witch lady

Free background from VintageMadeForYou

segunda-feira, 4 de março de 2013

Não Te Peço Para Esquecer




Nem pretenderia que você se esquecesse do que foi vivido. Também sei que a tua dor é a maior do mundo, pois você perdeu aquilo que mais amava, de uma maneira tão dolorosamente longa... aos poucos... eu acompanhei o que você viveu bem de perto, e sei muito bem tudo o que você passou. O que todos nós passamos.


Não pretendo dizer que 'sei exatamente como se sente.' Não sei. Nunca saberei. Só você sabe, pois a dor de uma perda - principalmente uma perda como a sua -  é muito pessoal.

Algumas pessoas te dizem para esquecer, para continuar vivendo, para agarrar-se ao que ainda resta, mas elas não são você. Não acordam todos os dias na mesma casa onde alguém não mais está, e nunca estará; não precisam abrir um guarda roupa e lidar com a realidade das roupas que jamais voltarão a serem usadas, com as quais você ainda não teve coragem de lidar. Não tem que , bem no meio do noite, acordar com o som de uma voz que vem de longe, e que embora fale, está calada para sempre. Elas não são você. Elas não podem saber.

Não te peço que você se esqueça. Pelo contrário, eu peço que você se lembre, mas de uma outra maneira. Muito, todos os dias; lembre-se  do que foi bonito. Lembre-se dos momentos felizes, das horas em que ele chegava em casa cheio de assuntos e novidades, das risadas, dos amigos enchendo a casa, das tardes de pizzas e filmes, e até mesmo das briguinhas entre irmãos que você presenciava e com as quais tentava lidar da melhor forma possível. Saiba que tudo aquilo foi vida! 

Ele veio como um presente, com a missão especial de despertar os sentimentos - os mais profundos - de todos que conviveram com ele. Talvez tenha sido parte da missão dele, neste mundo, nos fazer mais fortes, capazes de enfrentar aquilo que muitos se julgam incapazes de enfrentar. Quem sabe, ele tenha vindo aqui apenas por um breve tempo, a fim de oferecer-nos as lembranças de dias felizes que ficarão para sempre...

Não fique focada apenas na perda; tente focar-se mais naquilo que ficou. As lembranças que estão guardadas na caixinha do coração, e que jamais irão embora, são suas! São nossas! Elas não são morte, são vida. A história de uma vida.  Pense que foi um privilégio ter convivido com ele, e que nós não seríamos quem somos se ele não tivesse existido.

Pense também - embora eu saiba que isto soa como um cliché (aliás, é um cliché)- que, esteja onde estiver, ele ficará muito feliz ao saber que continuamos, que somos gratos, que acreditamos em um reencontro que se dará. Eu acredito! Lembre-se sempre de que ele desejaria ver você feliz, que isto o faria feliz.

A morte é o destino de todos nós, embora muitos não tenham coragem de encarar esta simples e inevitável verdade. Uns apenas vão antes. Outros, vão depois. Mas todos vamos. E a vida por aqui, afinal, diante da Eternidade, não é tão longa assim. A vida é uma gota no tempo. A vida é uma sede, uma busca por uma verdade que um dia, conheceremos.

A vida é um rio para a morte, e a paisagem à margem desse rio, pode ser linda.... todos iremos na correnteza deste rio que existe, onde todos mergulharemos, finalmente.



domingo, 3 de março de 2013

Moinho




Gira a roda,
Esmaga sonhos,
Vira as páginas,
Move
O moinho.

Jorra a água nova.

Os raios da roda
Presos ao centro
Jamais se quebram...

Na torre, dormem
Corujas,
Pombos,
E o vento faz
Com que abram
Os olhos sonolentos
E lembrem...

Gira a roda,
Sob as nuvens cinzas
E o  céu azul,
Encimando
A grama verde
E as flores mortas.

Ah, que sede,
Que sede de vida,
Que gosto de morte,
Nessa água que escorre
Da roda que gira!

Velho moinho
Que é visto, ao longe,
Pelo caminhante
Que pisa em espinhos!

