witch lady

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quinta-feira, 12 de abril de 2018

Conselho









Existem flores
Que não são para ti.
Seus perfumes envenenam,
E seus espinhos
São bem mais numerosos 
Que suas pétalas.

Existem jardins, cheios dessas flores
Venenosas,
Escondidas entre pretensas rosas,
São flores carnívoras, viscosas
Flores de linda aparência.

Existem canteiros atraentes,
Onde afoitas abelhas, num voo distraído,
Pousam, e para sempre, nesse voo incauto,
Se perdem e se prendem.

Mas tu não és flor, não estás plantada,
Podes bem caminhar assim, resoluta,
Para fora dessas pequenas desgraças,
Indo até o  portão, ganhando as  praças,
Encontrando mais luz em novas ruas.





terça-feira, 10 de abril de 2018

Sobre a Maldade Humana








As pessoas reclamam do clima pesado que exerce pressão sobre o país; falam mal de políticos corruptos, enquanto lamentam e se arrastam sobre o solo lamacento dessa Geena na qual vivem, apontando este ou aquele, criando bodes expiatórios para os pecados (seus) e do mundo, sem nem sequer atentarem ao que elas próprias andam fazendo.

As pessoas santificam a si próprias, ao ponto de chamarem a si mesmas de ‘espíritos iluminados’ ou ‘seres de luz’, enquanto criam grupos e compartilham nas redes sociais vídeos de crianças sendo maltratadas, animais sendo torturados e, pasmem, páginas de magia negra com ‘feitiços’ ensinando a separar casais, fazer amarrações e destruir a vida alheia. E elas nos adicionam a estas páginas sem a nossa permissão, e tais páginas têm muitos seguidores (a maioria, lamentavelmente, de mulheres).

Ao ver coisas assim, eu fico me perguntando o que essas pessoas acham de si mesmas. Será que elas não enxergam que estão contribuindo para que o mal se espalhe no mundo e triunfe entre as pessoas? Não entendem que estão sendo usadas como canalizadoras deste mal, contribuindo com a infelicidade não apenas do seu próximo, mas delas próprias?

Acho um absurdo essas pessoas que se prestam a esses papéis, enquanto reclamam que suas vidas estão indo mal. E a mais absurda de todas as coisas, é que elas pensam que tentando destruir a vida alheia, serão felizes e triunfarão. Passam horas preciosas de seus dias conjurando ‘feitiços’ para fazer pessoas perderem seus empregos, se separarem de seus cônjuges, adoecerem e até morrerem. Sequer conhecem o verdadeiro princípio da magia, que segundo Eliphas Levy afirmava, consiste neste pensamento: “Aquilo que você abraça no oculto o abraça de volta.”

AQUILO QUE VOCÊ ABRAÇA NO OCULTO O ABRAÇA DE VOLTA.

Eu sinto um enorme desprezo por essas pessoas. Apenas a passagem acidental delas pelas nossas vidas deixa um cheiro nauseabundo de maldade e sintomas físicos como cansaço e dores de cabeça. Mas suas ações deixam nelas mesmas um carma ruim que terão que pagar mais cedo ou mais tarde.

Se eu pudesse dar um conselho a tais pessoas, ele seria: aproveitem seu tempo para fazerem por si mesmas algo de bom e edificante; estudem, façam um curso profissionalizante, elevem sua auto estima, tentem se alegrar pela felicidade alheia desejando o bem ao seu próximo, ao invés de acharem que têm direito à felicidade roubando-a daqueles que são felizes. Descubram seus dons verdadeiros, seu caminho verdadeiro, e o amor as alcançará, um amor verdadeiro e duradouro que é seu por direito, e assim nunca mais precisarão sentir inveja de ninguém.

Se tais ‘feitiços’ realmente têm poder sobre quem vocês os jogam, eu não sei dizer, mas com certeza eles exercem um enorme poder sobre a infelicidade de vocês, contribuindo para que levem essa vida pequena, triste e cheia de frustrações.




segunda-feira, 9 de abril de 2018

Coisas que eu Disse Por Aí...











Sou tolerante. A minha tolerância vai até o limite da educação com que sou tratada. Mas a minha educação vai além disso.




Prudência: uma amiga que pouco nos visita nos dias de hoje!



Um olha para o outro, dois lados ansiando tornarem-se um. Mas há um mar no meio.




