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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Um Aviador Irlandês - poema de William Butler Yeats (traduzido)






An Irish Airman Foresees His Death
(Um aviador Irlandês Prevê Sua Morte)





I know that I shall meet my fate
(Sei que devo encontrar meu destino)

Somewhere among the clouds above;
(Em algum lugar, nas nuvens la´em cima)

Those that I fight I do not hate,
(Aqueles contra com quem luto, eu não odeio)

Those that I guard I do not love;
(Aqueles a quem eu protejo, eu não amo)

My country is Kiltartan Cross,
(Meu país é uma cruz  de Kiltarton)*

My countrymen Kiltartan's poor,
(Meus conterrâneos, os pobres de Kiltarton)

No likely end could bring them loss
(Nenhum fim provável poderia trazer-lhes perda)

Or leave them happier than before.
(Ou deixá-los mais felizes do que antes)

Nor law, nor duty bade me fight,
(Nenhuma lei, nenhum dever  mandou-me lutar)

Nor public men, nor cheering crowds,
(Nenhuma pessoa pública, nem os aplausos da multidão)

A lonely impulse of delight
(Um solitário impulso de satisfação)

Drove to this tumult in the clouds;
(levou-me a este tumulto nas nuvens)

I balanced all, brought all to mind,
(Eu ponderei sobre tudo, trouxe tudo à mente)

The years to come seemed waste of breath,
(Os anos vindouros pareciam um desperdício de fôlego)

A waste of breath the years behind
(Um desperdício de fôlego, os anos passados)

In balance with this life, this death.
(Em equilíbrio com esta vida, esta morte)


*Kiltartan é um baronato em County Galway, Irlanda




William Butler Yeats








A BAD DREAM - KEANE

(Um sonho ruim)


Why do I have to fly
(Por que eu tenho que voar)
over every town up and down the line?
(sobre cada cidade, acima e abaixo da linha do horizonte?)
I'll die in the clouds above
(Morrerei nas nuvens lá em cima)
and you that I defend, I do not love.
(E você, a quem defendo, eu não amo)

I wake up, it's a bad dream,
(Eu acordo, é um sonho ruim)
No one on my side,
(ninguém ao meu lado)
I was fighting
(eu estava lutando)
But I just feel too tired
(mas eu simplesmente me sinto cansado demais)
to be fighting,
(para estar lutando)
guess I'm not the fighting kind.
(acho que não sou do tipo que luta)

Where will I meet my fate?
(Onde encontrarei meu destino?)
Baby I'm a man, I was born to hate.
(Meu bem eu sou um homem, nasci para odiar)
And when will I meet my end?
(Quando encontrarei meu fim?)
In a better time you could be my friend.
(Em tempos melhores, você poderia ser meu amigo)

[chorus]
I wake up, it's a bad dream,
(Acordo, é um pesadelo)
No one on my side,
(ninguém ao meu lado)
I was fighting
(eu estava lutando)
But I just feel too tired
(Mas eu simplesmente me sinto cansado demais)
to be fighting,
(para estar lutando)
guess I'm not the fighting kind.
(acho que não sou do tipo que luta)
Wouldn't mind it
(não me importaria)
if you were by my side
(Se você estivesse do meu lado)
But you're long gone,
(mas você se foi há muito tempo)
yeah you're long gone now.
(sim, você se foi há muito tempo agora)

Where do we go?
(Aonde vamos?)
I don't even know,
(Eu nem sequer conheço)
My strange old face,
(Minha estranha velha face)
And I'm thinking about those days,
(E estou pensando sobre aqueles dias)
And I'm thinking about those days.

I wake up, it's a bad dream,
No one on my side,
I was fighting
But I just feel too tired
to be fighting,
guess I'm not the fighting kind.
Wouldn't mind it
if you were by my side
But you're long gone,
yeah you're long gone now.




Ladram Os Cães... - um poema meu






"Ladram os cães, e a carruagem passa..."
E assim segue a vida, e suas desgraças
Indiferentemente ao sol que brilha
Por sobre a trilha em que ela segue só...

Passa a carruagem, ficam as marcas,
Ecos de latidos desmancham-se em pó
E palavras ditas caem pela estrada
E em pouco tempo, tornam-se nada...