Parece uma fonte
Que salva,
Resgata,
Apascentando
A sede que mata!

Mas há as corujas
Dormindo na torre,
Há o vento,
Os pombos melancólicos
No escuro...

*






Olhinhos de Gato - Cecília Meireles



Trecho do livro "Olhinhos de gato" de Cecília Meireles


(...) O mesmo peso e a mesma sombra estiveram, anteriormente, sobre o coração.
Ela andava entre as folhas secas, e as pedras, e as raízes das plantas, sozinha, falando sozinha, abaixando-se para apanhar uma concha misturada com a terra, ou perguntando coisas a algum caco de vidro. Os espinhos puxavam-lhe o vestido. As pombas fugiam de seus sapatos. Nos quintais sossegados, cachorrinhos latiam. Era doce o ar, e deitavam-se cores atrás das montanhas. Um papagaio de papel balançava-se muito alto, no caminho dos pássaros.
Então seu ouvido percebeu um gemido baixinho. 
Parou entre as árvores, para descobri-lo. 
Ouviu o zunir de um inseto, o suspiro da tarde nas folhas, o pingo de água no tanque, um pio de pássaro muito longe...
-As coisas mais mínimas. Até o fru-fru do papel de seda do papagaio lá no céu.
pedras. Buracos. Raízes entrelaçadas. Sombras de frondes...
E o gemido continuava.
Coreu para a moita dos "brincos de rainha", afastou os galhos, debruçou-se para dentro, sustida numa folha copm os pés a fugirem do barranco - e na sombra dois olhinhos mal abertos se levantaram para os seus, com o tênue gemido, numa expressão tão compreensível de medo e queixa como se ali estivesse uma outra criança igual a ela: e sofresse.
Tropeçando nas pedras, rasgando-se nos espinhos, subiu a correr, com o coração rápido, metendo-se por entre coisas velhas- regadores, panelas, ancinhos- à procura de qualquer coisa que aumentasse os seus braços, que a fizessem chegar até o fundo daquele - para ela imenso - abismo, e de lá retirar aquela vida que gemia.
E com uma alça de barbante, sozinha, a trouxe do fundo da sombra, e a levou para o quintal acima, pela escada acima, com as pernas já moles do esforço e da emoção, para espanto de todos, que lhe perguntavam: "Mas de onde arranjaste esse bicho tão feio! E não tiveste medo? E que vamos fazer agora deste cachorrinho?"




