.
Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de diversas instituições, como a universidade de Harvard e universidades da Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul.. Em 1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França Foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no Brasil, com a do Tesouro Sagrado, no Japão, dentre outras.
Foi membro honorário de várias sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco continentes.
Em 1902 estreou na literatura publicando sua autobiografia A História da Minha Vida. Depois iniciou a carreira no jornalismo, escrevendo artigos no Ladies Home Journal. A partir de então não parou de escrever.
Socialista1 , era filiada ao Partido Socialista da América (SPA), onde desenvolveu uma intensa luta pelo sufrágio universal, ou seja, pelo direito a voto às mulheres, negros, pobres etc. Em 1912 se filiou à Industrial Workers of the World (IWW ou"os Wobblies"), passando a defender um sindicalismo revolucionário. - fonte: Wikipedia.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Algumas Coisas
Algumas coisas nos entram pelos ouvidos,
Fazendo volteios pelos caminhos curvos
Do pensamento.
Os sentidos vão, aos poucos, se criando,
Se mostrando, em gritos sustenidos
Sustentados gritos em elevação.
Outras coisas, nos entram pelos olhos,
Causam-nos escândalo, ferem as pupilas,
Arranham as meninas.
Estas coisas ficam nas retinas,
Impedem o sono nas noites escuras,
Seguram, nas unhas, o amanhecer.
Ah, mas tudo isto faz parte, tudo é viver!
E é melhor senti-las a não ter sentidos,
E a dor sempre virá amarrada ao prazer,
Pois isto é viver, sim, isto é viver!...
COISAS DE QUINTAL
Quintal ou jardim: qual a diferença? Segundo o dicionário:
Quintal – pequena quinta; pequeno terreno com horta, junto a uma casa; pomar.
Jardim: local onde se cultivam flores; terreno onde se cultivam plantas para recreio ou estudo.
Bem, para mim, um quintal é um pequeno jardim. Tem aquele cantinho com os vasos de plantas. Tem uma vassoura velha encostada em um canto de parede. Tem um pedacinho de grama, ou um chão cimentado bem varridinho. Com certeza, formigas, joaninhas, passarinhos e o som do rádio do vizinho.
Pode ser que haja um varal, onde a roupa limpa da casa balance contente ao sol, ao sabor do vento.
Quando eu era pequena, no nosso quintal tinha uma pequena churrasqueira improvisada, feita por meu pai com tijolos e chapas de ferro , em volta da qual a família se reunia aos domingos. Ah, e tinha cães e gatos! Que graça teria, se não fossem eles?
No chão de terra batida, as linhas da amarelinha riscada por mim e por minha irmã, e também as marcações para o jogo de bolinhas de gude. Tinha canteiros com dálias, margaridas e bocas-de-leão debaixo das janelas da frente da casa. Em uma pequenina gruta, na lateral do terreno, colocamos uma miniatura de Nossa Senhora. Gostávamos de por flores para ela, e acendíamos velas.
Ficava no quintal a ‘oficina’ de meu pai, um barracão de zinco onde ele fazia suas grades e portões de ferro. Eu adorava ficar lá quando chovia, pois o barulho da chuva batendo nas folhas de zinco era tudo de bom! Mas sob o calor do verão, era insuportável... quando meu pai não estava usando a oficina, eu fazia dela a minha casa de bonecas.
No nosso quintal tinha uma coisa que eu amava, e até hoje, quando eu vejo um, se possível, penduro-me nele: um balanço, feito por meu pai.
Era no quintal que nos reuníamos para comer frutas – mangas, laranjas, melancias, jabuticabas, tangerinas, ameixas e uvas – e fazíamos a maior sujeira: cascas e caroços por todo lado! E nós, lambuzados.
Eu gostava de chegar da escola, mudar de roupa e ir sentar no chão do quintal, calçando meus chinelos de borracha. Jogava vôlei com a parede, pulava corda, andava em meu velocípede, e quando já estava mocinha, colocava o biquine e estendia uma toalha no chão para tomar sol e ficar ‘morena.’
É tão bom ter um quintal! Para mim, ele é o lugar para onde estendo minhas raízes, ou elas ficariam emaranhadas e atrofiadas no vaso-casa.
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