A mídia também influencia naquilo que pensamos de nós mesmos.




Nunca mais baixei a cabeça para ninguém. Nunca mais deixei que me dissessem o que queriam sem que ouvissem o que precisavam. Desde então, tenho sido muito mais feliz, e muito mais respeitada, principalmente por mim mesma. Perdi algumas coisas muito importantes por ter sido "magnânima", por ter perdoado e oferecido a outra face, por ter simplesmente me calado e deixado para chorar no travesseiro. Hoje, eu perdoo quando eu acho que a pessoa merece ser perdoada. Nem todo mundo merece perdão. 




Dou a mim mesma o direito de manifestar-me contra ou a favor daquilo que eu quiser, quando eu quiser. Porém, sempre
assino em baixo de tudo o que eu escrevo.




 Reconhecer o erro é sinal de que anda há tempo.



As noites de outono são cheias de estrelas que parecem ter sido polidas, de tanto que brilham. Talvez por isso elas nos inspirem tanto.



Passarinhos são a mais linda poesia que Deus colocou na Terra...



Que as asas estejam sempre abertas sobre os céus certos!



Sobre a morte: quem sabe, ela seja a mãe que nos receberá de braços abertos, e reconheceremos sua face apenas ao corrermos em sua direção, crianças novamente...



Piramos esporadicamente para não pirarmos de vez.



Acho que a gente perde muito tempo tentando sermos perfeitos, os melhores em tudo, quando é mais fácil relaxar, olhar e volta e gostar daquilo que se tem, e que geralmente, é mais do que o suficiente. Ambições? Que sejam do tamanho que não dói.



Parece que a solidão toma proporções imensas à noite. Aliás, todos os fantasmas crescem à noite.



O amor tem sentido quando ele é correspondido. Caso contrário, ele nos faz perder o sentido.



Coisa importante essa, de estarmos em paz conosco e com o nosso ambiente!



Um odor suave é conquistado, às vezes, através de muito suor.



A imaginação tem a ver com magia. Deixa a vida mais feliz.



Algumas coisas são inúteis, e não devemos perder tempo com elas. Dizem que nem todo verso fala profundamente a vários corações.



As pessoas entram 'de sola', e acabam descalças e sem calças.



Às vezes temos saudades até do que a gente só imaginou.


Há distâncias a serem percorridas entre o que podemos e o que não podemos. No segundo caso, não existem estradas.




quinta-feira, 5 de abril de 2018

Preso?




Preso?

Ainda não - se é que algum dia estará. Apesar da vitória de ontem contra o HC, ainda tenho minhas dúvidas sobre se o Brasil verá o Petista na cadeia.  Ontem eu tentei acompanhar alguns momentos, entre uma aula e outra, uma tarefa e outra, e meu discurso preferido - o melhor momento - foi o do Ministro Luís Roberto Barroso: coerente, claro, acessível, verdadeiro. No início, quando ele começou a tecer elogios ao ex-Presidente da República, falando sobre seus dois mandatos e sua popularidade, quase perdi as esperanças. Mas depois, até isto soou coerente. 

O pior momento, é claro, foi o de Gilmar Mendes, mas isso já era de se esperar. Seu discurso foi sombrio, carregado de incoerência, cheio de palavras rebuscadas demais para que uma pessoa simples as acompanhasse (o discurso escorregadio dos manipuladores) e no final, é claro, o que todo mundo já esperava. Afinal, é um hábito deste senhor soltar bandidos.

Quanto à Rosa Weber, até mesmo os Petistas ficaram confusos com o seu discurso; ao longo de sua exposição (as partes as quais consegui assistir) eu não conseguia decidir qual caminho ela tomaria. E finalmente, uma decisão que, para mim, foi surpreendente. Eu poderia jurar que ela ficaria ao lado de Lula. E pelo que tenho visto nas redes sociais, a maioria dos Petistas também. 

Porém, já tem gente cantando vitória, achando que a prisão de Lula resolverá todos os problemas do país e que seremos uma nação melhor apenas devido a isto. É preciso controlar a imaginação e o otimismo neste momento, atendo-se à realidade: ainda somos um país onde políticos corruptos predominam, um país de "acordões",  "mensalões"e  manipulações. Um país onde, segundo o Ministro Barroso, acha-se normal fazer política desta maneira. Um país onde o povo é manipulado facilmente, pois não tem suas necessidades básicas atendidas e por isso se vende por um sanduíche de mortadela e trinta reais. 