Desmancha-se a flor antes do nascer
Num desabrochar contrário à vida
Esmagadas ao peso das tais rodas...

Passa a carruagem, como passamos,
Rompem-se as cordas que seguram os anos
Transforma-se o verbo  no sal das feridas...


"Não existe vitória em uma guerra injusta. E toda guerra é injusta."






Visita à Janela





Visita à Janela


As leves cortinas de voil
Balançavam ao vento,
Hipnoticamente.

Trouxeram à tona, lembranças
Nas barras das saias,
E um passado velado.

A paisagem da janela
Modificou-se,
Ganhando um tom sépia
Enquanto lá fora,
Crianças brincavam.

Eu era uma delas.

Jogamos bola,
Fizemos roda,
Brincamos de cantar...

A tarde morreu,
A noite avançou...

Balançou a cortina,
Quebrando o encanto.

Sobre Quem Não Nos Aprecia







A vida real é bem menos complicada do que a vida que inventamos através da nossa imaginação e supervalorização daquilo que aqueles que não nos apreciam cismam em afirmar a nosso respeito.




 

ORIGEM



Pousei minha mão sobre a tua,
Teus olhos, para sempre fechados...
Minha origem, meu caminho,
Que um dia fora traçado...

E o que não foi dito, ficou
Para sempre, em teus lábios cerrados!

Minhas pontas ficam soltas
Pois o cordão foi cortado...

Há uma certa liberdade
No adeus que está marcado,
Mas virou pesar o peso
Que eu havia carregado!

Todo o medo, toda a dor
De repente, libertados!
Percebemos que houve amor
E tudo será perdoado...



Dignidade




A morte nos dignifica,
De alguma forma.
Tornamo-nos ausentes
E as pessoas tendem a lembrar-se
E sentir saudades.

Às vezes,
Elas passam a finalmente
Compreender-nos,
Pois nos escutam
Pela primeira vez
Através do nosso silêncio.

E até mesmo aquilo
Que mais odiavam em nós,
Torna-se apenas
Um traço de personalidade.

Existe, sim,
Na morte, a dignidade
Que às vezes, nos eterniza
E que noutras, nos confere
Um honroso esquecimento...

De repente, somos heróis,
Sábios, anjos, quase deuses!...

Escrevem nas nossas lápides
O que nunca nos disseram:
"Aqui jaz... saudoso... amado..."
E quase , mas quase tudo,
De repente, é perdoado!

Passamos a existir
Somente em fotografias
E velhos filmes de família,
Onde o melhor é mostrado.

Quem sabe,
Nos escrevam um poema?
-Quem sabe...

Mas há na morte
Uma incrível dignidade!






terça-feira, 3 de setembro de 2013

Maturidade - O que ela Ensina?





Estive pensando, e contando os anos... na noite passada, antes de dormir, abri a gavetinha da mesa de cabeceira e deparei com uma velha fotografia de quando eu tinha dezoito anos e trabalhava em uma loja. Lá, eu apareço com a cabeça apoiada na mão, sorrindo, o cabelo cortado no estilo 'Blitz' (grupo famoso nos anos oitenta) e a juventude saltando pelos poros. Naquela época, eu não tinha ideia do quanto minha vida se transformaria. Nem sequer desconfiava que muitos dos sonhos que eu considerava impossíveis, tornar-se-iam realidade, e que alguns deles, ao invés de sonhos felizes, mostrar-se-iam um tremendo pesadelo.

Antes de dormir, recordei vários fatos de minha vida; alguns que na época considerei importantes, mas que depois, revelaram-se os de menor impacto em minha vida, e outros, que negligenciei, mas aos quais deveria ter prestado mais atenção. Mas recordei-os sem arrependimentos, sabendo que tudo faz parte do aprendizado: o que acertamos e o que erramos, principalmente.

Eu costumava preocupar-me demasiadamente com o que os outros estavam pensando de mim, e ser aceita era a coisa mais importante do mundo, e para isso, eu estava disposta a esquecer minhas próprias convicções. Meu objetivo era encontrar um lugar entre os humanos, nem que para isso eu tivesse que matar o que havia de mais humano em mim, e aceitar humilhações como se fossem elogios: "Veja, estão me notando!" Tomava como exemplo de sabedoria pessoas egoístas, que só pensavam em si mesmas e no quanto poderiam tirar vantagem dos outros. Embora eu jamais tenha me tornado como elas - acho que, instintivamente, eu sabia que aquilo não era o certo - eu me cercava destas pessoas e as chamava de amigos.

