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quarta-feira, 30 de maio de 2018

Sobre as Filas

Assim estão sendo vistos os que ficam nas filas por combustível ou comida. Isso é justo?


Tenho lido vários posts de pessoas criticando aqueles que estão ficando nas filas em busca de combustível ou comida. Alegam que desse jeito, os caminhoneiros não conseguirão mudar a situação do país. Acho este pensamento bastante ingênuo, visto que o objetivo deles não é mudar a situação do país, e sim a sua própria situação.

Não quero dizer com isso que a greve deles não seja válida. Estão lutando pelos seus objetivos. Mas também creio que lutar por seus objetivos é algo bom, até o momento em que se começa a prejudicar pessoas inocentes por causa disso. Paralisar um país inteiro durante tanto tempo, quando a economia está agonizante, as portas do comércio e das indústrias estão se fechando e muitos estão sem trabalho, é egoísmo. Fizeram suas reivindicações, algumas foram atendidas, outras não. Que descontinuem a paralisação, pelo menos até que as pessoas tenham tempo de respirar!

Não acho que temos o direito de julgar quem está nas filas nos postos de gasolina; muitos precisam de combustível para ir ao trabalho! Empregos não são fáceis de se conseguir por aqui, e arriscar-se a perder o seu a fim de colaborar com causas de outras pessoas, é no mínimo, burrice. Alguém aí já viu algum caminhoneiro ser solidário à greve dos professores ou dos metalúrgicos? Não, certo? Claro, a causa não era deles.

E como criticar aqueles que passam horas nas filas em busca de comida para alimentar suas famílias? Muitos têm crianças em casa, idosos ou pessoas em convalescença, que precisam comer. E mesmo que este não seja o caso, passar fome pela causa alheia não é uma opção muito inteligente.

Também vi comparações entre o povo do Japão, que após o tsunami, limitou suas compras para que houvesse o suficiente para todos, e o povo brasileiro; nossa cultura não é esta. Aqui, infelizmente, vivemos em uma selva, e é cada um por si. Se eu ceder a minha vez, ao invés de fazerem o mesmo, vão me jogar para fora da fila e pisar na minha cabeça. Não concordo com isso; gostaria que fosse diferente, mas é assim que é.

Acho que não dá para viver sonhando que estamos em Shangri Lá. Nós estamos no Brasil. Nosso contexto é lutar diariamente pela nossa sobrevivência. Ainda temos muito o que aprender a respeito de política, solidariedade, respeito e empatia.

Assistindo a um vídeo da TED recentemente, o palestrante Dylan Thomas diz uma frase muito interessante: empatia não é o mesmo que concordar. Que saibamos ser mais empáticos, mesmo com quem age ou pensa diferentemente daquilo que julgamos certo, mesmo que não concordemos com eles, pois cada um tem seus motivos.

Quem fica na fila por gasolina, teme ficar sem combustível em um momento de necessidade; quem fica na fila da comida e até paga mais caro por ela, tem medo de passar fome, ou de deixar sua família passar fome.

Os caminhoneiros não estão nem um pouco preocupados com isso.





quinta-feira, 24 de maio de 2018

La-La-Land - E Sobre Felicidade

















Finalmente, assisti ao filme La-La-Land. Queria vê-lo há muito tempo, e cheguei a gravá-lo pela Sky, mas sempre aparecia um outro filme que eu também queria ver, e eu acabava deixando-o para depois. É um filme sobre correr atrás dos sonhos, e sobre ser feliz. É um filme sobre o amor.

A gente pensa que uma coisa vai acontecer, e outra bem diferente acaba acontecendo - tanto no filme quanto na vida real da gente. Mas o filme me deixou uma mensagem muito bonita: A de que nem sempre podemos ser felizes da maneira que queremos, mas sempre podemos ser felizes da maneira que podemos.





As Folhas Soltas







As folhas soltas, caindo
Dos galhos do velho cedro
De repente, me fizeram
Lembrar de algumas cenas
De um tempo já caído,
De outras folhas caídas
Que um dia, foram verdes.