Ainda somos 12,7 milhões de desempregados, e isso não vai mudar tão facilmente. 

Para mim, o que aconteceu ontem foi um pequeno passo, uma pequena vitória, mas não devemos descansar sobre ela. Existem centenas de políticos e empresários que merecem o mesmo destino de Lula, e estão (e podem permanecer) soltos. Tanto de Direita quanto de Esquerda. Não vamos transformar  Lula um bode expiatório enquanto os outros escapam pela tangente. 





sexta-feira, 30 de março de 2018

Feliz Páscoa!






Feliz Páscoa!

Desejo a todo uma Feliz Páscoa. Que possam encontrar nesta data, que para mim é tão importante quanto o Natal, um pouco de arte - arte de conviver, de ser humilde, de olhar para o outro e enxergar nele o melhor.

Arte de alegrar-se pelas conquistas alheias, respeitar escolhas, partilhar sonhos. Arte de saber rir de si mesmo e não levar a vida tão a sério, sem colocar-se como o centro do universo.

E acima de tudo, nesses tempos tão estranhos, arte de saber discernir, ler nas entrelinhas, tomar decisões acertadas baseadas em escolhas refletidas. Arte de saber canalizar a violência e o antagonismo dentro de si e transformá-los em alguma expressão mais bonita e suave que possa pacificar o mundo, ao invés de despertar ainda mais ódio.

Feliz Páscoa a todos.




quarta-feira, 28 de março de 2018

Outono









Na tarde de outono,
A quase lua cheia
Tão pálida, tão branca,
Passeia de um lado;
Do outro, o sol poente.

Num céu azul-marinho
(Vermelho no horizonte)
A saga dos amantes:
Eterno despedir-se
No instante em que se veem...

A lua e o sol no céu,
No mesmo céu de sempre,
Um céu sempre de adeus,
Como quando me vejo
Dentro dos olhos teus.



A todos os leitores e amigos do blogger, meus sinceros desejos de uma Feliz Páscoa e uma Semana Santa de muitas reflexões!





terça-feira, 27 de março de 2018

Negação - Um Texto de Sri Prem Baba







“Esta é a ilusão básica que sustenta a miséria do mundo: a ideia de que somos carentes e precisamos receber algo de fora.” – Sri Prem Baba

NEGAÇÃO


“O distanciamento da nossa verdadeira identidade vai se tornando cada vez maior, até que chega um momento em que ocorre uma cisão: perdemos a conexão com aquilo que somos e passamos a acreditar que somos a máscara. Esse rompimento é extremamente doloroso, é como se fôssemos cortados ao meio e um buraco se abrisse dentro de nós. Daí nasce todo vazio interno que acompanha o ser humano em toda a sua existência. E para conseguirmos lutar contra essa dor brutal, acionamos o mecanismo da negação.





Assim como suavizamos a dor das feridas físicas com analgésicos, amenizamos a dor das feridas emocionais através da negação. A negação é como um analgésico psicoemocional que pode agir por tempo indeterminado. Trata-se de um mecanismo que tem o poder de jogar para os porões do inconsciente todos os sentimentos negativos, todo o conteúdo interno que não queremos ver ou sentir. Dessa forma, escondemos dos outros e de nós mesmos aquilo que não aceitamos e com o que não queremos entrar em contato. 
Essa é a forma que encontramos para nos proteger e não mais entrar em contato com a realidade de que fomos reprimidos e machucado. Esse mecanismo sustenta a falsa identidade, porque fortalece a crença inconsciente de que somos vítimas carentes e que não somos aceitos pelo que realmente somos. 
..........





Essa desconexão gerada pela cisão com a verdadeira identidade gera a ilusão de que somos separados da fonte da vida. Em outras palavras, nós perdemos a consciência de que a fonte da vida nos habita e de que nós somos parte de uma corrente de energia universal de onde recebemos tudo o que precisamos. Acreditando estar separados dessa fonte que nos nutre, nós passamos a acreditar que somos carentes e com isso nos tornamos escravos do outro. Nós temos a fonte do amor dentro de nós, mas acreditamos que precisamos receber esse amor de alguém. 



quinta-feira, 22 de março de 2018

PASSARINHO







Passarinho


Passarinho é coisa tão, mas tão delicada...
Canta e morre assim, de repente, do nada.
Pousa no galho, pia e faz graça,
E depois ele voa, e nunca mais passa.