E o bicho movia-se pelo chão, pretinho encaracolado, e a menina, de cócoras, ria-se e tinha medo, ao mesmo tempo. Maria Maruca resmungava: "É muito engraçadinho, sim, para me sujar a cozinha toda." Dentinho de Arroz não lhe queria tocar: "Eu sei lá de onde veio isso! Essa gente sabe muita coisa... Pode ser alguma 'porcaria'."
mas Boquinha de Doce dizia: "A criança também há de brincar com alguma coisa. Contanto que não se machuque... Deixem o pobre bichinho. Uma coisinha tão pequenina! Que trabalho é que isto dá!" Mas Maria Maruca implicava: "É mais uma coisa para atrapalhar os pés da gente!"
Olhinhos de Gato estava brincando com ele, mas estava também escutando. E Boquinha de Doce perguntou-lhe: "Como é que vai se chamar?" Discutiu-se o nome. A criança queria que fosse "Jasmim". "Ai, um jasmim preto!- ria Maria Maruca - nunca na minha vida vi!" E troçando chamava-o: "Jasmim, Jasminzinho, anda cá, meu cheiroso Jasmim!..."
E acasa encheu-se daquela nova alegria. Patinhas negras pulando os degraus da escada, corpinho negro encolhendo-se por baixo dos móveis... Focinho negro, de olhinhos estufados, diante do qual o gato surpreendido e contrariado fazia 'ffffl...!" como a corda frouxa da guitarra...
Mas um dentinho branco e pontudo pode passar de raspão, como um espinho, e uma gota de sangue despontar, como um pingo de orvalho, Corre-se com o vidro de iodo. "Eu, por mim, punha-lhe açúcar em cima, e depois, uma teia de aranha..."
E, alta noite, ela mesma não sabe que a mão, robusta e morna, pousa-lhe na testa, no pescoço, nos braços. Que se examina o dedo ferido, que se torna a apagar a luz. Que talvez se reze...
O que sabe, porém, no dia seguinte, é que não anda mais nem pela casa nem pelo quintal aquele brinquedo peludo de olhinhos tão redondos e dentinhos tão finos.
Lá vai ela, calada e sozinha, mais com apreensão do que com esperanças. Por baixo dos móveis, já viu; por dentro das barricas e dos cestos, também; e atrás das portas, não está... E não caminha mais para longe. Procura por entre as pedras, afasta de novo a moita de 'brincos-de-rainha'- como naquela tarde... mas não está. Não se ouve mesmo nenhum gemido. Não o encontra e não pergunta. E não pergunta só pelo medo da resposta.
E deixaram-na procurar tanto! E deviam ter visto que estava sofrendo... E seu coração doía como se o tivessem pisado duramente e sem socorro.
maria Maruca ceio implicar: "Não achaste o Jasminzinho? Foi-se embora, o maroto! Fugiu!..."
E ela, então, chorou alto, convulsamente, sob muitos tormentos reunidos e confusos, e as pessoas se desfizeram diante dela, como estátuas de cinza, e a casa ficou vazia, sem mais braços, sem mais rostos, sem mais vozes certas. Sozinha ela existia entre as coisas imóveis, que talvez lhe falassem, se pudessem, e a abraçassem, se não estivessem presas na sua forma. Sozinha ela existia - com as cadeiras, os espelhos, as paredes, as árvores, as nuvens, o sol...
Era assim.

sábado, 2 de março de 2013

Agulhas Eficazes






Agulhas Eficazes


Tocamos a campainha e esperamos no corredor do prédio, até que com um estalo, a porta se abriu. Uma moça sorridente nos acolheu - meu marido já a conhece de longa data - e pediu-nos que tirássemos os nossos sapatos antes de entrar na sala de tratamento.

Olhei em volta, e encantei-me com os objetos: uma pequena fonte, velas, anjinhos, talismãs. No ar, um perfume delicioso  e músicas suaves. Após acomodar meu marido em uma das salas, ela veio falar comigo, convidando-me a entrar em uma outra sala. Conversamos por alguns minutos - era minha primeira vez com ela - e apesar de ser bastante reticente a respeito de estranhos, contei-lhe sobre algumas coisas que eu vinha passando nos últimos meses (ou anos) e que tinham me levado a procurá-la.

Ela sentiu meu pulso, de olhos fechados. Disse que meu nível de energia estava muito baixinho. Mandou que eu me deitasse na maca, e explicou-me o que iria fazer.

Começou a espetar-me as agulhas: no topo da cabeça, em alguns pontos dos pés e pernas, nos punhos e entre os olhos. Depois, enquanto apagava a luz, entregou-me uma pequena campainha e disse-me que a chamasse, caso sentisse algum desconforto. Fiquei lá por alguns minutos, até que de repente, senti uma vontade incontrolável de chorar, o que eu fiz  durante os quarenta minutos finais.

Foi um choro incontrolável. Mesmo que eu tentasse pensar em outras coisas, ou prestar atenção à música, eu não conseguia segurar as lágrimas. Parecia que tudo o que estava engasgado, finalmente saía aos borbotões. Coloquei para fora toda a angústia e o medo que passara nos dias em que minha mãe esteve no hospital. Chorei todas as lágrimas que ainda restavam a respeito da perda de meu sobrinho,e  também por tudo o  mais que vinha acontecendo.

Após aproximadamente uma hora, ela abriu a porta, e contei-lhe o que tinha acontecido. Ela me explicou que tudo aquilo tinha sido efeito das agulhas - ela focara em pontos onde havia energias estagnadas, que precisavam sair. 