E tudo era bem mais simples,
E tudo era verdadeiro
Nos tempos daquelas folhas...
E nós nem sequer sabíamos,
Ou supúnhamos saber
Dos ventos que soprariam
Arrancando as folhas verdes
Dos galhos não ressequidos...

As folhas soltas, que voam,
Aterrissam no gramado
Por onde andaram, um dia,
Os passos do meu passado.

Pegadas há muito idas,
E já desaparecidas,
De repente, tomam forma,
Redesenham-se no chão.

Mas os donos de tais passos
Permanecem sempre ausentes...
Caminham outros espaços.
-Talvez nem sequer se lembrem
Desse chão por onde andaram...






segunda-feira, 21 de maio de 2018

Em Casa







Sinto prazer em estar em casa... gosto de cuidar de tudo, andar pelo jardim, aproveitar o sol. Gosto de ir lá para fora olhar minhas plantinhas e brincar com meus cães. Meus melhores momentos, eu passo dentro da minha casa. 

Domingo fez um dia lindo, do jeito que eu gosto: quase frio, ensolarado (o sol não esquenta demais, e sim aquece na temperatura certa). Havia uma luz bonita sobre as coisas, passando mais rente à copa das árvores da mata em frente, pois a Terra já se inclina em direção ao inverno. Era uma luz diferente, clara, mas que não feria os olhos, e deixava o céu ainda mais azul. Amo esta época do ano!

Deixei as janelas bem abertas o dia todo, e no final da tarde, fechei-as para conservar o calor do sol dentro de casa por mais tempo. Passarinhos nas árvores, se alimentando das frutas que colocamos nos comedouros. Colibris tomando sua água doce e pousando nos galhinhos mais finos. Os cães dentro da casinha, dormindo placidamente sobre seus cobertores. 

Hora de comer alguma coisa - café com bolo de fubá. E depois, ver um filme. Assisti ao filme abaixo - é muito, muito bom! Conta a história de uma curandeira em uma aldeia no México, sob o ponto de vista de seu pequeno neto. É uma história sobre crescer, e sobre enfrentar preconceitos. Valeu a pena!

Aliás, o dia todo valeu à pena, em companhia de minha cara-metade, deitados sobre a pedra do jardim, absorvendo alguns raios de sol.



Espero que vocês possam ter um tempinho para assistir ao filme. Tenham uma ótima semana!





quarta-feira, 16 de maio de 2018

ROMANTISMO







Você chegou e me trouxe a lua
Da rua
Nas cordas do violão.
Trouxe também um milhão de estrelas
E derramou-as todas
No meu quarto, pelo chão
Dentro dos meus sapatos,
No tapete da sala,
E elas brotavam,
E elas caiam, rolando dos seus braços,
Das palmas das suas mãos.

Você pôs risos nas minhas dores,
E sonhos nas fronhas
Dos meus travesseiros.
Você encheu minha alma de cores,
E de flores,
Que plantou em meu terreiro.
Fez ondear as minhas águas
Para então deixa-las calmas
E muito mais profundas...

Você soprou um vento, que me move
Sempre para o alto, e para frente,
Acima do meu corpo e minha mente,
Lançando-me um olhar que me comove
Até hoje, uma visagem
Que transforma a sua imagem
Que mesmo sendo a mesma, é diferente.

Você chegou, e  nunca mais eu fui a mesma,
E  eu me transformo em tua gueixa
Que você ama, que você usa, e então  deixa
A sonhar à porta da minha casa,
Com o toque sutil daquela asa,
Com o som daqueles passos
E com a lua, e as estrelas,
 Que aparecem
Quando estou entre os seus braços.




terça-feira, 15 de maio de 2018

Natureza



Não existem entre as aves
Perguntas comparativas:
‘Quem voa durante a noite?
Quem voa durante o dia?

Qual o canto mais bonito:
Sabiá ou cotovia?
E a plumagem preferida?’
-Isto é sabedoria…

As aves não se comparam,
Não disputam, não se alegram
Quando um vento forte sopra
Derrubando os outros ninhos.

Também jamais se comprazem
Ou zombam dos passarinhos
Que estão presos nas gaiolas
Desejando outras viagens.