Deixa no ar uma penugem leve
Que cai devagar, ao vento entregue;
Pousa nos pés de alguém que nem vê,
Essa pequena pluma, presente tão breve!

Passarinho é coisa tão, mas tão bonita...
Canta e encanta o amargor dessa vida.
Nasceu para voar e para ir embora,
Mas sempre há alguém que o põe na gaiola!

E ele canta, assim, só de tristeza
Na tarde que cai, inclina a cabeça...
E quem o escuta, ainda diz que é alegria
Pois não consegue escutar sua agonia!

Passarinho é coisa tão, mas tão abençoada...
Nasceu para ir, assim, na revoada,
Bando de seres alados, quais anjos,
Soltam seu canto no céu que cobre a estrada!

Passam voando por sobre a gaiola
Onde, desolado, um deles só chora...
-Deus queira que um dia, em hora incerta,
Alguém não perceba a portinhola aberta!

Porque passarinho tem por codinome
A palavra mais linda por sobre o seu nome:
E ela é Liberdade, essa coisa que a inveja
De quem jamais voa, sem dó, apedreja.






Arrogância ou Amor Próprio?









Às vezes, alguém escolhe não gostar de nós. Não importa o que façamos, tal pessoa simplesmente olha para nós e decide que temos alguma coisa que as incomoda. Talvez seja a nossa maneira de andar, olhar, sentar, falar. Quem sabe, a nossa maneira de calar. Ou de respirar. Não importa: quando alguém nos escolhe como alvo, de nada adianta lutar contra isso, ou tentar reverter a situação, pois não importa o que possamos fazer, só servirá para agravar ainda mais a situação, pois será apenas mais uma anotação feita no livro do ódio dessas pessoas. Qualquer coisa que façamos ou digamos será distorcida e virará uma justificativa, diante dos outros, que a pessoa usará para continuar nos detestando.

Uma vez trabalhei com uma moça que não gostava de mim, embora eu jamais tivesse dado a ela motivos para tal. Durante uma conversa informal entre amigas, eu descobri o motivo de tanto ódio – e acreditem, a futilidade de tal motivo muito me chocou. Conversávamos sobre características físicas, uma conversa informal e bem-humorada, quando de repente ela me olhou e soltou esta pérola na frente de todo mundo, a voz trêmula de ressentimento: “Você tem peito e tem bunda. Eu queria ter esse corpo.” Bem, a moça em questão era magra e bem proporcionada, e jamais teria passado pela minha cabeça que ela me invejasse pelos meus atributos físicos que mais me incomodavam. Devido à futilidade do motivo, mais tarde eu fiz de tudo o que podia para mostrar a ela que eu era uma pessoa legal, afinal de contas, mas de nada adiantou. Ela me detestou por anos a fio, inclusive me prejudicando voluntariamente no trabalho várias vezes. 

Ontem eu conversava com alguém e ela começou a falar sobre o ressentimento que algumas sogras guardam a respeito de suas noras. Tal ressentimento, muitas vezes sem qualquer razão, está baseado na falsa verdade de que a nora “roubou” seu filho. A sogra que pensa desta forma se recusa a compreender que o seu ódio não é da nora em questão, mas de qualquer uma que estivesse no lugar dela; até mesmo se fosse um grande amigo com quem o filho passasse muito tempo, ela talvez o odiasse da mesma forma. Mas tais ódios em família causam fendas entre os relacionamentos, e essas fendas tendem a crescer e causar rupturas definitivas. O que poderia ter se tornado  amizade, colaboração e união, transforma-se em uma guerra silenciosa de ressentimentos, ciúmes e inveja. 

Quem odeia, muitas vezes não contente em odiar sozinho, gosta de instigar outras pessoas contra o seu desafeto. E as outras pessoas muitas vezes acabam aprendendo a nutrir e expressar esse mesmo ódio. Quando não podem fazê-lo abertamente, elas o fazem nos pequenos gestos; elas o deixam bem claro nas indiretas, nas exclusões, nos olhares de soslaio. E quem passa por isso, sofre. Porque não entende o porquê de ter sido escolhido como alvo em determinado grupo.