Quando deixamos o consultório, eu me sentia alguns quilos mais leve, e muito aliviada. Continuo indo às consultas de acupuntura, o que tem trazido benefícios, como noites de sono mais tranquilas, mais calma, e uma redução bastante significativa da retenção de líquidos em meu corpo. Pesei-me ontem, e constatei que estou realmente mais leve - quase dois quilos - e até meu rosto e minhas mãos parecem mais finos.

A quem possa interessar, eu recomendo a acupuntura, mas procure por um profisisonal sério, experiente e muito bem qualificado. Existem várias pessoas que se dizem acupunturistas, mas que na verdade, mal sabem o que estão fazendo; por exemplo, colocam as agulhas por cima da roupa, o que pode causar problemas sérios, como infecções. Há também terapeutas que usam agulhas não-descartáveis, que ao final de cada tratamento, colocam em potes de vidro com o nome de cada paciente, mas isto não impede que se faça uma bela cultura bacteriana.

Você sentirá na pele e na alma, se estiver fazendo um tratamento com um profissional qualificado - ou não!



Nefasta





Arrasta, infeliz,
Anos e anos
De solidão...
Tenta ganhar asas,
Mas o voo que anseia,
Não sai do chão!

Nefasta,
Sua filosofia asceta
Agora, está mais que gasta!

Poeira seca
Suas palavras,
Toda a verdade
Sobressaída 
Como um engaste
Sobre a sua vida!

Nefasta,
Cobre e descobre,
Finge que vive,
Quando só morre!

Palavras más,
Balbuciadas
Por uma boca
Tão malfadada!...

Sob o olhar 
Benevolente,
Se escancara
O escárnio, a injúria
Ainda quentes!

Nefasta,
A mim, não engana...
Basta!

*

Vida Sem Morte?






Trecho do livro "Vida Sem Morte?" de Nils O. jacobson 


A Concepção de Vida e de Morte


(...)  "O objetivo deste livro foi esboçado no prefácio: traçar um panorama do trabalho da parapsicologia e de suas descobertas, bem como examinar estas descobertas em relação à questão da vida e da morte.
Podemos ver que o material utilizado pela parapsicologia, dentro e fora do laboratório, é verdadeiramente complexo. Parece-me difícil, senão impossível negar, dado o conhecimento deste material, que há outras formas de adquirir conhecimento que não através dos nossos sentidos conhecidos. A existência da PES (percepção extra-sensorial) abre perspectivas mais amplas, já que significa que as pessoas são algo mais que meras máquinas biológicas, que uma pessoa é ainda mais misteriosamente ligada ao próximo e às circunvizinhanças. 
.......................................................

O mundo dos sentidos  é pesado e estável. Tudo tem o seu lugar, isolado de tudo o mais. O mundo místico é uma unidade abrangente, a totalidade, penetrada pela vida e por forças. E ainda o contraste é apenas aparente: são as duas faces de uma mesma realidade.  Poderíamos fazer uma comparação com recentes progressos da Física. A física moderna tende a separar o que parece ser matéria estável em um universo, difícil de imaginar, de irradiações, frequências e campos de energia, um mundo que parece cheio de contradições entre 'aspectos-partícula' e 'aspectos-onda.'
.......................................................

Ainda que o presente material não possa, como se ressaltou, provar a sobrevivência após a morte, ele é tão rico e abrangente que pode realmente motivar uma crença baseada na razão quanto à sobrevivência. A "ciência" não provou que a morte seja o fim de tudo. Cada um de nós deve avaliar por si mesmo o material do ponto de vista próprio e julgar a plausabilidade da sobrevivência antes de começar. Mesmo hoje, podemos aceitar a sobrevivência como uma hipótese "científica" respeitável, em funcionamento.
.......................................................