Todos os dias,as aves
(Faça sol ou faça chuva)
Cantam sempre à mesma hora,
Se entregando ao mesmo céu

À procura do sustento
Que precisam, e isso basta;
E à noite, se recolhem
Mas sem temer o relento.

Nunca houve passarinho
Que reclamasse da vida,
Ou deixasse de cantar
Devido à alguma dor.

Também nunca vi, no mundo,
Passarinho ressentido
Cruel ou competitivo
Invejoso ou sem amor.

A natureza… ela ensina
Sempre o melhor para a gente,
Mas o homem não a escuta,
E por isso, nada aprende...




Tome Uma Atitude!







Todo mundo se sente fraco uma vez ou outra. Algumas vezes, a vida nos dá tantas pernadas, que a vontade é de nos trancarmos em um quarto escuro, longe de tudo, e exercitarmos a auto piedade. Comigo também acontece. Mas o importante, é que este ataque de “pobrezinha de mim” tenha prazo de validade curto, e que se sacuda a poeira, respire fundo e siga adiante o mais rápido possível. Se não for assim, corremos o risco de nos tornamos aquela pessoa chata, que vive de cara triste ou zangada pelos cantos, e que pula no pescoço do primeiro que passa por perto a fim de desfiar seus rosários de tristezas e desgraças.

Ninguém aguenta gente assim. Ninguém quer ficar o tempo todo servindo de muro de lamentações ou saco de pancadas!

Vejo nas redes sociais que há pessoas que fazem isso o tempo todo – digo, em tempo integral. Estão sempre reclamando: da vida, da inflação, dos políticos, das pessoas da família, enfim, nada mais fazem, a não ser reclamar e exercer a auto piedade. A energia destas pessoas é pesada e escura. Se ficamos perto delas durante muito tempo – mesmo que seja virtualmente perto – começamos a nos sentir desanimados, irritados, cansados. 

O que será que você passa sobre si mesmo, ao exercer compulsivamente o coitadismo online ou off-line? Você dá a impressão de ser uma pessoa amarga, fraca, negativa. Você dá a entender que não sabe lutar pelas coisas que deseja, e que vive ressentida, sentindo pena de si mesma e com raiva dos outros. Você se coloca como vítima das circunstâncias, e não como uma pessoa madura e responsável que escolhe o próprio caminho. Ou seja: você passa sobre si mesmo uma péssima imagem. Não que eu ache importante agir de forma a impressionar os outros, mas será que é isso mesmo que você pensa sobre si próprio? Você quer mesmo ser aquela pessoa chata, apagada, negativa e ranzinza? Ou será que você quer ser uma pessoa forte, feliz, alegre e positiva – não para os outros, mas para si mesmo?

Se você tem vontade de melhorar, acho que a primeira coisa a ser feita é parar de reclamar e de sentir pena de si mesmo. Comece a olhar em volta e encontrar motivos para ser grato: seja grato pela sua casa, pelo seu trabalho, por acordar todos os dias e ter comida na mesa, pela sua saúde, pela sua família, pelo seu bichinho de estimação, pela natureza... há tantas coisas pelas quais podemos ser gratos! 

A segunda coisa, é parar de culpar os outros pela sua infelicidade. Não é a sua mãe, ou o colega de trabalho, o marido traidor ou o irmão aproveitador. É você! O problema é você. E mesmo que tais pessoas tenham influência negativa em sua vida, é porque você deixa, e não se afasta delas. E afastar-se não quer dizer virar as costas, deixar de falar e nunca mais ver, mas criar um limite, determinar uma barreira até aonde estas pessoas podem ir antes de ferirem você. É valorizar mais a si mesmo ao invés de tentar ter valor para quem não o valoriza. 

A terceira coisa, é mudar o foco: totalmente. Pensar em coisas boas que você quer que aconteça, ao invés de ficar enumerando tudo de ruim que já aconteceu. O passado é como uma bagagem pesada e cheia de lixo, que você cisma em arrastar pela vida tornando seu caminhar lento, pesado, difícil e proporcionando-lhe uma tremenda dor nas costas. Livre-se dele.





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