De repente, a pessoa odiada finalmente compreende que de nada adianta tentar lutar; de nada adianta tentar ser agradável, cordata, viver caminhando pelos cantos para não provocar olhares reprovadores, deixar de ser quem é a fim de tentar ser o que ela acha que poderia agradar quem a odeia; porque, quem odeia, não está disposto a mudar. Não quer passar a gostar, e jamais vai admitir que sustentou uma opinião errada e injusta durante anos a fio a respeito de alguém. 

E então, essa pessoa simplesmente desiste.

E o que significa desistir? É não se importar mais. Não ligar mais para o que pensam a respeito dela, e caminhar da maneira que quiser, sem se importar com opiniões, fofocas e olhares reprovadores. 
E é exatamente neste momento, que ela passará a ser conhecida como “arrogante.”
“Fulana é arrogante porque não fala com ninguém. Não pede a opinião de ninguém, enfim, não faz o que a gente espera que ela faça.”  E continuam os julgamentos. 

Mas talvez seja bem melhor ser considerado arrogante por quem nos subestima a continuar nos subestimando a nós mesmos. Amor próprio é fundamental. E também é bem melhor estar sozinho e totalmente em paz – sabendo que jamais fez nada para prejudicar ninguém, nunca hostilizou ou segregou alguém devido a uma antipatia sem fundamentos – a continuar sendo saco de pancadas alheio. 

Quem sabe, a minha missão aqui na terra seja compreender e assimilar esta verdade? Se for, acho que estou a caminho.






terça-feira, 20 de março de 2018








Eu rezo a um Pai cujo rosto eu não conheço,
Eu peço a um Filho que eu jamais pari
E faço o sinal da cruz,
Mencionando um Espírito Santo que nunca vi.

Murmuro palavras que me foram ensinadas,
E outras palavras que eu mesma invento.
Eu peço, imploro, tento
Alcançar uma luz que há de cegar-me.

As adagas pontiagudas da fé
Dançam em volta de mim,
Cortam de leve,
Sangrando sentidos
E eu, em suspiros desabridos,
Tento escutar a leve voz
Suave e santa – Doce Algoz!

O cheiro do incenso que santifica,
Purifica a minha dúvida.
De joelhos eu caio; cortam-me os cacos
Da fé sobre a qual estou prostada.









quarta-feira, 14 de março de 2018

Meus Dois Stephens









Existem dois Stephens que conheci através das letras: Stephew King e Stephen Hawking. Para mim, ambos são magos dentro de suas especialidades. O primeiro inventa mundos, e o outro, os descobre. Ambos têm aparência forte; o primeiro tem um olhar que parece o de alguém saído de um manicômio de filme de terror, e o segundo, uma força descomunal aprisionada dentro de um corpo encarquilhado e imóvel.

Ambos chocam, surpreendem, causam espanto e admiração. Ficamos amedrontados ao entrar no mundo de King, mas não conseguimos voltar, uma vez que a porta esteja aberta e tenhamos dado o primeiro passo; e ficamos curiosos e esperançosos (ou desesperançados) ao adentrarmos o mundo de Hawking, e concluímos que também não conseguiremos voltar, mas por razões totalmente diferentes.

Cresci convivendo com eles através dos livros. King ensinou-me que o sobrenatural pode estar nas situações mais corriqueiras do dia; na imagem que passa pelo canto dos olhos, no ruído estranho que geralmente ignoramos, na sombra esquiva em um quarto escuro, na aparente normalidade de uma comunidade de pessoas, e mais ainda, dentro de nós mesmos. Hawking ensinou-me que podemos voar tão alto quanto desejarmos, usando apenas a força do pensamento e o combustível da curiosidade. Esta lição está tatuada em seu próprio nome: “Hawk”, em inglês, significa “falcão.”  E a gente sabe muito bem que  podemos colocar um falcão em um poleiro com uma corrente prendendo suas garras, mas quando o soltarmos, ele voará acima de nossas cabeças e enxergará aquilo que jamais enxergaremos. Tiramos o falcão do céu, mas jamais seremos capazes de tirar o céu do falcão.

E hoje, o Falcão voou. Vejo-o ir ao encontro dos céus com os quais sonhou, em direção aos mundos que ele descobriu, comprovando ou aperfeiçoando as suas teorias. Livre, finalmente livre, sem o peso do corpo que o conteve, durante tantos anos, contra todas as probabilidades médicas. Corpo que jamais foi capaz de conter sua genialidade, impetuosidade e capacidade de ser mágico e ensinar a todos sobre a magia da vida.






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Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...