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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Não Gosto de Animais!




Não gosta de animais? Mas por que?

Algumas pessoas sentem-se desconfortáveis na presença de animais, talvez por medo - devido a alguma experiência passada - ou por não estarem acostumadas a eles. Eu, por exemplo, não me sinto nada confortável diante de aranhas, mas acho que meu medo é justificável. A maioria das pessoas não gosta de aranhas, baratas, percevejos, cobras... se bem que as cobras não me assustam, e não as mato quando aparecem por aqui: devolvo-as ao seu habitat natural, na medida do possível.

Mas acho que existe um problema quando alguém diz que simplesmente odeia animais! Talvez seja um problema afetivo. Eu sei, pois eu não costumava gostar muito de cães quando era adolescente, embora não os odiasse; achava-os dependentes demais, e era exatamente como eu me sentia em relação aos adultos, já que tinha pouca autoconfiança. Talvez os cães fossem uma espécie de espelho de mim mesma: sempre dependente, sempre procurando por afeição e aprovação. Depois que resolvi este meu problema, passei a amar os cães.




Mas o problema é maior ainda, quando, além de não gostar de animais, as pessoas passam a maltratá-los ou fazer tudo para que eles jamais estejam presentes onde elas estão. Incomodam-se até mesmo com o canto de pássaros ou com borboletas. Não se sentem à vontade em ambientes onde a natureza seja abundante, onde há muitas árvores e muito verde. Não apreciam o silêncio. Acredito que pessoas assim evitam um confronto consigo mesmas, pois é isto, exatamente, o que o silêncio traz: oportunidade para pensarmos  e repensarmos  a vida, o que temos feito, nossas atitudes em relação aos outros, nossas frustrações, se somos felizes ou não. 

Os animais tem uma doçura própria, um olhar que conquista. Só mesmo quem já conviveu ou convive com eles, pode entender o que eu digo. Eles são feitos de inocência, bondade, aceitação, pureza, alegria espontânea, e tem reações naturais. São criaturas enviadas por alguém lá em cima, a fim de encantar as nossas vidas. Acho que quem não gosta de animais de jeito nenhum, deveria pensar...




Lembro-me que quando eu namorava meu marido, havia em minha casa uma ninhada de gatinhos pré-adolescentes  muito brincalhões. Meu marido vinha de uma família de pessoas que não gostavam de gatos por puro preconceito mesmo: a velha e inconcebível história do gato que ofereceu xixi a Cristo , enquanto o cachorro deu-lhe água para beber, além de outras superstições. Coisas que, quando crianças, os adultos colocam nas nossas cabeças, medos atávicos que ninguém sabe direito de onde vem, e que tornam-se normas de conduta.

Um dos gatinhos, um muito peludo de cor bege clara, adorava meu marido, e gostava de subir pelas pernas dele, indo sentar-se em seu ombro. Meu marido, apavorado,  imóvel e desconfortável, dizia: "Tira esse bicho ridículo daqui!" E eu, rindo muito, obedecia. Mas um dia eu precisei ausentar-me da sala, demorando-me um pouco, e quando eu voltei, encontrei meu marido correndo pela casa com uma bolinha de papel amarrada a um barbante, e os gatinhos correndo atrás. Uma tremenda farra! Ele não resistiu à graça dos animais. Meio-contrariado ao ser pego em flagrante, admitiu: "Humpf... até que são... engraçados!"




Se você não gosta de animais de jeito nenhum, experimente olhar nos olhos de um cão. Comece devagar, acariciando a cabeça de um gato adormecido, apreciando o canto de um passarinho que está pousado em uma árvore, ou cumprimentando o cachorro do vizinho; solte-se aos poucos, deponha o preconceito e as histórias sobre cães bravos e agressivos que lhe contaram quando você era criança. Esqueça sua avó dizendo-lhe que animais transmitem doenças, que gatos são animais traiçoeiros, que cães são sujos, que pássaros não te deixam dormir de manhã. Abra-se, de corpo e de alma para eles, e logo você verá que não consegue mais viver sem a presença deles, e que descobriu, dentro de si, um lado mais leve,  doce e lúdico que estava lá o tempo todo, só que você não queria trazê-lo à tona - pois a ternura sempre dá a impressão de sermos mais vulneráveis.