Uma determinada crença na sobrevivência à morte pode, portanto, ter significado fundamental para a experiência da vida física, material. Porém talvez seja igualmente significativo do outro lado da morte. Aqui, voltamos ao nosso ponto de partida, no capítulo 1: se a crença em uma vida ulterior enriquece a existência, então está cumprida uma grande missão. Assim só temos a ganhar:> se ficar provado estar errada, se a consciência acaba com a morte, não saberemos jamais disso. mas se provarmos que está certa, que a consciência continua, então talvez nos seja mais fácil do outro lado, se nos prepararmos antecipadamente. 
Perspectivas ainda maiores se abrem se a sobrevivência após a morte tem a forma de renascimento. isto não significa uma infindável cadeia de vidas físicas, um eterno giro na 'roda do renascer' da qual o indivíduo, em vão, tenta sair. Há também outras possibilidades. nas obras de Martinus e outros surge uma estonteante perspectiva: uma venturosa, estranha, terrível, rica evolução em um universo cheio de vida. Tal perspectiva da hipótese da sobrevivência é sugerida neste poema de Rumi, um místico persa do século XIII:

"Morri um mineral e tornei-me planta.
Morri planta e nasci animal.
Morri animal e transformei-me em homem.
Por que devo temer? Quando fui menos por morrer?
Ainda outra vez morrerei como homem, para elevar-me
com anjos abençoados; e mesmo de anjo
terei de passar. Tudo, exceto Deus, perece.
Quando tiver sacrificado minha alma de anjo,
Eu me tornarei aquilo que nenhuma mente concebeu."



O autor: O Doutor Nils-Olof Jacobson é médico, e acima de tudo, um psiquiatra. Há mais de um decênio, coleta, analisa e opina, como cientista, sobre fenômenos considerados sobrenaturais. Professor da Universidade de Lund, homem responsável, ele logo de saída solicita aos leitores que tenham conhecimento de casos interessantes e pesquisáveis, que se correspondam com ele, a fim de que enriqueçam ainda mais o seu vastíssimo arquivo sobre aparições, possessões demoníacas, telepatia, premonição, clarividência, xenoglossia e psicografia. É membro de todas as associações cientificamente envolvidas com a Parapsicologia e colaborador dos principais periódicos especializados. Apesar de sueco, radicado no extremo norte da Europa, o Dr. Jacobson dedica, inclusive, especial atenção ao brasileiro Zé Arigó, falecido em um acidente automobilístico em 1971.



sexta-feira, 1 de março de 2013

Não Abandones






Não abandones a esperança
Antes que ela te abandone...
Não deixes que as possibilidades
Morram de frio e de fome!

Tente só mais uma vez,
Mais um passo, mais um dia,
Pois aquilo que tu sonhas
Pode ser tua alegria!

Não desistas facilmente
Pois a vida só deseja
Que tu tentes novamente

E se não for para ser
Pelo menos tu terás
De quem tudo fez, a paz!



Obras Póstumas - Allan Kardec - Acontecimentos Papado




Trecho do livro - "Obras Póstumas," de Allan Kardec

20 de janeiro de 1860


ACONTECIMENTOS PAPADO



Pergunta: (Ao espírito Ch.) Fostes embaixador em Roma, e naquele tempo predissestes a queda do governo papal; que pensais hoje a respeito?

Resposta: Creio que se aproxima o tempo em que a minha profecia vai se cumprir; mas isso não será sem tumultos. Tudo se complica; as paixões se esquentam e, de uma coisa que se poderia fazer sem comoção, tomam-na de tal modo que toda a cristandade será com ela abalada.


Pergunta: Poderíeis nos dizer a vossa opinião sobre o poder temporal do Papa?

Resposta: Penso que o poder temporal do Papa não é necessário para a sua grandeza, nem para o seu poder moral, ao contrário, menos súditos terá, mais será venerado. Aquele que é o representante de Deus sobre a Terra está colocado bem alto para não ter necessidade de relevo do seu lugar terrestre. A Terra a dirigir espiritualmente, eis a missão do pai dos cristãos.


Pergunta: Pensais que o Papa e o Sacro Colégio, melhor esclarecidos, não façam o necessário para evitar o cisma e a guerra intestina, não fosse ela senão moral?

