witch lady

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quarta-feira, 21 de março de 2012

Sinais do Outono







Hoje foi um lindo dia, de céu completamente azul e brisa fresca soprando. Chegou mais um outono, e parece que o calor abafado foi-se embora de vez... agora, a preparação para os dias curtos e as noites longas de inverno, os agasalhos sendo postos ao sol para estarem prontos novamente na hora de serem usados... as janelas da casa sendo fechadas mais cedo... coisas sendo guardadas...


Uma preparação espiritual para mais um inverno, que para mim, é a estação da reflexão. As cores do verão serão guardadas em uma caixa, substituidas pelas do outono , que estão entre tons de bege, dourado e marrom. Acordar pela manhã e ao sair da cama, sentir aquele leve arrepio de frio, descer pela casa ainda na penumbra do dia com preguiça de amanhecer e constatar que no outono, as coisas levam mais tempo para acordar.


Sentar-se ao sol sem o incômodo de suar. Deixar-se ser aquecido por um calor gostoso, que não incomoda, mas apenas aconchega. Andar pela rua com mais desenvoltura, sentindo-se mais leve e mais ligeiro, mas mesmo assim, desejando ir mais devagar a fim de apreciar as cores mais vivas do céu.


Neste momento, o sol se põe aqui em meu jardim, e os bem-te-vis, voltando de sua viagem de veraneio, recomeçam a cantar. Também estão voltando as saíras coloridas, e os sabiás, colibris e saguis. No alto verão, eles se protegem do calor permanecendo mais tempo dentro do coração da mata, mas no outono, eles vem brincar nas árvores o dia todo.


Eu adoro o outono!



Vivo, Apenas Vivo...






VIVO, APENAS VIVO


Vivo intensamente, e em silêncio
Procuro por aquilo que preciso,
Dentro em mim, na paz e no sorriso...

Vivo simplesmente, sem perguntas
Que não podem ter respostas sempre exatas...
Prefiro aceitar o que não entendo

Aceitar, mesmo que sofrendo...
Pois sei que gritar nada adianta, 
Lutar contra o que nos traz o vento

Daquilo que não compreendemos,
O vento cuja origem não nos cabe,
O vento que soprou-nos em nós mesmos.

Vivo intensamente, e não preciso
De longas, distantes viagens;
Encontro-me em minhas próprias paragens!


O DÉSPOTA








O Déspota



Sei das tempestades que carregam as nuvens,
Sei dos vendavais que voam com os ventos,
Sei de maremotos que dormem sob as ondas,
Sei de muitos sonhos que se tornam tormentos.

Sei de mil lágrimas para cada sorriso,
Sei dos abismos sob cada horizonte,
Sei de ervas daninhas nos melhores jardins,
Sei de muita sede para poucas fontes.

Mas não sei dos motivos em cada coração
Para lutar contra o vento, remar contra as ondas,
Alimentar sonhos, nutrir esperanças
E cair nos abismos do vazio e do vão.

Talvez seja a ira que rege o Universo
Na hipocrisia destes fariseus
Em criarem um déspota cruel e perverso
E de o chamarem, humildemente, Deus.



Face





Diga-me, onde está a tua face?

Quem sabe , perdida na poeira da vida,

Talvez, ultrajada, n'algum canto esquecida?



E diz-se tão linda...



Por onde caminhas, qual é o teu trilho?

Que bandeira agitas, qual é o teu nome?

Tu cantas vitória, mas morres de fome...


A fome da alma...


Diga-me, onde está a tua face?

O corpo que dizes, existe de fato?

Existe a pessoa por trás do perfil

Ou é tão somente fruto de um ardil

Que tu perpetrastes?...


Se sabes quem és, por que te escondes

Usando artifícios, usando outros nomes?

A imagem que crias é frágil, e poeira

Ao vento desfaz-se, ao vento se espalha!