Sabedoria Árabe - Parte I





"Não há religião nem ciência acima da Beleza. Eu construiria uma cidade à beira do mar, e numa ilha do porto erigiria uma estátua não à Liberdade, mas à Beleza. Pois foi ao redor da Liberdade que os homens travaram suas batalhas. Por oposição, ante a face da Beleza, todos os homens estendem as mãos uns aos outros como irmãos."  -   Gibran




Autores Desconhecidos

O Fazendeiro e a Mulher do Jardineiro

Contam que um fazendeiro em Bassora, visitando suas terras, foi tomado de súbita paixão pela bela mulher de seu jardineiro. Enviou o marido numa missão improvisada e mandou a mulher fechar as portas.
A mulher saiu um momento, depois voltou e disse: "Fechei todas as portas, exceto uma, que não posso fechar."
"Que porta é essa", perguntou o fazendeiro.
]A mulher respondeu: "É a porta que está entre nós e Deus."
O fazendeiro se arrependeu e pediu desculpas - (Autor desconhecido)




"A prosperidade cria os amigos. O infortúnio os prova."



"O lobo tentava subir uma ladeira. Estava tão esfomeado que não conseguia galgá-la. Os espectadores diziam: "O glutão! Comeu tanto que não pode mais andar!"

"Dai ao tolo mil inteligências, e ele não quererá senão a sua."

"Antes censurar abertamente do que odiar em silêncio."


"O campo das respostas evasivas é bastante amplo para que não sejas obrigado a recorrer à mentira."

"Não sejas doce demais: os outros te comerão. Não sejas amargo demais: eles te vomitarão."

"O cego evita a fossa onde o vidente tropeça.""Se um queixoso vem dizer-te que perdeu um olho na briga, não te apresses a julgar a seu favor antes de ver o seu adversário: este pode ter perdido os dois olhos."


"Se teu interlocutor te fala mal dos ausentes, falará mal de ti quando te ausentares."

"Infeliz do homem que tem os olhos fitos em dois caminhos."


"Quando Deus quer castigar um ser, endurece seu coração."

"Um invejoso chegou um dia à cova de Ibliss (o diabo) e disse-lhe:
-Rei das potências malignas! Venho pedir-te um favor. Tenho um primo, dono de uma grande fortuna, a quem devo tudo quanto possuo. Por isso, odeio-o e desejo-lhe toda a ruína. Quererás fazer com que ele perca todos os seus bens, embora eu também perca assim a pensão que ele estabeleceu para mim?
Voltou Ibliss para seus agentes infernais e falou-lhes assim:
-Se entre vós, há alguém mais malvado do que esse homem, que saia em seu socorro.
Nenhum se moveu do lugar.












domingo, 3 de fevereiro de 2013

A Passagem





Era um estreito e misterioso caminho,
Seguia por fora das estradas regulares
Por dentro de uma densa floresta,
Longe, bem longe dos mares.
Era um caminho ignoto,
Sob copas frondosas que tapavam o sol,
Sem placas, sinais, indicações,
Sem qualquer promessa, sem intenções.
Segui-o; passos pequenos, sempre em frente,
Tive quedas, perdi-me, tive medos,
Mas estou quase lá; sou quase gente!


*

Eu Sou o Mundo




Vi a gota cair piedosa do ar,
Cair pequenina sobre o chão sedento,
Para depois ser rio turbulento
Indo morrer nas convulsões do mar.
Mas ficou tão saudosa a terra viúva,
Ardendo em sede, suspirando em mágoa,
Que o mar lhe devolveu a gota d'água
Feita de novo em lágrima de chuva.
Assim se impõe uma vontade ignota:
O rio rugidor nasce da gota,
Para que nasça o mar de seus caudais,
E do mar nascem nuvens inconstantes
Que caem de novo, em gotas fecundantes
Em efêmeras gotas imortais.




Eu vi a flor vaidosa e a brisa amena
Bebendo o orvalho da manhã serena,
Num idílio sem fim de brisa e flor.
Mas soprou o tufão depois da aragem
Despetalando a rosa na passagem,
Esmagando-a um sopro arrasador.
Porém a terra,  a mãe que nunca enjeita,
Colhe no seio a triste flor desfeita
E clama pelas águas da amplidão.
Assim renasce a flor, para que um dia
Novamente a sacuda a ventania,
Lançando as suas pétalas no chão.
Alegria que nasce de um pavor!
Visão de paz que nasce de uma guerra!
Quando ventou, a flor desfez-se em terra,
Quando choveu, a terra fez-se em flor!