Resposta: Não o creio; todos esses homens são teimosos, ignorantes, habituados a todos os gozos profanos; tem necessidade do dinheiro para satisfazê-los, e tem medo de que a nova ordem de coisas não lhes deixe o bastante. Também eles levam tudo ao extremo, pouco se inquietando com o que acontecerá, sendo muito cegos para compreenderem a consequência de sua maneira de agir.
..........................................................................................


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Mãos






Que eu possa colher
Nas minhas palmas
Os ventos loucos,
Os gritos roucos,
Tornando muito
O que for pouco,
Esmigalhando
As más intenções...

Que sejam grandes o bastante,
As minhas mãos...

Que eu consiga, em um só gesto
De varinha de condão
Dispersar tudo aquilo
Que for indigesto!...
Que eu purifique
Estas paredes,
Purifique as águas
Matando as sedes!

Que sejam ágeis o bastante,
As minhas mãos...

Que eu possa, agora,
Entre os meus dedos
Desfiar, bem devagar,
Os fios da memória,
Entrelaçando-os
Ao coração....
Que fique tudo
O que foi bom!

Que sejam habilidosas,
As minhas mãos...

Que eu consiga, numa oração
Juntar as palmas,
Abençoando, assim,
As almas tristes
De um mundo agreste...
Que eu esmigalhe
O mal que lastra...
-Que não se espalhe!

Que sejam fortes o bastante,
As minhas mãos...

Minha Cor é o Azul





Tenho fases, em relação as cores... já fui rosa-choque, preto, verde-musgo, verde-água, branco, amarelo, laranja, azul-marinho, marrom. Quem abrisse meu guarda-roupas, veria a cor predominante do momento. Dizem que as cores tem influência sobre a nossa aura, e também interagem com as nossas energias. Certa vez, quase tudo o que eu tinha era azul.

Também passei por uma fase de estampados coloridos (que não durou muito, pois eu logo enjoo das peças de roupas que tem muitas cores). Hoje, eu estou azul. Exatamente o tom de azul que se encontra no meu blog: suave, frio, nem claro, nem escuro. Acho que, desta vez, eu cheguei a um acordo quanto a aparência deste espaço! E acho que desta vez, vai durar.

É incrível  a maneira como vamos passando de uma fase para outra em nossas vidas! Gosto de observar tudo, e principalmente, de observar-me. Se você me perguntar, após uma ou duas horas que passei em companhia de alguém, qual a roupa que a pessoa estava vestindo, eu provavelmente não saberei responder - a não ser que seja algo realmente chamativo ( feio ou bonito), mas se me perguntar sobre o que eu achei da personalidade da pessoa, eu com certeza serei capaz de dizer algumas coisas que, mais tarde, se revelarão verdadeiras... o que eu observo primeiro em alguém, está bem além da aparência.

E procuro estar aberta às minhas mudanças pessoais - por mais sutis que elas sejam. Portanto, posso afirmar que durante um bom tempo, minha cor será o azul.


A Corte de Etain



Em 'A Corte de Etain, uma história do século XIV de autoria desconhecida', o Lorde Midir, um ser sobrenatural, convida seu amor para visitar uma ilha utópica no Outro Mundo:




Um Convite Para o Paraíso


"Os cabelos são como prímulas em flor ali;
corpos lustrosos são da cor da neve.
Nesse lugar, não existe nem meu nem seu;
brilhantes são os dentes, escuras as sobrancelhas(...)
Inebriante a cerveja de Inis Fáil;
mais inebriante, sem dúvida, que a de Tír Már (...)
Fontes doces e cálidas por toda a terra,
hidromel e vinho à sua escolha.
Pessoas distintas, sem máculas,
concebidas sem pecado ou crime."





Do livro "O Livro Celta da Vida e da Morte" - Juliette Wood



Parceiros

Wyna, Daqui a Três Estrelas

Este é um post para divulgação do livro de Gabriele Sapio - Wyna, Daqui a Três Estrelas. Trata-se de uma história de ficção científica, cuj...