Diga-me, onde está a tua face,

A verdadeira?



terça-feira, 20 de março de 2012

FOTOGRAFIAS



Adoro fotografar! Não entendo nada de fotografias. Não conheço os jargões usados pelos fotógrafos, e os que conheço, não sei o que significam. Mas li uma coisa em um anúncio que vendia uma câmera ,com o qual eu concordo: a fotografia não depende apenas do tipo de câmera que se usa. Com um simples celular, eu acabo conseguindo alguns efeitos interessantes...



Esta foto do arco-íris foi feita em minha casa. Eu estava varrendo o quintal, quando, ao colocar a pá de lixo para apanhar algumas folhas secas, notei que a luz do sol entrava por entre as folhas de uma árvore, causando este efeito.


Esta foto foi batida em Búzios, na Praia de Geribá. Tentei aproveitar as cores dos guarda-sóis e a alegria das pessoas, a fim de registrar um dia na praia. Editei a foto no Picassa.


Eu quis captar as várias nuances do mar. Coloquei mais contraste para ressaltar as cores. Ao mesmo tempo, suavizei a imagem para dar a impressão de algo pacífico.



Adoro fotografar flores. Principalmente as hortênsias, que sempre ficam lindas, até mesmo quando secas. Estas estavam bem frescas, e avivei as cores escurecendo o fundo.


Quis dar um ar tristonho à paisagem, mas ao mesmo tempo, dramaticidade. Escureci os barcos e adicionei brilho fosco.


Um pouquinho de neon verde para dar um ar surreal...


Arranjo de mesa em uma festa de casamento. Aproveitei as cores das flores e a iluminação artificial por cima.


Destaque à beleza desta rosa... no fundo do meu quintal.


Tentei dar um ar 'antigo' à teia da aranha...


Sépia no laguinho de peixes da casa de minha irmã.


Nem respirei, para que a formiga saísse perfeita! Consegui...


Uma imagem curiosa na Praia de Canoa Quebrada. Quis captar a doçura do burrinho.

Enfim, qualquer um pode fotografar. Basta olhar tudo atentamente...
















A COBRA







Alguma coisa me fez sair da cozinha, onde eu preparava o jantar, e ir até a varanda, na frente da casa. Não havia motivo algum para que eu largasse minhas panelas e fosse até lá, mas apenas senti a urgência de fazê-lo, e fui. Minha cadela Latifa dormia sobre o capacho da porta. A alguns centímetros de suas patas traseiras, estava esta cobra.

Não sei se é venenosa ou não. Nada entendo de cobras. Mas com muita calma, chamei Latifa para vir comigo até a cozinha, a fim de que ela não visse o animal, temendo que tentasse mordê-la e ela acabasse sendo picada. Depois, pedi ao meu marido que fosse lá fora para ver o que faria com ela.

Aqui em casa, nós não matamos cobras. Cuidadosamente, nós a levamos para um local onde ela não poderá picar pessoas, e onde as pessoas não poderão fazer-lhe mal algum. 

Meu marido conseguiu colocá-la em um saco plástico, e saiu com ela portão afora, colocando-a em um local seguro. 

Mas não sem antes ficarmos algum tempo admirando a beleza do animal. Ela parecia assustada com a nossa presença, e permaneceu imóvel. Parecia que tinha muito medo de nós. O que mais nos espantou, foi este formato de coração que o corpo dela sugeria.

Se até mesmo uma cobra pode sugerir amor, por que não os humanos?



BARCOS








Barcos




Os barcos dormem sobre a calmaria,

As leves ondas embalando os cascos...

No céu, as nuvens os cobrem de branco

E de azul, enquanto os barcos dormem...




Barcos vazios, esquecidos barcos,

Que navegaram tantos outros mares!

Atravessaram tantas tempestades,

E hoje merecem o cais que os acolhe...




Talvez um dia eles sintam saudades

De navegar, singrando as ondas altas,

Pois afinal, são barcos, são do mar,

E o naufrágio não provoca medos...







Parceiros

VERDADES

Alguns falam de doçura, Desconhecem O regurgitar das abelhas, O mel que se transforma dentro delas, Dentro das casas de cera. Falam do luxo ...