Passei grande parte de minha adolescência e juventude pensando que eu não era interessante, inteligente ou bonita; nem sequer me importava em expressar o que eu pensava, simplesmente porque eu tinha certeza absoluta que ninguém estaria interessado em ouvir (e não é que eu estava certa?).

Mas o tempo passou, e  eu amadureci.

E o que significa, para mim, amadurecer? Bem, pode significar muitas coisas... mas a mais importante de todas, é descobrir que quem define o meu lugar na vida, sou eu, e não os outros. Não fico mais horas me torturando quando alguém chega para mim, e sem conhecimento de causa afirma: "Você é isto, e isto e mais aquilo." Porque hoje, mesmo nos momentos em que eu não tenho muita certeza  sobre quem eu sou, tenho certeza sobre o que eu NÃO sou! E que as pessoas sempre terão opiniões sobre todos e sobre tudo, mas que opiniões são apenas opiniões...

Hoje, não sinto mais a menor necessidade de 'ser aceita' ou estar em algum grupo, 'rodeada de amigos.' As horas mais felizes do dia, são aquelas em que passo sozinha - rezando, lendo, escrevendo, cuidando de minha casa, curtindo meu jardim e  a natureza, brincando com meu cão, passeando na rua, assistindo a um bom filme, fazendo minhas contribuições (mesmo que pequenas) para o mundo e para as causas nas quais acredito.

Sentir-me excluída de algum grupo significa apenas uma coisa: não era para eu estar ali. Aquelas pessoas não são importantes para mim, e não sou importante para elas. Só isso. Que sejam felizes à sua maneira, pois eu não preciso delas, e nem elas de mim. E não há melancolia alguma nesta descoberta; apenas alívio! Alívio de saber que às vezes, o que a vida escolhe para mim pode ser a melhor coisa. Alívio de poder confiar, quando os caminhos se fecham em alguma direção... e ao invés de insistir, como eu desesperadamente fazia, respirar fundo e seguir por outro lado, e ver outras portas se abrindo para mim; portas bem melhores.

Maturidade é saber que eu sou quem eu sou, e gosto de mim assim. Se alguém mais gostar, muito bem. Senão, que se dane.

Maturidade é sentir-me confortável dentro da pessoa que eu olho no espelho todos os dias, saber de onde ela veio e não sentir nenhuma vergonha ou sentimento de inadequação por isso, e saber que sou honesta, nada tenho a esconder, nunca desejei o mal de ninguém, não uso de artifícios para 'ser aceita' seja em que grupo for. É encontrar novos caminhos, dar a volta quando uma porta se fecha, sem lamentações, e descobrir que foi melhor assim. Por que tortura-me? Por que insistir em relacionamentos que tornaram-se desnecessários, ou que fazem com que eu me sinta desconfortável? Por que desejar estar entre pessoas que sinceramente não me apreciam, e nem se importam com o fato de eu estar feliz ou não?

Para alguns, o que mais importa é tomar, tomar, tomar... sem jamais parar para pensar ou agradecer pelo que a vida e as outras pessoas lhes proporcionaram, e a partir do momento em que escutam um 'Hoje eu não posso" ou "Sinto muito, mas não...", passam, imediatamente, a nos odiar e falar mal de nós. Por que insistir em relacionar-me com pessoas assim?

Acho que, entre outras coisas, o que a maturidade traz, é leveza. É uma vontade de respirar fundo e sentir o ar limpo e leve. É uma mania de olhar para o passado e ver o quanto ele foi importante, mas que ele não me define completamente; o que me define, hoje, são as escolhas que eu faço, as decisões que eu tomo, as coisas e pessoas que eu amo e me amam de verdade. É olhar para frente com confiança e não sentir nenhuma ansiedade em relação à vida ou à morte, sabendo que no fim, tudo se acerta.

E como deixe em comentário a um texto de Marilene: A vida real é bem menos complicada do que a vida que inventamos através da nossa imaginação e supervalorização daquilo que aqueles que não nos apreciam cismam em afirmar a nosso respeito.



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