Vi homens juntos a um berço de criança!
Um murmurava, debulhando um terço,
Outro sorria, cheio de esperança,
-Eram crianças que não tinham berço!
Vi homens diante de uma catacumba,
Estava cada qual mais triste e absorto;
Choravam todos em redor de um morto,
E eram mortos que não tinham tumba!
Quantas vezes nasceram e morreram,
Indo cegos do berço à sepultura!
Pois morreram assim como nasceram:
Na mesma e eterna incompreensão obscura!
Do Mundo para o Além se dissolveram,
Cegos a tudo o que aproxima os dois.
Portanto, não viveram nem morreram,
Porque jamais seus olhos perceberam
o mistério do Antes e Depois!




Sou gota e caio; sou torrente e corro.
Sou berço e túmulo; em mim nasço e morro.
Das minhas trevas surge o meu clarão;
Do meu hoje, o amanhã sereno e forte,
Ao nascer, ouço ecos de outra morte,
E ao morrer, ecos de outra geração.
Eu não conheço ausência nem degredo.
Se um dia, eu tiver medo, será medo
De mim mesmo, do enigma que sou.
E se eu fugir, de um pavor terrível,
Será de mim... mas como? É impossível,
Porque sou tudo, e em toda parte estou!
Eu sou o Mundo! Quando vier meu fim,
Como nasci, eu morrerei em mim!





Por Nemè Kazan, poeta libanês contemporâneo.



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Descubra o que te Mata







Descubra o que te mata
Antes que tua alma
Triste e acorrentada
Resseque, murche e caia
Qual flor, do Pé da Vida.

Toda essa dor que levas,
Toda essa eterna luta
Contra as externas trevas,
São apenas um desvio
Do verdadeiro caminho
Que tu não queres seguir.

Antes daquela curva,
Pare e pense um segundo:
É este, verdadeiramente
O teu mundo?

Por que te tolhes,
Te matas,
E engoles
Todo esse fel
Que os outros te servem
Aos goles?


*

Aristóteles




"O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição."





"O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete."




"Ter muitos amigos é não ter nenhum."





"Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura."





"O homem solitário é uma besta ou um deus."





"No fundo de um buraco ou de um poço acontece-se descobrir as estrelas."





"Felicidade é ter algo a se fazer, algo a que amar e algo a esperar."





"A felicidade é para quem se basta a si próprio."





"Não possuímos virtudes antes de as colocarmos em prática."



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Meditação Andando



Trechos do livro Meditação Andando, de Thich Nhat Hanh




Viver Profundamente


A primeira das Verdades Nobres, ensinadas por Buda, é a presença do sofrimento. A consciência do sofrimento gera a compaixão, e a compaixão gera a vontade de praticar o Caminho.

Quando voltei À França, após a tentativa de ajudar as pessoas nos barcos, a vida aqui me pareceu estranha. Há pouco eu vira refugiados sendo espoliados, violentados e mortos no mar, enquanto em Paris as lojas estavam cheias de toda espécie de produtos e as pessoas bebiam café e vinho sob as luzes de neon. parecia um sonho. Como era possível tal disparidade? Consciente do profundo sofrimento no mundo, jurei não viver superficialmente.




Gratidão

Nós que temos as duas pernas podemos praticar a meditação andando. Não devemos esquecer de ser gratos. Andamos por nós mesmos e por aqueles que não podem andar. Nós andamos por todos os seres vivos: passados, presentes e futuros.




Eu Cheguei

Pode-se praticar também a meditação andando com o uso dos versos de um ppoema. No budismo zen, poesia e prática andam sempre juntas:

Eu cheguei,
Tenho aqui
No agora
O meu lar.
Eu sou firme.
Eu sou livre.
Eu habito
No absoluto.






Este livro é sobre meditar andando. Não se trata de um andar qualquer, mas de um andar com método e respirar também com método, de modo que o andar e o respirar se tornem harmônicos. O autor, monge budista e Nobel da Paz, oferece nele instruções para esta prática básica de meditação: andar só para sentir o prazer de cada passo, de cada respiração, do céu azul, de cada paisagem e de cada aroma ao longo do caminho.




Thich Nhat Hanh é um poeta, mestre Zen e ativista da paz.  Nasceu no Vietnã. 



Parceiros

VERDADES

Alguns falam de doçura, Desconhecem O regurgitar das abelhas, O mel que se transforma dentro delas, Dentro das casas de cera. Falam do luxo ...